segunda-feira, 17 de setembro de 2018

LUTO NO ESPORTE – Morre em Macapá aos 70 anos, Umbelino Palheta Lobato – ícone do desporto amapaense.

Foto: Reprodução/Revista Diário do Amapá
Faleceu no Hospital de Emergências neste domingo,16, vítima de infarto fulminante, o desportista Umbelino Palheta Lobato, que na mocidade foi um dos maiores recordistas da natação amapaense colecionando títulos como o de campeão do Norte-Nordeste. Ele tinha 70 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O corpo de Umbelino Palheta foi velado na Funerária São José, na Cora de Carvalho, e sepultado, nesta segunda, no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Centro.
Umbelino Palheta Lobato nasceu no arquipélago do Bailique, na Ilha do Bagre. Ele era o primogênito dos quatro filhos do casal Orlandina Palheta Lobato e Mobelino Mendes Lobato.
O pai dele era peixeiro, que comercializava o produto na Ilha do Bagre e que foi para Macapá, fixando-se no Igarapé das Mulheres, local de embarque e desembarque de produtos ribeirinhos. Aos seis anos a família foi residir em Macapá, por causa dos estudos da garotada.  Logo ele estudou na Escola Barão do Rio Branco, que tinha aos fundos a antiga Piscina Territorial, onde Umbelino aperfeiçoou suas técnicas de natação. Cursou o ginasial na Escola Industrial de Macapá.
Foto: Reprodução / Tribuna Amapaense
O jovem Umbelino Palheta, na década de 50, tomou conhecimento através de familiares da proximidade da Piscina Territorial. Ele tinha duas tias que nadavam. E por coincidência o Amapá estava se preparando para participar pela primeira vez do Campeonato Infanto Juvenil, por equipe, em 1955. Quem comandava era o então Tenente Euclides Rodrigues. Umbelino começou a aprimorar a técnica de mutação do igarapé para piscina. Conheceu os grandes nomes da natação amapaense da época, Raimundo Pereira, Carmito, Anselmo Guedes, Nonatinho, Doralice e Dometila Camarão, Maria Serrão e Julia Madureira.
Foto: Reprodução / Revista Diário do Amapá
Em 1955, o Amapá foi vice-campeão brasileiro de natação, por equipe; em 1956, em Porto Alegre (RS) no Centro do Grêmio o Amapá conquistou o título de Campeão Brasileiro de Natação.
Em 1966, Umbelino e equipe foram ao campeonato brasileiro, onde tiveram uma boa atuação.  Em 1967 aconteceu a Travessia de Itaúna em Cametá, e a equipe amapaense tinha seis atletas. No dia 27.07.67, sob o comando de Adonias Trajano, um grande campeão, Umbelino ganhou a travessia, foi o primeiro amapaense a vencer o evento. Isso lhe abriu os caminhos para o cenário nacional. Foi quando o jornalista Coaracy Barbosa, diretor de natação do Esporte Clube Macapá conseguiu o primeiro emprego, aos 17 anos, e ele foi trabalhar no Distrito de Santana, na Escola Augusto Antunes, como auxiliar de Professor de Educação Física.
De seu primeiro relacionamento com uma paraense com quem foi casado por vinte anos nasceram quatro filhos, e todos atuam na natação. Ele tem também um quinto filho de outro relacionamento anterior.
Umbelino foi para o Clube do Remo em 1968, em 1970 foi para Tuna Luso Brasileira onde foi nadador e técnico da categoria de Base. Terminou o ginasial na Escola Paes de Carvalho, fez a Escola Federal de Educação Física, e se formou em 1977. Dentro da faculdade foi monitor de natação.
Em 1978 retornou ao Amapá. Esteve na Guiana Francesa, onde passou seis anos, trabalhando como ferreiro especializado. Com o governo Collor o franco foi igualado ao cruzado e não existiam vantagens em permanecer por lá.
De volta ao estado, através de um Contrato Administrativo retornou à natação na Piscina Olímpica Capitão Euclides Rodrigues de 1991/93. Era funcionário estadual.
Umbelino Palheta Lobato, professor de Educação Física, que passou em primeiro lugar no vestibular da Universidade da Maioridade da UNIFAP, representou a instituição em 2010 no 17º Campeonato Norte-Nordeste e Centro-Oeste Master de Natação, em setembro. Ganhou três medalhas de ouro nos 50 costa, 100 costa e 50 livre e mais duas de prata em revezamento com atletas da delegação amapaense.
Foto: Reprodução / Tribuna Amapaense
Umbelino, ou Vilhô, como o chamavam no Morro do Sapo, no bairro do Laguinho, foi campeão várias vezes da travessia da baía de Guajará (foto) pela Tuna Luso-Brasileira de Belém.
Que sua alma descanse em paz!
Nossas condolências à família enlutada!
Fontes: João Silva, Jornal Tribuna Amapaense e Revista Diário do Amapá

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