(Reprodução)
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Data: 15 de janeiro de 1950.
Segundo o historiador Estácio Vidal Picanço, a cidade de Macapá amanheceu uma festa só.
Era o dia da inauguração do estádio, com a partida entre as seleções de Amapá e Pará.O governador Janary Nunes hasteou a bandeira nacional no mastro de entrada do estádio (foto) e descerrou a placa comemorativa com a inscrição “Construída na Administração Territorial do Capitão Janary Nunes”.Houve ainda discurso do engenheiro construtor do estádio, Hermógenes de Lima Filho, que em seguida leu o ato do governo do Território Federal do Amapá repassando a administração do Glycerão à prefeitura de Macapá.
Também discursaram Hildemar Pimentel Maia, representante da CBD, e os presidentes das federações do Amapá e Pará, Glycério Marques e Péricles Guedes, respectivamente.
O primeiro juiz
Para dirigir o encontro entre as seleções de Amapá e Pará foi escolhido pela CBD o juiz paraense Alberto da Gama Malcher, que já tinha renome internacional.Ele trilou o apito às 17h30 do dia 15 de janeiro de 1950.O estádio já tinha luminárias, e das melhores, escreveu Estácio Vidal.
O primeiro gol marcado no estádio Glycério Marques foi de autoria de Norman Percival Joseph David (apelidado de cacetão pela potência de seu chute - da seleção paraense e jogador do Paissandu).Norman fez o gol aos 30 minutos do segundo tempo, e o Pará venceu a partida por 1x0.
Uma curiosidade: Complementando o amigo Sapiranga informa que o saudoso Zacarias Leite, Paissandu doente, homenageou o centro avante bicolor, batizando seu oitavo filho como Percival, que mais tarde se transformou num grande craque do futebol amapaense, defendendo as cores do Juventus Esporte Clube.
O Amapá começou jogando com: Lavareda, 75 e Suzete; Cabral, Roxinho e Raimundinho; Luiz de Melo, Dedeco, Alves, Adãozinho e Boró.O Pará usou: Dodô, Bereco, e Sidoca; Biroba, Nonato e Sabá; Norman, Teixeirinha, Hélio Costa, China e Juvenil.
Os jogadores do Remo não estavam na seleção, pois o clube estava em excursão pelo exterior. A renda foi de Cr$ 31.780,00.
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Detalhe histórico - A construção do Estádio Municipal Glycério de Souza Marques foi motivada pela participação do Amapá no XX Campeonato Brasileiro de Seleções de Futebol, realizado no ano de 1950.
O Amapá tinha sete anos como Território Federal, e pela primeira vez iria participar daquela competição.
O convite foi feito por Vargas Neto, vice-presidente da então Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
O relato é do saudoso professor e historiador Estácio Vidal Picanço, que em 1980, quando o estádio completou 30 anos, contou a história da construção e da partida inaugural.
Estácio Vidal também foi goleiro do Amapá e cronista esportivo da Rádio Difusora de Macapá.
Estácio diz que o estádio Glycério Marques é a praça de esportes oficial mais antiga do Brasil, inaugurado seis meses antes da inauguração do estádio do Maracanã, construído para a Copa do Mundo de 1950 que o Brasil perdeu na final para a seleção do Uruguai.
Ele conta que o governador Janary Nunes estava ausente do Amapá, tendo passado nove meses na Escola Superior de Guerra.
Janary era militar da ativa do Exército brasileiro.
Raul Montero Valdez respondia pelo governo do Território, e o prefeito de Macapá era José Serra e Silva.
Tudo isso em 1949.
Em meados de outubro daquele ano, Raul Valdez recebeu um telegrama do Rio de Janeiro, informando que a CBD estava convidando o Amapá para participar do Campeonato Brasileiro de Seleções de 1950.
Raul reuniu então os presidentes dos clubes da época: Amapá Clube, Esporte Clube Macapá, São José e Trem Desportivo Clube, informando a eles que o Território do Amapá estaria na competição.
