Li e gostei!
Encontrei na
grande rede, sugestiva ideia do artista visual e produtor, Wagner Ribeiro sobre
a criação do MUSEU NAUTICO DO AMAPÁ!
A brilhante
sugestão desse grandioso projeto, vem repercutindo, favoravelmente, junto à
maioria das pessoas, que tomam conhecimento de seu texto.
O blog
Porta-Retrato Macapá, apoia e iniciativa e compartilha na íntegra a CRÔNICA
desse conceituado artista plástico:
(*) Por Wagner Ribeiro
Estamos
situados ao norte da maior floresta tropical do mundo que é a nossa
impressionante Amazônia e também posicionados na foz da maior Bacia
Hidrográfica do planeta. Da orla da capital do Amapá, podemos visualizar o
maior arquipélago flúvio-marítimo do Brasil com aproximadamente 2.500 ilhas e
ocupando uma área de 42 mil Km², que é o grandioso Marajó. É com esse
pensamento que gostaríamos de provocar a criação de um Museu Náutico com o
intuito de preservar a memória da história das embarcações da Amazônia que
começa com as canoas e remos utilizados pelos índios, depois as canoas à vela
aproximadamente na década de 40, em seguida os barcos de madeira com motor, as
catraias muito utilizadas até hoje. Tem também as velozes rabetas, os barcos de
ferro e até os navios de passageiros e de cargas que navegam pelos rios nessa
imensa área verde.
Além de
preservarmos essa história, será um item muito importante para o turismo e
objeto de pesquisa para as escolas e universidades.
"Sou
filho de ex-funcionário da Indústria de Comércio e Minério - ICOMI. nasci em
1959 no Município de Serra do Navio, dentro do projeto de exploração de
manganês no Amapá que durou 50 anos. Sempre fui atento nos valores regionais
como o paisagismo, costumes e tradições, principalmente nas construções
artesanais de barcos e também por ter o dom da arte em diferentes áreas,
desenho, pintura, escultura e confecção de maquetes, etc.".
Depois
das canoas à vela, existiram os barcos que eram muito utilizados para subir os
rios para venda e troca de mercadorias, chamados de Regatão. Temos registros
fotográficos dos primeiros navios que surgiram a partir da década de 50 como o
navio Amapá, navios do Governo do Estado do Amapá como: Comandante Solon,
Comandante Idalino e comandante Pedro Seabra que faziam transportes de cargas e
passageiros principalmente para Belém do Pará. Surgiram também empresários do
ramo de transporte marítimo que faziam esta atividade como os barcos Silja
Souza e Sonja Souza e assim foram surgindo os barcos como Cidade de Óbidos, Cidade
de Gurupá, os barcos Ana Beatriz, Anna Karoline, o Novo Amapá que naufragou em
1981 no percurso entre Santana e Laranjal do Jari e considerada uma das maiores
tragédias fluviais da Amazônia. Temos também outros registros de naufrágio como
o Anna Karoline III e Sobral Santos II com centenas de mortos.
Subindo o
rio Amazonas, podemos também lembrar dos Barcos Luan, Bruno que estão em plena
atividade. Muitos barcos que fizeram e ainda fazem viagens para o Marajó,
principalmente para os municípios de Breves, Muaná, Afuá, Portel, Chaves, etc.
podemos citar dezenas dessas embarcações que podemos incluir nessa saga que
conta a história da navegação da Amazônia e especificamente do Estado do Amapá.
Esse
texto é apenas uma ideia. Será necessário reunir entidades, historiadores e
artistas para que o projeto seja criado com sucesso.
(*) artista plástico amapaense
Fonte: Facebook
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