(Foto: Reprodução de arquivo)
Dom Aristides Pirovano nasceu em
Erba, Província de Como e Arquidiocese de Milão, no dia 22 de fevereiro de
191S. Infância marcada pelos compromissos escolares e vivida numa família
cristã. Ao chegar a sua casa, aos 17 anos de idade levou um choque pelo falecimento
de seu pai, vítima de atropelamento. Encaminhado para exercer trabalhos manuais
para auxiliar a economia doméstica, começou a descobrir a dureza da vida, os
desníveis sociais. Nesse exato momento desabrochou nele a vocação para a vida
sacerdotal e decidiu ingressar no Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras
- PIME, com sede em Milão. Concluiu o currículo filosófico e teológico
ordenando-se padre em 20 de dezembro de 1941. Não podendo partir para as
missões por causa da guerra, ficou na espera forçada, defrontando-se com as
tragédias que assolavam o país. Seu amor pela liberdade foi o motivo de se
insurgir contra as formas de violência, integrando-se ao grupo dos
"partigrami" que se dedicava a salvar vidas e ajudar os injustiçados.
Foi preso e teve a sorte de ser protegido pelo Cardeal Schuster, que o soltou
com recomendação de não continuar nessa luta.
Com o término da guerra, aceitou o
convite do papa para atender as populações da América Latina, junto com o Pe. José
Maritano, e o pe. Attilio Garré. Fixou seu coração na Amazônia, suas sugestões
foram acolhidas pela direção geral do PlME que aceitou o compromisso de
destinar seus missionários para o Estado do Amazonas e o recém-criado Território
do Amapá. No dia 29 de maio de 1948, chega a Macapá, acompanhado de pe.
Arcângelo Cerqua e no dia 19 do mês seguinte chegavam os padres Vitorio
Galliani, Ângelo Bubani, Carlos Bassanini, Luiz Vigano, Mário Limonta, Lino
Simonelli, Jorge Basile e o irmão Francisco Mazzoleni. Foi assim que o Pe.
Aristides Pirovano mereceu sua nomeação de Superior dos Missionários do Amapá.
O Território com uma vasta extensão de terras, era assistido espiritualmente pelos
padres José Beste e Hermano Elzink, ambos idosos.
Com a chegada desse reforço, melhorou
o atendimento às populações distantes que pediam a presença dos padres. O grupo
não poupou energias e se dedicou à evangelização, à educação e à formação da
família. Vieram outros para participar do trabalho: Ângelo Négri e Simão
Corridori em 15.12.1948; Pedro Locati e Antônio Cocco em 18.12.1948, que se
espalharam por todos os quadrantes do Amapá enquanto os amapaenses assistiram a
esses homens de batina, carregando tijolos, fazendo massa, construindo igrejas,
batizando, crismando e casando. Foi por esse trabalho dedicado à promoção
humana que se formou uma nova circunscrição eclesiástica na Amazônia. Aristides
Piróvano organizou paróquias em lugares estratégicos; designou os párocos; construiu
o Seminário "São Pio X"; apoiou o governo na contratação das irmãs
para a Escola Doméstica e Hospital Geral. Criou clubes esportivos, cinema,
jornal, rádio e o pensionato São José.
Comandou tudo isso, primeiro como
superior dos Missionários, nomeado em 29.05.48 como Administrador Apostólico em
14.01.1950 e como Bispo prelado em 21.07.1955. Registra-se também o seu trabalho
e dedicação aos hansenianos da Colônia de Marituba que mereceu os elogios das
autoridades paraenses. No dia 2 de abril de 1965 deixa o Território e assume o
cargo de Superior-Geral do PlME em Roma. Dom Aristides Pirovano faleceu no dia
3 de fevereiro de 1997.
(Fonte: Dados extraídos do livro Personagens Ilustres do Amapá, Vol 1, de Coaracy Barbosa - 1997)
Fotos: Reproduções/Google/imagens
(Repaginado em setembro de 2011)
Parabéns por lembrar deste grande homem. Sugiro escrever mais sobre ele. Poderiam falar sobre o período na Itália, No Amapá, No PArá e por onde ele andou. Com certeza todos falaraão bem dele.
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