Uma das primeiras providências foi eleger um presidente definitivo para a Federação de Desportos do Amapá (FDA), que mais tarde virou Federação Amapaense de Desportos (FAD) e hoje é Federação Amapaense de Futebol (FAF).
O presidente interino da FDA era Ariosto Cardoso Paes.
A eleição aconteceu no gabinete do governador, com os dirigentes dos clubes aclamando o nome de Glycério de Sousa Marques, tenente do Exército.
Além da patente, Glycério Marques exercia funções de inspetor geral de ensino, chefe escoteiro, professor, educador e desportista.
Foi também um dos diretores da Rádio Difusora de Macapá, na primeira faze da emissora.
Na reunião histórica, narra Estácio Vidal, o governador interino Raul Valdez convocou Hermógenes de Lima Filho, diretor da Divisão de Obras do governo, para que ele escolhesse o local onde seria construído um estádio de futebol, em tempo recorde, a fim de que o Amapá, em janeiro de 1950, tivesse condição de tomar parte no campeonato.
Como representante do governo do Território Federal do Amapá no Rio de Janeiro estava Pauxy Nunes, conhecido como “Caudilho do Norte”.
Ele também era o delegado do Amapá junto à Confederação Brasileira de Desportos, providenciando tudo o que fosse necessário para a seleção amapaense.
Dentre essas providências, Pauxy Nunes procurava encontrar o melhor material esportivo.
Duas semanas antes da estreia do Amapá no campeonato, a seleção recebeu dois jogos de camisa e o restante do material.O primeiro uniforme da seleção amapaense, nas cores azul e vermelho, permanece até hoje.O governador Janary Nunes, embora ausente do Território, continuou dando todo o apoio à participação do Amapá no certame.
Ele e seu irmão, deputado Coaracy Nunes, conseguiram recursos financeiros para a construção do estádio em tempo recorde.
O Amapá tinha sete anos como Território Federal, e pela primeira vez iria participar daquela competição.
O convite foi feito por Vargas Neto, vice-presidente da então Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
O relato é do saudoso professor e historiador Estácio Vidal Picanço, que em 1980, quando o estádio completou 30 anos, contou a história da construção e da partida inaugural.
Estácio Vidal também foi goleiro do Amapá e cronista esportivo da Rádio Difusora de Macapá.
Estácio diz que o estádio Glycério Marques é a praça de esportes oficial mais antiga do Brasil, inaugurado seis meses antes da inauguração do estádio do Maracanã, construído para a Copa do Mundo de 1950 que o Brasil perdeu na final para a seleção do Uruguai.
Ele conta que o governador Janary Nunes estava ausente do Amapá, tendo passado nove meses na Escola Superior de Guerra.
Janary era militar da ativa do Exército brasileiro.
Raul Montero Valdez respondia pelo governo do Território, e o prefeito de Macapá era José Serra e Silva.
Tudo isso em 1949.
Em meados de outubro daquele ano, Raul Valdez recebeu um telegrama do Rio de Janeiro, informando que a CBD estava convidando o Amapá para participar do Campeonato Brasileiro de Seleções de 1950.
Raul reuniu então os presidentes dos clubes da época: Amapá Clube, Esporte Clube Macapá, São José e Trem Desportivo Clube, informando a eles que o Território do Amapá estaria na competição.
Uma das primeiras providências foi eleger um presidente definitivo para a Federação de Desportos do Amapá (FDA), que mais tarde virou Federação Amapaense de Desportos (FAD) e hoje é Federação Amapaense de Futebol (FAF).
O presidente interino da FDA era Ariosto Cardoso Paes.
A eleição aconteceu no gabinete do governador, com os dirigentes dos clubes aclamando o nome de Glycério de Sousa Marques, tenente do Exército.
Além da patente, Glycério Marques exercia funções de inspetor geral de ensino, chefe escoteiro, professor, educador e desportista.
