José Figueiredo de Souza - Savino Foto: Reprodução / Do site selesnafes.com |
O
Pioneiro JOSÉ FIGUEIREDO DE SOUZA – “SAVINO”, natural de Terra Santa, distante
oito horas de barco da sede de Óbidos, no estado do Pará, veio ao mundo num
sábado, em 15 de maio de 1937.
Savino
teve uma infância cheia de dificuldades. Primeiramente, foi doado pelos pais
Lourenço e Elza, para o tio Brito Souza, que residia em Terra Santa. O tio, por sua vez, passou a guarda da
criança para os italianos João Nepomuceno Pereira e Mafalda Trieste Savino, sob
condição de que ficassem com a criança, mas não poderiam sair de Óbidos. O
compromisso não foi cumprido, e poucos anos depois, sorrateiramente, o casal de
italianos saiu de Óbidos para Belém do Pará. Ali ficou por pouco tempo, até se
mudar para Macapá, estabelecendo-se com a casa comercial “Ganha pouco”, na
esquina da Rua São José com a avenida General Gurjão. O “Savino” veio da mãe
adotiva que tinha esse sobrenome.
Depois
a mãe Mafalda foi acometida de tuberculose. Por recomendação médica, a família
- que já tinha outros filhos - foi aconselhada para que se mudasse para a
cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, onde existia um
hospital de referência em tratamento para aquele mal. Savino, o adotado, já
adolescente ficou em Macapá, sob a guarda de Mestre Humberto, um homem chegado
a amparar infantes em situação de risco social. Sua família, nunca mais
regressou ao Amapá.
Em
Macapá cursou o ensino primário na Escola Barão do Rio Branco, o ginasial no
Colégio Amapaense e o curso técnico em contabilidade no Colégio Comercial do
Amapá.
Graduou-se
em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e
especializou-se em natação e educação física pela Fundação Getúlio Vargas.
Seu
primeiro emprego foi como bolsista da Divisão de Produção do então Território
do Amapá, no governo de Janary Nunes. Nessa atividade, ajudou no plantio das
primeiras mangueiras na Av. Iracema Carvão Nunes e na praça Barão do Rio
Branco.
Na
década de 60, ainda estudante, foi presidente do Grêmio Estudantil do Colégio
Comercial do Amapá e da UECSA – União dos Estudantes Secundaristas do Amapá.
Em
1965, juntamente com um grupo de amigos, funda A Banda, que se tornaria anos
depois o maior bloco de rua da região norte. Engajado e combativo ativista
político contra o regime militar, nos anos de chumbo, chegou a ser preso na
Fortaleza de São José, junto com Amauri Farias e Elfredo Távora. Foi levado ao
DOPS, para prestar esclarecimentos e depois solto por intervenção do bispo de
Macapá, Dom Aristides Piróvano. Após esses fatos, viajou para o Rio de janeiro
para se especializar em educação física, sua grande paixão e atividade esta
que, estaria diretamente vinculada a sua vitoriosa carreira como educador e
desportista.
De
volta ao Amapá, no início dos anos 70, já graduado em Educação Física, vai
trabalhar como assistente do professor Irineu da Gama Paes e monitor nas
escolas Azevedo Costa e Castelo Branco nessa disciplina. Devido à sua dedicação
e desempenho na atividade, é convidado pelo secretário de educação à época,
Geraldo Leite para estruturar a Divisão de Educação Física do então Território
do Amapá. Sempre atuante na área, é nomeado coordenador do curso para formação
de Monitores de Educação Física por Ivanhoé Gonçalves Martins, governador à
época.
José
Figueiredo, ainda exerceu o cargo de Secretário executivo de educação na gestão
da professora Elza Brandão. Foi membro do Conselho de Cultura e também de
Educação.
A
convite de Homero Platon, delegado do SESI no Amapá, vai ministrar aulas de
educação física. Nessa instituição, ascende ao cargo máximo de superintendente,
e pela brilhante atuação nessa função, é nomeado para Coordenador das
Superintendências do SESI na região norte.
Em
meados da década de 70, criaria o Copão da Amazônia de Natação, competição esta
que, reunia a nata dos nadadores da região.
Entre outras atividades esportivas, foi também árbitro de futebol.
Entre outras atividades esportivas, foi também árbitro de futebol.
SAVINO
retirou-se da vida pública na década de 90, com relevantes serviços prestados
ao desporto e à educação do Estado.
José Fiqueiredo de Souza, é um homem realizado. Casado há 49 anos com a professora Zulma, uma católica praticante, tem os filhos Heldio, engenheiro e Helder, advogado, além da querida Sacha. Fora do casamento Savino tem também o filho advogado Marcelo.
José Fiqueiredo de Souza, é um homem realizado. Casado há 49 anos com a professora Zulma, uma católica praticante, tem os filhos Heldio, engenheiro e Helder, advogado, além da querida Sacha. Fora do casamento Savino tem também o filho advogado Marcelo.
JOSÉ
FIGUEIREDO DE SOUZA, por esses feitos, foi justamente homenageado como um
notável edificador pelo Memorial Amapá.
(Última atualização às 23h45min)
Fontes consultadas: Memorial Amapá e Revista Diário
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