As Fotos Memória de hoje, relembram os primeiros movimentos de escoteiros do Amapá.
No primeiro registro temos o desfile
oficial realizado pela Associação de Escoteiros Marcílio Dias, na localidade de
Fazendinha, na área onde sempre foi instalado o Parque de Exposições.
São registros do acervo histórico do Amapá.
Nas imagens o primeiro escoteiro da coluna do
centro, após a Bandeira Nacional é o chefe Dário Cordeiro Jassé.
Foto
da primeira Banda Marcial dos escoteiros do Amapá que puxou o desfile das
bandeirantes e escoteiros das modalidades terra e mar no Parque de Exposições, em Fazendinha. O primeiro tambor da
fila do centro era tocado pelo chefe Glycério de Souza Marques, membro da
diretoria da Associação de Escoteiros Veiga Cabral.
No dia 12/9/1945, ocorria em Macapá a instalação da Associação de Escoteiros Veiga Cabral. A iniciativa contou com o decisivo apoio do governador Janary Gentil Nunes que levou de Belém os chefes escoteiros Glycério de Souza Marques, Clodoaldo Carvalho do Nascimento e José Raimundo Barata.
Eles não foram apenas para fundar o escotismo no Amapá, mas também desempenharam outras atividades como servidores públicos federais.
Quase dois anos depois, no dia 13/7/1947, surgiria a Associação Marcílio Dias, modalidade mar, por iniciativa do professor de educação física e chefe escoteiro Dário Cordeiro Jassé.
Nascido em Belém a 18/5/1907, o chefe Jassé era filho de José Jassé e
Rita Cordeiro Jassé. Enquanto permaneceu em Belém residiu na Rua dos 48, por
trás da Igreja da Santíssima Trindade e na Avenida 25 de setembro, nos fundos
do Bosque Rodrigues Alves. Na capital paraense ministrou aulas de educação
física em diversos estabelecimentos de ensino e integrou o movimento escoteiro.
Convidado
para trabalhar em Macapá, Dário Jassé lá chegou em abril de 1947, sendo lotado
na então Divisão de Educação e exercendo a função de Inspetor de Ensino. Fixou
residência no bairro do Trem, onde a Prefeitura de Macapá havia concedido à
associação que dirigia uma ampla área delimitada pelas Avenidas Cônego Domingos
Maltez/Antônio Gonçalves Tocantins e pelas Ruas General Rondon/Eliezer Levy. De
imediato foi demarcado um campo de futebol e iniciada a construção de um
barracão. As instruções sobre o escotismo eram ministradas no Rivelim da
Fortaleza São José.
No
pentágono localizado à frente da Fortaleza, o chefe Dário Cordeiro Jassé ministrava os ensinamentos sobre escotismo aos componentes do Grupo Marcílio Dias.
As aulas sempre ocorriam à tarde e atraiam dezenas de curiosos, principalmente
crianças.
Casou
com Raimunda Morais e com ela teve os filhos Carlos Fernando, Antônio Mário,
Raimundo Sérgio e as filhas Célia e Regina.
Em 1953, doente, o chefe Dário Jassé foi internado no Hospital do IPASE, no Rio de Janeiro, onde faleceu a nove de março. Seu corpo foi enterrado no cemitério São João Batista e o governo do Amapá arcou com as despesas de seu funeral. Dário Jassé era o Comissário Regional da União dos Escoteiros do Brasil, no Amapá e Clodoaldo Nascimento o subcomissário. No dia 3/4/1953, às 10 horas, o Grupo Marcílio Dias prestou-lhe homenagens na área da entidade que fundara. Houve hasteamento da bandeira nacional e colocação de uma placa homenageando o extinto. O tenente Glycério de Souza Marques teceu breves comentários sobre a vida do Professor Jassé. Compareceram à solenidade: o Dr. Hildemar Pimentel Maia, governador em exercício; Heitor de Azevedo Picanço, presidente da União dos Escoteiros do Brasil - Regional do Amapá; Jacy Barata Jucá, presidente da Associação Marcílio Dias e Clodoaldo Carvalho do Nascimento, Comissário Regional substituto. Cantou-se a canção do silêncio e a valsa da despedida. Jacy Barata Jucá e Heitor Picanço descerraram a placa Dário Jassé com os dizeres: “Marcílio Dias, Campo Escola Dário Jassé”.
Em 1953, doente, o chefe Dário Jassé foi internado no Hospital do IPASE, no Rio de Janeiro, onde faleceu a nove de março. Seu corpo foi enterrado no cemitério São João Batista e o governo do Amapá arcou com as despesas de seu funeral. Dário Jassé era o Comissário Regional da União dos Escoteiros do Brasil, no Amapá e Clodoaldo Nascimento o subcomissário. No dia 3/4/1953, às 10 horas, o Grupo Marcílio Dias prestou-lhe homenagens na área da entidade que fundara. Houve hasteamento da bandeira nacional e colocação de uma placa homenageando o extinto. O tenente Glycério de Souza Marques teceu breves comentários sobre a vida do Professor Jassé. Compareceram à solenidade: o Dr. Hildemar Pimentel Maia, governador em exercício; Heitor de Azevedo Picanço, presidente da União dos Escoteiros do Brasil - Regional do Amapá; Jacy Barata Jucá, presidente da Associação Marcílio Dias e Clodoaldo Carvalho do Nascimento, Comissário Regional substituto. Cantou-se a canção do silêncio e a valsa da despedida. Jacy Barata Jucá e Heitor Picanço descerraram a placa Dário Jassé com os dizeres: “Marcílio Dias, Campo Escola Dário Jassé”.
