quinta-feira, 1 de abril de 2021

Morre em Belém, aos 83 anos, a professora Maria Façanha, pioneira do magistério amapaense

(Foto: Arquivo pessoal)

Faleceu, no início da tarde desta quarta-feira (31/03), no Hospital da Saúde da Mulher, em Belém, aos 83 anos de idade, a professora Maria de Lourdes Dias Façanha. Há quase um mês em tratamento de uma infecção urinária seguida de contaminação pelo Covid-19.

O corpo de Maria Façanha foi cremado em Belém mesmo e parte de suas cinzas será levada para Macapá cumprindo desejo da ilustre mestra.

(Foto: Memorial Amapá)

Em 2016, Maria Façanha foi homenageada com a Medalha de Notável Edificadora do Amapá, concedida pelo Instituto de Pesquisa e Ação pela História e Cultura do Amapá – Memorial Amapá. 

MARIA DE LOURDES DIAS FAÇANHA – “MARIA FAÇANHA”

Nasceu em Belém do Pará, no dia 18 de março de 1938.

Filha dos pioneiros Lourenço Borges Façanha e Diva Dias Façanha, ambos falecidos.

Iniciou seus estudos primários na escola Barão do Rio Branco, ensino pedagógico no Instituto de Educação do Amapá – IETA. Concluiu o ensino médio no Colégio Amapaense.

Em 1964, cursou a disciplina de Orientação Metodológica para professor primário, no Centro Regional de Pesquisa Educacional, Queiroz Filho, órgão vinculado à antiga Divisão de Educação e Cultura do Território do Amapá.

Graduou-se em Biblioteconomia pela UFPA, em 1976.  Seu primeiro emprego, foi como professora de alfabetização na Escola Rural de Fazendinha, em 1965. Seguiu no exercício do magistério lecionando o pré-primário na tradicional escola Barão do Rio Branco. Ainda nesse educandário, acumulou a função de Diretora do Jardim de infância.

Em 1976, já graduada em biblioteconomia, foi trabalhar na reestruturação da biblioteca do Colégio Comercial do Amapá, e registrou-a no Instituto Nacional do Livro. Permaneceu no cargo de bibliotecária até 1979. Foi ainda nesse período, coordenadora das bibliotecas de 1º e 2º grau da rede de ensino da Secretaria de Educação do então Território.

Maria Façanha trilhou brilhante carreira como bibliotecária, passando por diversos órgãos de relevância na administração do ainda Território do Amapá, entre eles: ASTER- Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural.

Participou de vários cursos, congressos e seminários no Amapá, em vários estados brasileiros e no exterior, sempre voltados para o aperfeiçoamento na área de biblioteconomia. Um dos grandes feitos de Maria Façanha foi de reestruturar e padronizar todas as bibliotecas dos órgãos e instituições públicos do ainda Território federal do Amapá.

Maria Façanha tornou-se membro efetivo das seguintes instituições: Associação Paraense de Bibliotecários, Conselho Regional de Biblioteconomia da 2ª Região, Federação Brasileira de Bibliotecários e Associación Interamericana de Bibliotecários Y Documentalistas, com sede em Turrialba – Costa Rica.

(Foto: Arquivo pessoal)
Na juventude, Maria Façanha, devido a sua notável beleza, foi modelo exclusivo dos Tecidos Bangu, nos memoráveis desfiles na piscina Territorial.

Maria Façanha retirou-se da vida pública, em 1982, com relevantes serviços prestados ao Amapá

Biografia por Wanke Do Carmo, historiador e colaborador do Instituto Memorial Amapá

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Nota do Editor:

-- Maria Façanha, de tradicional família amapaense, foi vizinha de minha família, durante minha infância e parte da minha adolescência em Macapá. Antes de constituir família, morei por muitos anos na Av. Presidente Vargas, nº 52 em Macapá, próximo ao IETA. E a Família Façanha sempre morou (e ainda mora - 2021) na rua general Rondon, naquele corredor entre o Colégio Amapaense e o antigo IETA.

(Foto: João Lázaro - Arquivo pessoal)

-- Meu último contato pessoal, com Dona Diva e Maria Façanha foi nesse encontro em 2019, quando estive pela última vez em Macapá e que fui fazer uma visita à Dona Diva.  Gratas lembranças das duas amigas.

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