quarta-feira, 27 de julho de 2011

Morre em Belém, aos 67 anos, Edvar Mota: “O Mestre da Voz”

(Foto: Reprodução/print de tela/vídeo documentário)
Faleceu na madrugada desta  terça-feira(26) em Belém (PA), aos 67 anos, o radialista Francisco Edvar do Espírito Santo Mota.
(Foto: Reprodução/print de tela/vídeo documentário)
Edvar Mota, como era conhecido no meio radiofônico, era amapaense nascido em 19 de novembro de 1943 na Rua Mário Cruz, bem em frente à antiga Intendência, no centro de Macapá, filho de um próspero comerciante português das ilhas do Pará e da dona de casa paraense Emília do Espírito Santo Fonseca.
Edvar teve uma infância feliz, no início do Território Federal do Amapá. Foi aluno do Grupo Escolar Barão do Rio Branco. Seu primeiro contato com o mundo artístico, começou a partir da mudança de sua família para próximo à Rádio Difusora de Macapá, quando passou a observar os apresentadores e tomar gosto pelos programas  apresentados na emissora oficial por locutores de renome na época, tais como Amazonas Tapajós, Argemiro Imbiríba, Agostinho Souza e muitos outros.
Foi lá que conheceu – aos 13 anos de idade – os técnicos da emissora: Ivaldo Veras, Manoel Veras, José Rodrigues, Otávio Pinheiro dos Santos, Baião Caçula e muitos outros. Aos 15 anos, ajudando o pessoal da técnica em pequenos serviços, começou a estagiar como Aprendiz de Operador de Áudio (antigo Controlista) passando depois aos 17 anos a aprender as primeiras noções como  locutor comercial, devido sua bela voz. A partir daí, trabalhou por longos anos na Rádio Difusora de Macapá, apresentando os programas que marcaram sua carreira profissional como Carnê Social, Grande Jornal Falado E-2, A Grande Seresta e muitos outros; Edvar foi uma espécie de faz tudo na Rádio Difusora.
Edvar nas hora de folga também trabalhou, por longos anos em serviços de autofalantes, sendo um deles, o da Casa Ribamar de Inácio Serra, que explorava o ramo de tecidos em Macapá. Também prestou longos anos de serviços como a voz oficial do Cine Macapá - A Casa dos Grandes Espetáculos - tanto para anunciar, internamente, as próximas atrações do cinema, no início das sessões, como na propaganda volante daquela famosa casa de projeções cinematográfica. Isso tudo ao vivo, pois na época não haviam gravadores.
(Foto: Reprodução/printe de tela/Vídeo documentário)
No rádio deixou sua marca no programa “A Grande Seresta” através das músicas de Orlando Silva, Adelino Moreira, Altemar Dutra, Edna Fagundes, Nelson Gonçalves e Pixinguinha cuja composição Rosa era a sua preferida.
Seu grande parceiro, das noitadas da Grande Seresta, foi o músico e professor Nonato Leal, que definiu o companheiro, como “um músico, romântico e de uma sensibilidade musical enorme”, além deexcelente amigo, franco, leal e verdadeiro”.
(Foto: Reprodução/printe de tela/Vídeo documentário)
A história de vida do radialista está registrada em um documentário de 30’- "Edvar Mota O Mestre da Voz" -  produzido pelas jornalistas Elainne Juarez, Márcia Corrêa e a saudosa Hanne Capiberibe, orientado pelo Mestre em Comunicação Jackson Barbosa, Trabalho de Conclusão de Curso pela Faculdade Seama, 2004, que não tardiamente reconheceram e prestaram homenagem em vida ao grande radialista que foi Francisco Edvar do Espírito Santo Mota.
Este post usou como fonte dados do citado documentário: “Edvar Mota – O Mestre da Voz”, de uma cópia gentilmente cedida ao blog Porta Retrato, através da jornalista Hanne Capiberibe (falecida).
Via Retistro no blog da jornalista Cléia Soares
Atualização: O corpo de Edvar Mota, foi sepultado na tarde desta quarta-feira(27), às 17h, no Cemitério de Nossa Senhora da Conceição, no Centro de Macapá.
(Atualizado em 27/07/2011, às 21h:50m)

6 comentários:

  1. Grande voz, imenso Programa. Sua voz somente calou humanamente, espiritualmente apresentar-se-á ao Papai do Céu.
    Aurea Batista de Sá Viana.

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  2. Edvar Mota era o proprietário do Bar La Boemme (Acho q é assim que se escreve) na Coaraçy Nunes?

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  3. Assim como Walter Bandeira foi a voz do Pará, Edvar Mota, sem dúvidas, foi voz do Amapá. O Programa A Grande Seresta era o que tinha de melhor no rádio amapaense. Edvar Mota apresentava de forma esplendorosa, com todo o cerimonialismo, cordialidade e polidez do rádio a moda antiga. Ele tinha uma voz muito bonita. Ele destacava com ênfase as palavras com a letra "R". Muito difícil eu esquecer as propagandas de carro som que ele fazia no centro da cidade: - Casas Pernambucanas. Essa loja foi bastante anunciada por ele. Lembro também que o carro som era uma Chevrolet Marajó. Um dos BG mais usados eram as músicas instrumentais de Natal. Os natais no centro da cidade nunca mais foram os mesmos sem as propagandas na voz de Edvar Mota.

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  4. Grande Edvar Mota,tive o prazer de ser seu amigo e vizinho e seu fã nos anos 90 quando morei em Macapá.saudades eternas.

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  5. Tive a honra de ouvir essa voz marcante nas noites de sábado,no programa a grande seresta

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