segunda-feira, 11 de abril de 2011

Coronel Coriolano Jucá - Primeiro Intendente de Macapá

(Reprodução/Acervo do leitor Aloisio Cantuária)
Clique na imagem para ampliá-la(Contribuição do amigo Aloisio Cantuária)

Coronel Coriolano Filnéas Jucá - primeiro intendente de Macapá.
A foto foi tirada em frente ao Prédio da Intendência Municipal de Macapá, de onde era titular. Os policiais posicionados atrás das autoridades sentadas eram integrantes da Polícia Militar do Estado do Pará. A cidade de Macapá era a sede do município paraense de igual denominação. Os senhores que ladeavam o Intendente Coriolano, à sua esquerda, o Dr. Nery e à direita, Dr. Maurício, exerciam os cargos de Prefeito de Segurança(Polícia) e Juiz de Direito da Comarca de Macapá. (Nilson Montoril)
Na foto, Coriolano Jucá, é o Sr de barbas brancas, sentado ao centro.
Detalhe histórico: O Coronel Coriolano Jucá foi intendente de Macapá, de fevereiro de 1895 a novembro de 1896.
Em sua administração ocorreu a chamada Revolução Macapaense, em que as tropas do alferes Pompeu Aureliano de Moura, aquarteladas na Fortaleza de Macapá, acostumadas a fazer o policiamento da cidade, não aceitaram que esse serviço fosse procedido por civis.
O delegado Aprígio Perez Nunes, após inúmeras e sucessivas disputas, conseguiu fazer com que Moura fosse desligado da guarnição de Macapá, e conduzido preso, por um almirante da Marinha do Brasil, para Belém.
Coriolano Jucá foi quem iniciou a construção do prédio da Intendência, localizado na Av. Mário Cruz, hoje ocupado pelo Museu Joaquim Caetano da Silva. (Texto extraído do Amapá Net)
Segundo o historiador Edgar Rodrigues, como intendente Coriolano Jucá contratou Francisca Luzia da Silva, a Mãe Luzia, como parteira remunerada da Intendência, recebendo um salário por mês.
O título Mãe Luzia foi dado pelo próprio Coriolano, conforme o pesquisador.
No Brasil, a figura do intendente existiu até 1930, quando surgiu a figura do prefeito como hoje a conhecemos. (Leia mais no Wikipédia)
(Foto: Reprodução/Arquivo)
Biografia - Coriolano Jucá - Coronel da Guarda Nacional, Intendente de Macapá, comerciante na região das ilhas do Pará,  nasceu em Baturité, Estado do Ceará, a 14 de abril de 1856. Atraído pelas notícias sobre a exploração da borracha na Amazônia, deixou sua terra natal, emigrando para Belém. Fez a viagem entre Fortaleza e a capital do Pará a bordo de um navio do Loyde. Fazendo-lhe companhia veio outro jovem esperançoso e idealista, José Serafim Gomes Coelho. Estabeleceu-se em terras do município de Afuá, montando um porto que fornecia lenha para os navios a vapor que navegavam nos rios da região. Ao local onde fixou residência deu o nome de Baturité, lembrando sua cidade de origem. Em pouco tempo a usina Baturité fabricava cachaça, açúcar moreno e rapadura. Também vendia generos de alimentação, utensílios domésticos e ferragens. Sua patente de Coronel da Guarda Nacional foi obtida mediante compra, sendo-lhe reservada a competência de manter com seus próprios recursos a lei e a ordem nas terras que possuía.
Criou a Empresa de Navegação Baturité, fazendo linha para Belém, com escalas em Macapá e Mazagão, transportando cargas e passageiros. Comprava e revendia peles de animais, sementes de murumuru, pracaxi, ucuuba, andiroba, borracha, carne de caça salgada e peixe. Seus navios eram gaiolas e suas canoas a vela. Sua ligação com Macapá era muito grande.
A residência do Coronel era um casario amarelo onde hoje funciona uma loja de importados em frente ao Museu Joaquim Caetano da Silva, antiga Intendência de Macapá. O prédio da Intendência, o único da velha Macapá a ser preservado, foí construído em sua gestão como Intendente e concluído em 1895. Casou-se 4 (quatro) vezes e teve 20 (vinte filhos, entre eles Jacy Barata Jucá, oficial do Exército, Presidente da CEA, Chefe de Gabinete de Janary Nunes, etc...
Era líder nato. Media cerca de 1,78m, forte, altivo, usando longa barba branca que lhe dava um tom patriarcal. Além da Usina e Serraria Baturité, o Coronel tinha uma propriedade no rio Maracujá, onde residiu até sua morte a 7 de .setembro de 1938, aos 82 anos de idade. Era filiado à Maçonaria do Pará e devotou-se às causas humanitárias. 
(Fonte: Livro Personagens Ilustres do Amapá Vol. I, de Coaracy Barbosa - 1997)
(Atualizado em 15/07/2020)

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