quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Foto Memória de Macapá: Moradores da "Maison Des Anges" (Casa dos Anjos)

Confesso que morei quase 60 anos em Macapá, e nunca havia ouvido falar na "Maison des anges". 
Ao receber uma foto do amigo Derossy Araújo, fiquei curioso e fiz aquela pergunta inevitável: Mas afinal...o que é "Maison des anges"?
Derossy Araújo da Silva conta ao Porta-Retrato que a “Maison des Anges” foi uma república de solteiros, criada por volta do início da década de 1960. Sendo membros fundadores: Derossy Araújo, Oséas Filho e Elson Martins.
Para ser ingresso na Maison era necessário ter o consentimento dos três moradores, caso houvesse uma discordância de um dos membros, o candidato não seria aceito.
Derossy chegou em Macapá em 1959, indo morar, inicialmente na casa do Sr. Lobo. Pouco tempo depois, junto com Oséas Filho e o Elson Martins, fundam a Maison. 
O Oséas era noivo à época e morava de aluguel. Como se preparava para casar, deveria passar pouco tempo na casa que alugasse. 
Por ser colega de Derossy, no Banco do Brasil, juntamente com o Elson, resolvem alugar uma casa. 
O Elson já havia chegado bem antes com a família a Macapá e estavam morando no bairro do Trem. Para ele era muito trabalhoso ficar no bairro e ir para o centro, em virtude disso ele foi morar na Maison.
O primeiro endereço da Maison foi no cruzamento da Av. Raimundo Álvares da Costa com a Rua General Rondon. O segundo endereço foi no início do Laguinho, ainda na Rua General Rondon. 
O terceiro e último endereço da Maison com a participação do Derossy, foi no beco da Loja Pernambucanas, onde foi batida a foto acima. 
Ele saiu de lá em 1965 em virtude de seu enlace matrimonial. 
A república continuou mais um pouco com os remanescentes.
O nome “Maison des Anges” era uma insinuação do pessoal que falava só morar “anjos” ali, assim eles aceitaram a denominação e usaram o nome afrancesado por ser mais “chique”.
Também participaram da Maison: Brito Lima, funcionário do Banco do Brasil; o Jaime (os dois estão na foto acima) e outros que iam chegando a Macapá transferidos de outras agências; a maioria oriunda do Banco do Brasil. 
A Maison era uma base de apoio para eles, até se situarem na cidade.

(Márcio José Andrade da Silva, filho de Derossy, colaborou na coleta das informações junto ao pai dele)
O blog agradece aos dois
Fotos de arquivo

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