Foi também um dos diretores da Rádio Difusora de Macapá, na primeira faze da emissora.
Na reunião histórica, narra Estácio Vidal, o governador interino Raul Valdez convocou Hermógenes de Lima Filho, diretor da Divisão de Obras do governo, para que ele escolhesse o local onde seria construído um estádio de futebol, em tempo recorde, a fim de que o Amapá, em janeiro de 1950, tivesse condição de tomar parte no campeonato.
Como representante do governo do Território Federal do Amapá no Rio de Janeiro estava Pauxy Nunes, conhecido como “Caudilho do Norte”.
Ele também era o delegado do Amapá junto à Confederação Brasileira de Desportos, providenciando tudo o que fosse necessário para a seleção amapaense.
Dentre essas providências, Pauxy Nunes procurava encontrar o melhor material esportivo.
Duas semanas antes da estreia do Amapá no campeonato, a seleção recebeu dois jogos de camisa e o restante do material.O primeiro uniforme da seleção amapaense, nas cores azul e vermelho, permanece até hoje.O governador Janary Nunes, embora ausente do Território, continuou dando todo o apoio à participação do Amapá no certame.
Ele e seu irmão, deputado Coaracy Nunes, conseguiram recursos financeiros para a construção do estádio em tempo recorde.
Janary retornou ao Amapá no dia 19 de dezembro de 1949.
Glycério Marques chamou Edson Veras para treinar a seleção amapaense de futebol.
Edson era irmão de Ivaldo Veras, cujo nome é imortalizado na avenida onde está construído o Sambódromo.
Foram convocados para compor a seleção os jogadores: Lavareda, 91 (Expedito da Cunha Ferro), 75, Suzete, Jucá, Raimundinho, Cabral, Deniz, Roxinho, Cláudio, Adãozinho, Boró, Turíbio, Branco, Sapo, Major, Taumaturgo, Osvaldo Padeiro, João Cançado, Dedeco, Zé Maria Chaves, Walter Nery, Álvaro Arara, Alves e Cabeça.
O treinador Edson Veras saiu logo depois, sendo substituído por Delbanor Leite Dias (irmão do saudoso chefe Humberto), que também foi um dos diretores da Rádio Difusora de Macapá.
Glycério Marques chamou Edson Veras para treinar a seleção amapaense de futebol.
Edson era irmão de Ivaldo Veras, cujo nome é imortalizado na avenida onde está construído o Sambódromo.
Foram convocados para compor a seleção os jogadores: Lavareda, 91 (Expedito da Cunha Ferro), 75, Suzete, Jucá, Raimundinho, Cabral, Deniz, Roxinho, Cláudio, Adãozinho, Boró, Turíbio, Branco, Sapo, Major, Taumaturgo, Osvaldo Padeiro, João Cançado, Dedeco, Zé Maria Chaves, Walter Nery, Álvaro Arara, Alves e Cabeça.
O treinador Edson Veras saiu logo depois, sendo substituído por Delbanor Leite Dias (irmão do saudoso chefe Humberto), que também foi um dos diretores da Rádio Difusora de Macapá.
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(Texto extraído do portal Amapá Turismo que cita como fonte o Jornal "A Gazeta", do Amapá - com informações do historiador Estácio Vidal Picanço)
(Texto extraído do portal Amapá Turismo que cita como fonte o Jornal "A Gazeta", do Amapá - com informações do historiador Estácio Vidal Picanço)
Lazaro, o nome do autor do primeiro gol no glicerão era BORMAN PERCIVAL JOSEPH DAVID( apelidado de cacetão pela potência de seu chute). O saudoso Zacarias Leite, paissandu doente, homenageou o centro avante bicolor batizando seu oitavo filho como Percival. O ponteiro direito na sua escalação é Luiz Melo, mas na relação dos convocados não consta seu nome. Sapiranga
ResponderExcluirQuero dizer NORMAM. SAPI
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