segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

MACAPÁ BONITA

Foto, capturada pelo amigo Floriano Lima, do meio da Praça Veiga Cabral, no ano 1976, mostra Macapá bonita, por um ângulo não muito conhecido.

Nas imagens, podemos ver em destaque uma parte da antiga Praça Veiga Cabral, que já tinha sua urbanização finalizada. À esquerda, aparece um trecho da antiga Rua Cândido Mendes, ainda não pavimentada. Seguindo da interseção da Rua Mário Cruz com a Cândido Mendes até o antigo beco do Sambariri, que hoje se chama Abraão Peres, estão localizados, da esquerda para a direita, o prédio que abrigava o Bazar Fantasia, o edifício da família Torrinha, conhecido como "caixa de fósforo", atual Center Kennedy, e a sorveteria do senhor João Arthur, agora situada no prédio do ex-BANAP. Mais adiante, havia uma passagem que levava à casa do senhor Zito Moraes, pai do comunicador Euclides Moraes, seguida pela Casa Erotildes e pela Farmácia Serrano. Na verdade, o trecho mostrado na imagem fica em frente ao Teatro das Bacabeiras.

Texto do amigo João Silva, adaptado para o blog Porta-Retrato-Macapá.

domingo, 5 de janeiro de 2025

MEMÓRIA DA ELETRICIDADE NO AMAPÁ > AS ORIGENS DA ENERGIA ELÉTRICA NO AMAPÁ

Os primeiros sinais do início da energia elétrica no Amapá surgiram no final do século XIX, quando Macapá era administrada por um Conselho, sob a liderança de um Intendente indicado pelo Governo do Pará. No dia 21 de novembro de 1896, o Conselho Municipal de Macapá publicou um Edital anunciando a arrematação pública de 50 lampiões e 50 “mangas” de vidro novos para iluminar a cidade à noite. Esses itens foram adquiridos no início do ano seguinte e colocados em pontos estratégicos pela Intendência de Macapá, que abarcava quase dez ruas e travessas da cidade.

Um “faroleiro” era o responsável por acender, entre 19h e 20h, as lamparinas movidas a querosene, que estavam fixadas em postes de madeira, seguindo uma rotina diária estabelecida pelo Intendente, e também apagá-las antes das 6h da manhã. Este serviço perdurou de 1896 a 1913, quando o Intendente Jovino Dinoá pediu a ampliação da iluminação para prédios públicos, como a Fortaleza de São José e a fachada da Igreja Matriz. Importante mencionar que esses custos estavam incluídos nos orçamentos anuais do governo paraense.

Uma precária geração elétrica

Uma geração de energia elétrica ainda bastante rudimentar ocorreu em outubro de 1929, quando Macapá recebeu, pela primeira vez, um fornecimento provisório de eletricidade. Uma comissão que realizava estudos topográficos para a construção da estrada Macapá-Clevelândia trouxe um pequeno motor gerador que forneceu energia a algumas residências e ruas da cidade. O pequeno gerador foi instalado em um lado da casa do ex-prefeito de Macapá, Otávio Ramos, que permitiu que esse benefício se estendesse a mais quatro residências nas proximidades, acreditando que era um "serviço valioso e necessário". Essas propriedades que receberam fornecimento temporário de energia funcionavam como uma escola primária, uma delegacia e um modesto depósito municipal. O fornecimento elétrico, que durou apenas três horas por dia, teve uma duração inferior a dez dias, pois a comissão se retirou de Macapá após completar os estudos topográficos, levando o gerador com eles. O fornecimento de energia só retornaria durante a administração do Major Moisés Eliezer Levy, em fevereiro de 1933, quando um motor naval movido a gasolina foi instalado em uma das galerias do prédio da Prefeitura, produzindo eletricidade apenas para o edifício público e três residências próximas. Quando o Major deixou o cargo, levou o motor consigo, alegando que pertencia a ele. Em novembro de 1937, o prefeito Coronel Francisco Ramos Soares obteve a autorização do governador do Pará, José Carneiro da Gama Malcher, para construir uma pequena Usina de Força e Luz, equipada com caldeiras a vapor, para melhorar as condições na cidade. Essa usina foi erguida na área que hoje corresponde ao cruzamento da Rua Independência com a Alameda Francisco Serrano. Dada a escassez de recursos sociais na cidade, a Usina produzia apenas energia hidráulica, suficiente para atender os engenhos das embarcações ancoradas nas proximidades da Doca da Fortaleza. Essa instalação funcionou de maneira precária até setembro de 1938, quando a falta de manutenção levou ao seu fechamento.

Fonte: Texto reproduzido do blog LUZ AMAPAENSE.

Leia matéria anterior publicada no blog Porta-Retrato

MACAPÁ BONITA

Foto, capturada pelo amigo Floriano Lima , do meio da Praça Veiga Cabral , no ano 1976, mostra Macapá bonita, por um ângulo não muito conhe...