Luiz Albuquerque Queiroz Brasiliense, agora, tem uma rua em sua homenagem.
A mudança é
resultado de um Projeto de Lei do de autoria do vereador Carlos Murilo (PSL) e
substitui o nome da Rua 02, no bairro Alvorada.
No ato de instalação da placa, os filhos do homenageado estavam presentes.
História
Em 1953, a
convite do então governador do Território Federal do Amapá, Dr. Amílcar da
Silva Pereira, o odontólogo Luiz Albuquerque Queiroz Brasiliense, nascido em
Belém, chega para exercer a profissão e trabalha em vários municípios do
estado. Sua principal atuação foi na capital Macapá, onde conquistou muitos
amigos, dentre eles, o farmacêutico Rubim Aronovitch e o médico Alberto Lima.
Conhecido
como Dr. Brasiliense, tinha como características marcantes alegria, competência
e dedicação ao trabalho, tendo atuado em todos programas de saúde dentária nos
municípios e localidades. Teve 9 filhos, aposentou-se em 1989. Faleceu dia 19
de maio de 1995, em Belém. Se estivesse vivo, completaria 100 anos dia 20 de
outubro de 2021.
Fotos: SMCS
BIOGRAFIA
O pioneiro
Luiz Albuquerque Queiroz Brasiliense nasceu em Belém, Estado do Pará, em 20 de
outubro de 1921. Filho do odontólogo e farmacêutico pernambucano Dr. Luiz
Queiroz Brasiliense e da cearense D. Marieta Albuquerque Brasiliense. Estudou o
1º e 2º graus no Colégio Nazaré em seguida ingressou na Faculdade de
Odontologia do Pará, formando-se em Odontologia em 1941. Ingressou
posteriormente na Escola de Instrução Militar em 1º de Abril de 1942, atuando
até 04 de agosto de 1949, na cidade do Rio de Janeiro quando deu baixa com a
patente de capitão R-2, do Exército Brasileiro, tendo prestado serviços na
função de dentista, atendendo soldados aquartelados no 26º Batalhão de
Caçadores (26ºBC) e recrutas convocados para o Exército praticando exames de
saúde bucal. Atuou como dentista em Belém do Pará, no consultório de seu pai,
que também foi odontólogo e farmacêutico, e com seu único irmão Dr. Humberto
Albuquerque Queiroz Brasiliense, também odontólogo. No ano de 1945, antes do
final da Segunda Guerra Mundial, serviu como comandante do Destacamento Militar
na cidade de Óbidos, no oeste do Pará, às margens do rio Amazonas, onde
conheceu Nilce Farias Brasiliense, de tradicional família obidense, com quem
veio a casar-se em 09 de janeiro de 1946, com a qual teve 09 filhos: Luiz
Queiroz Brasiliense Neto, hoje morando em Brasília, no DF; Iria Lúcia
Brasiliense Leite, que foi governadora do Lions no Ano Leonístico 2000/2001 e
mora em Macapá, Amapá; Maria Nilce Brasiliense Peruffo, médica e residente em
Porto Alegre, Rio Grande do Sul; Paulo Eduardo Farias Brasiliense,
administrador de empresas, mora em Belém do Pará; Nelson Fernando Farias
Brasiliense, engenheiro civil, residente em Macapá; Sérgio Roberto Farias
Brasiliense, comerciante, mora em Macapá; Isa Helena Farias Brasiliense,
médica, ginecologista, residente em Brasília, Distrito Federal; Ronaldo
Brasiliense, conceituado repórter e jornalista reconhecido nacionalmente; Maria
do Socorro Brasiliense Zortea, administradora de empresa, residindo em Porto
Alegre, Rio Grande do Sul e Renato Silva Brasiliense, de outra relação
conjugal. Sua esposa, Nilce Farias Brasiliense, faleceu em 1962. Com isso, o
doutor Luiz Brasiliense ficou viúvo aos 40 anos com nove filhos menores. Luiz
Albuquerque Queiroz Brasiliense chegou ao então Território Federal do Amapá em
1953, a convite do Governador à época, o Dr. Amílcar da Silva Pereira, amigo e
companheiro de Exército, ingressando no quadro de funcionários do governo do
Território em 10 de fevereiro de 1954, na Divisão de Saúde, na função de
dentista, indo inicialmente prestar serviços na cidade de Oiapoque, onde nasceu
seu filho Sérgio Roberto Brasiliense. Em 1955, foi transferido para Mazagão. Em
1956, foi removido para Macapá enquanto aguardava a vinda do Dr. Armando
Limeira de Andrade para a capital quando iria substituí-lo na cidade de Amapá,
onde prestou seus serviços odontológicos em 1957 e 1958. Finalmente, em 1959,
foi residir de forma definitiva em Macapá. O doutor Brasiliense, como era
conhecido, foi uma pessoa alegre, competente e dedicada. Andou por todos estes
rincões das terras amapaenses, conquistando ao longo destes anos um grande
número de amigos, dentre os quais o farmacêutico Rubim Brito Aronovitch, os
médicos Mário de Medeiros Barbosa, Alberto da Silva Lima, Antônio Tancredi
dentre outros; os dentistas Armando Andrade, Sylla Salgado; os enfermeiros
Joaquim Bandeira e Margarida Freire, e toda a equipe de Hospital Geral de
Macapá. Participou de todos os programas de saúde dentária nos municípios e
localidades, tendo atendido 12.402 pacientes interioranos fazendo extrações e
obturações durante o ano de 1956 acompanhando seus companheiros Armando Andrade
e Sylla Salgado. Sua ligação de amizade com Sylla, dizem que parecia de cão e
gato, falando alto e encrencando um com o outro por ocasião de suas partidas de
pontinho ou canastras todas as noites ao longo de tantos anos, quando também se
divertiam muito. Aposentou-se em 1989, transferindo sua residência para Belém
do Pará, onde faleceu em 19 de maio de 1995. Foi um excelente profissional, um
grande amigo, e um destacado pioneiro na História do Amapá.
Redação
original de Coaracy Sobreira Barbosa, extraída do Livro “Personagens Ilustres
do Amapá, Vol. III” – Edição digitalizada, não impressa graficamente.
A pedido do
editor, o texto foi gentilmente revisado e atualizado pela Sra. Iria Lúcia
Brasiliense Leite, filha do biografado, antes de publicarmos no blog
Porta-Retrato.
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