quarta-feira, 15 de outubro de 2014

FOTO MEMÓRIA: TIRO DE GUERRA 130 - MACAPÁ, TURMA DE 1961

O amigo José Dias Façanha, envia de Belém uma foto, da sua turma que serviu ao Tiro de Guerra 130, em 1961, em Macapá.
Conheça um pouco da história do TG 130 e reconheça seus integrantes, nas imagens do registro histórico neste post.

TIRO DE GUERRA 130 - Por força de Lei, todos os brasileiros são obrigados ao Serviço Militar.

"O primeiro contato que os jovens que atingem 18 anos, nascidos em cidades onde não há corpo de tropa, tem com o Serviço Militar é o Tiro de Guerra.
A organização do Tiro de Guerra ocorre em acordo, firmado entre as prefeituras e o comando da Região Militar. O Exército fornece instrutores, fardamento e equipamento. A Prefeitura Municipal disponibiliza as instalações.
Mesmo no período anterior a criação do Território Federal do Amapá, em 13 de setembro de 1943, os rapazes que completavam 18 anos estavam obrigados a atender a chamada para o alistamento militar nas Prefeituras dos Municípios de Macapá, Amapá e Mazagão. Depois do alistamento aguardavam a convocação para a inspeção de saúde, que era realizada em Belérn. Em janeiro de 1945, a Junta de Alistamento Militar de Macapá comunicava que os reservistas de 3ª categoria do Exército, classes de 1915 a 1924 deveriam se apresentar em Belém à 28ª Circunscrição de Recrutamento.  Os reservistas então convocados, residentes no Território Federal do Amapá, poderiam se apresentar até o dia 15 de março de 1945. A seleção dos convocados era feita por sorteio e assim permaneceu até 18 de setembro de 1946, oportunidade em que ocorreu a promulgação da nova Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Na forma do Art.115 da Carta Magna, ficavam sujeitos ao serviço militar todos os brasileiros, mesmo os nascidos no exterior. A apresentação ocorreria dentro de ano civil em que eles completariam 21 anos. Como o Tiro de Guerra em Macapá tinha sido extinto em 31 de outubro de 1945, e seu sucedâneo não foi imediatamente instalado, os jovens de Macapá selecionados para o serviço militar iam servir no 26° Batalhão de Caçadores, em Belém, De modo geral os alistados das cidades interioranas do Pará eram dispensados. Na forma do decreto-lei nº 7.343, de 26 de fevereiro de 1945, o Ministro da Guerra dispensou de convocação os brasileiros da classe a ser submetida a prestação inicial do serviço militar, residentes no Amapá, Pará, Amazonas e Acre nos Territórios Federais de Amapá, Guaporé e Rio Branco. O alistamento continuava a ser feito nas prefeituras municipais exigindo-se a apresentação de certidão de nascimento ou casamento e 3 fotos 3x4. O Ministro da Guerra dispensou os jovens de Mazagão que incorporariam em 1948.
A possibilidade de reorganização do Tiro de Guerra de Macapá começou a ganhar consistência no dia 8 de março de 1947. Os rapazes nascidos em 1923, 1924, 1925 e 1926, residentes no município de Macapá,  que não tivessem servido em corpo de tropa, estavam sendo convidados a procurar esclarecimentos com o senhor Francisco Ovídio Camorim, na Divisão de Segurança e Guarda.
A primeira sede do TG 130 foi a casa n°. 3, situada à Avenida Coriolano Jucá que o governo do Território do Amapá mandou construir para abrigar os diretores do primeiro escalão governamental. O imóvel ainda guarda as características originais de sua edificação e ocupa  o terreno entre a sede dos Correios e um estabelecimento comercial. Posteriormente foi transferido para uma espaçosa casa em frente ao prédio da Intendência Municipal, na então Rua Siqueira Campos, atual Mário Cruz."
Da esquerda para direita - Primeira linha (em cima)- 1) e 2) ??, 3) Haroldo Franco, 4)?, 5) Lino, 6) Hilário, 7) Humberto (Zamba), 8) Façanha, 9) ?, 10) Eduardo Soeiro, 11) Leonardo.
Segunda linha (embaixo) - 1) Sena Bastos (o nadador), 2) Leandro Alcântara, 3) Aldenor,  4) ?, 5) Pretote (jogador de futebol), 6) Agostinho Alencar, 7) Sebastião Leitão, 8) Belchior e 9) Adilson Araújo.
"As instruções militares aconteciam na área do velho Largo de São João que ainda não tinha sido integralmente urbanizado. Isso só aconteceu em 1950,  e o local passou a ser identificado como Praça Barão do Rio Branco. A partir de 1950, o comando do TG 130 se estabeleceu na Casa do Comandante, na Fortaleza São José. A monumental fortaleza estava em ruínas quando o capitão Janary Gentil Nunes instalou seu governo, em Macapá no dia 25 de janeiro de 1944 e passou por uma restauração profunda mediante ação dos integrantes da Guarda Territorial. As aulas de instrução militar foram ministradas no interior da fortaleza e na sua área de entorno próximo ao rio Amazonas. No decorrer do primeiro semestre de 1964, o TG 130 deixou o velho forte e passou a funcionar no Estádio Municipal Glycério de Souza Marques, ali permanecendo até o fim do ano de 1967. De 1968 em diante a 1ª Companhia do 34° Batalhão de Infantaria, instituída através do Decreto Federal nº 62.400 de 14 de março substituiu o Tiro de Guerra. O destacamento de soldados que providenciaram a instalação do referido corpo de Tropas na cidade de Macapá deixou Belém dia 4/3/1968 e ocupou uma área no km 4 da então rodovia Duque de Caxias no dia 5. No dia 15 de março foi incorporada à primeira turma de conscritos do 34° Batalhão de Infantaria. A Colônia Militar do Oiapoque se manteve autônoma até 1980, passando desta data a ficar subordinada ao 34° BI. Por força de um decreto presidencial de 1992, ocorreu mudança na denominação do corpo de tropa, de 34° Batalhão de Infantaria para 34° Batalhão de Infantaria e Selva- 34 BIS.
Quando o Tiro de Guerra n° 130 foi reorganizado em Macapá, o Prefeito Municipal era o tenente da reserva Jacy Barata Jucá, que em 1932, integrou as forças legalistas por ocasião da Revolução Paulista. No desempenho de suas funções o TG N°130 contou com as valiosas contribuições dos também tenentes Hermógenes Lima Filho, Paulo Eleutério Cavalcante de Albuquerque, José Alves Pessoa, Armando Ferreira Amaral, Uadih Acíoli Charone, que também presidiram a instituição. Dentre os instrutores são lembrados: Alexandre Fonseca, o popular "Cospe Bala". José Ayres Lopes Filho (1959), Sinval Tenório da Silva (1956), Fernandó Moleza, Bittencourt, Otacílio, Rosivaldi e Sandoval." (Nilson Montoril)

Pesquisa e informações do historiador Nilson Montoril de Araújo - que serviu na turma de 1963, Classe de 1944.

NOTA DO EDITOR - O blog PORTA-RETRATO já havia publicado esta foto, como sendo integrantes da Guarda Territorial, equivoco que foi corrigido com a informação do Façanha,  a quem agradecemos. João Lázaro

2 comentários:

  1. Sou um dos ex soldado do tiro de guerra 130, servi no Estádio Clicelio Marques em 1964 ou 1965 me chamo Sebastião Silva do Carmo nasci em 1946

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