Em
1958, o chefe Clodoaldo Nascimento foi ao Rio de Janeiro para providenciar a
vinda dos despojos de Dário Jassé para Macapá, fato concretizado dia
17/11/1958, em avião do Lóide Aéreo Nacional.
A foto acima, registra o momento em que a carreta que transportava a urna mortuária do chefe Dário Cordeiro Jassé estacionava no pátio central da Fortaleza de Macapá e o chefe Raimundo Façanha direcionava a roda dianteira esquerda do pequeno veículo no sentido da capela de São José. Do lado oposto, entre os escoteiros que empurravam o carro vemos o chefe Luciano. No interior da carreta há dois lobinhos do Grupo Marcílio Dias. O lobinho que está perto do chefe Luciano é o Urivino Bandeira, ainda vivo. Dentre as pessoas que recepcionaram o chefe escoteiro falecido identificamos o senhor Belarmino Paraense de Barros, de roupa branca e o Inspetor da Guarda Territorial Ítalo Marques Picanço que faz a saudação escoteira. Observe que a urna mortuária estava na carreta e sobre ela foi postada uma flor de lis, o símbolo do escotismo. Esta urna ainda se encontra guardada no interior da Fortaleza.
A urna mortuária, contendo na parte superior uma flor de lis, símbolo do escotismo, foi trasladada para a capela de São José, na Fortaleza de Macapá. À época, ainda se falava na construção de um memorial destinado aos pioneiros da implantação do Território do Amapá e a urna contendo os restos mortais de Dário Jassé seria guardada no citado monumento juntamente com os despojos de Joaquim Caetano da Silva. Com o passar dos anos, muitos mentores da ideia deixaram o Amapá e ela foi fenecendo. Durante muito tempo as urnas de Joaquim Caetano e de Dário Jassé permaneceram na sacristia da capela da Fortaleza. Transferidas para outro edifício do velho forte, elas passaram a figurar como reserva técnica do Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva. Atualmente, a urna do patrono do museu está guardada no prédio da antiga Intendência de Macapá.
A foto acima, registra o momento em que a carreta que transportava a urna mortuária do chefe Dário Cordeiro Jassé estacionava no pátio central da Fortaleza de Macapá e o chefe Raimundo Façanha direcionava a roda dianteira esquerda do pequeno veículo no sentido da capela de São José. Do lado oposto, entre os escoteiros que empurravam o carro vemos o chefe Luciano. No interior da carreta há dois lobinhos do Grupo Marcílio Dias. O lobinho que está perto do chefe Luciano é o Urivino Bandeira, ainda vivo. Dentre as pessoas que recepcionaram o chefe escoteiro falecido identificamos o senhor Belarmino Paraense de Barros, de roupa branca e o Inspetor da Guarda Territorial Ítalo Marques Picanço que faz a saudação escoteira. Observe que a urna mortuária estava na carreta e sobre ela foi postada uma flor de lis, o símbolo do escotismo. Esta urna ainda se encontra guardada no interior da Fortaleza.
A urna mortuária, contendo na parte superior uma flor de lis, símbolo do escotismo, foi trasladada para a capela de São José, na Fortaleza de Macapá. À época, ainda se falava na construção de um memorial destinado aos pioneiros da implantação do Território do Amapá e a urna contendo os restos mortais de Dário Jassé seria guardada no citado monumento juntamente com os despojos de Joaquim Caetano da Silva. Com o passar dos anos, muitos mentores da ideia deixaram o Amapá e ela foi fenecendo. Durante muito tempo as urnas de Joaquim Caetano e de Dário Jassé permaneceram na sacristia da capela da Fortaleza. Transferidas para outro edifício do velho forte, elas passaram a figurar como reserva técnica do Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva. Atualmente, a urna do patrono do museu está guardada no prédio da antiga Intendência de Macapá.
A
urna de Dário Jassé permanece como “reserva técnica” e mantida na Fortaleza.
O
historiador Nilson Montoril de Araújo afirma com absoluta convicção que os
restos mortais contidos na urna que está sendo mantida na Fortaleza são de
Dário Cordeiro Jassé.
Ele
viu a urna chegar à Macapá e acompanhou o féretro até a Fortaleza. Naquele dia
17 de novembro de 1958, Nilson estava entre os escoteiros macapaenses, pois
integrava o Grupo São Jorge. Dentre os pioneiros do escotismo no Amapá, ainda
está vivo o chefe Cláudio Carvalho do Nascimento que à época figurava como um
dos dirigentes da Associação Veiga Cabral.
O Manoel Ferreira, o popular Biroba, que era um dos chefes dos escoteiros do mar também testemunhou o fato aqui narrado.
O Manoel Ferreira, o popular Biroba, que era um dos chefes dos escoteiros do mar também testemunhou o fato aqui narrado.
Nessa fotografia vemos cinco dos primeiros
escoteiros do Território do Amapá. No sentido dos ponteiros do relógio
destinguimos na linha de frente os chefes Luciano, Clodoaldo Nascimento e José
Raimundo Barata. Na segunda fila estão Pedro Nolasco Monteiro e Expedito Cunha
Ferro, o popular "91".
Texto de Nilson Montoril, adaptado para o
Porta-Retrato, publicado originalmente no blog Arambaé, do próprio Nilson.
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