Nossa Foto Memória de hoje, é de uma edificação da Macapá de
outrora, situada no centro histórico da cidade, mais precisamente à Rua
Siqueira Campos, que começava na Travessa Visconde de Souza Franco e se
estendia até a Rua São José, bem em frente ao prédio da antiga, Intendência
Municipal, hoje ocupado pelo Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva.
Era a famosa “casa amarela”, cujo primeiro proprietário foi o
Tenente-Coronel Coriolano Finéas Jucá. Nela nasceram quase todos os vinte
filhos do famoso intendente, frutos de sua união com três esposas. Após sua
morte, o prédio ficou sob gestão do filho Jacy Barata Jucá que o vendeu ao
senhor José Pereira Montoril, mais conhecido como Cazuzinha. A casa amarela,
que originalmente foi pintada de branco, fazia fundos com a residência do marroquino
Leão Zagury. Nenhuma das residências possuía quintal. Na casa amarela havia um
pórtico de entrada com um sótão, um amplo pátio central, inúmeros quartos,
cozinha, dispensa e poço amazônico. Os cômodos que faziam frente para a antiga
Rua Independência, também chamada Rua de Cima, abrigaram a sede do Amapá Clube
e o Elite Bar do senhor João Vieira de Assis. Logo na entrada do prédio
funcionou o “Café Aymoré”, pertencente aos comerciantes Francisco Torquato de Araújo
(genitor do Nilson Montoril) e Francisco Aymoré Batista (pai do pianista Aimoré
Nunes Batista). O gerente do Café Aymoré era o Carlos Cordeiro Gomes, o popular
“Segura o Balde” que depois enveredou pelo jornalismo e integrou a equipe
esportiva da Rádio Difusora de Macapá.
No tempo em que o prédio pertenceu ao Sr. Cazuzinha Montoril,
parte das instalações foi alugada à madame Charlote para a instalação de uma
pensão. Vários jovens vindos de Belém para trabalhar no Território do Amapá
residiram nos quartos da casa amarela e compravam alimentação da madame
Charlote. Quando o casal Isnard Brandão e Walkiria Lima se mudou para Macapá, a
casa amarela foi o primeiro imóvel que o abrigou. Numa deferência especial do
seu Cazuzinha, graças à intermediação do Sr. Francisco Torquato de Araújo, um
assoalho foi colocado no sótão. Nesse local o casal Lima e o filho Isnard
Brandão Lima Filho moraram por um relativo período de tempo. Com o passar do
tempo a Rua Siqueira Campos recebeu duas denominações: Mendonça Furtado e Mário
Cruz. Essa última ainda prevalece. A casa amarela foi vendida ao comerciante
Moisés Zagury que mandou demoli-la para erguer a oficina mecânica dos carros
Ford que ele vendia. Atualmente, naquela área funciona parte da loja 246.
Fonte: Blog Arambaé
(Texto de Nilson Montoril, adaptado
ao blog Porta-Retrato, com a devida anuência do autor.)
Parabéns Pop star João Lázaro, que essa expressão de amor continue
ResponderExcluirParabéns Pop star João Lázaro, que possa sempre nos documentar nas publicações das memórias históricas de minha cidade e família.
ResponderExcluirObrigada João Lázaro por essa lembrança. Sou a filha caçula de José Pereira Montoril, “Cazuzinha “. Voltei um pouco no tempo e as lembranças afloraram. Parabéns por seu belo trabalho.
ResponderExcluirMuito legal saber mais de nossa história
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