quarta-feira, 20 de maio de 2015

Do Fundo do Baú: O “sim” de Janary Nunes e Alice Déa Carvão Nunes

A relíquia histórica que trazemos hoje, é uma deferência especialíssima da protagonista desse evento, Dona Alice Déa Carvão Nunes, que com sua lucidez, nos brinda com essas imagens de seu enlace matrimonial.
Temos a honra de ter Dona Alice, em nosso roll de amigos do Amapá, testemunhas vivos de nossa história e nossa memória urbana.
Dona Alice Déa Carvão Nunes, 87 anos, segunda esposa e viúva do Governador Janary Gentil Nunes - mãe dos amigos Guairacá e Rudá Nunes - vive no Rio de Janeiro, com a família, e nos honra de tê-la como amiga virtual, no Facebook, e leitora do blog Porta-Retrato.
Ela, gentilmente, nos enviou fotos de suas núpcias com Janary Nunes, para compartilharmos com nossos milhares de leitores.
Após as cerimônias civil e religiosa, o casal de nubentes Janary e Alice Déa, faz o corte do bolo de casamento com a espada de capitão do renomado militar.
A história de Dona Alice Déa, inicia com o  comerciante e contabilista Joaquim Carvão e  sua esposa Auta Rodrigues Carvão, que geraram as irmãs Iracema e Alice Déa Carvão Nunes e mais seis filhos: Alfredo, Mário, Silvio, Aluízio, Paulo, e Irauta. 
Agora Janary e Alice Déa fazem o tradicional brinde de casamento, como forma de atraír bons fluidos para o futuro de suas vidas, em comunhão familiar.
Em busca de melhores condições de vida a família Carvão mudou-se do Acre para Belém, onde faleceu a senhora Auta Rodrigues. Na condição de filha mais velha, Iracema auxiliou o pai na criação de seus irmãos.
Em 23 de julho de 1937, contraiu núpcias com o jovem oficial do Exército Brasileiro, o então Capitão, Janary Gentil Nunes. A jovem Iracema tinha apenas 24 anos de idade.
Quando Janary Nunes foi nomeado por Getúlio Vargas para governar o Território Federal do Amapá, criado no dia 13 de setembro de 1943, eles já tinham uma menina ( Iracema Carvão Nunes) e um menino, (Janary Carvão Nunes), nascidos respectivamente em 1940 e 1943, tratados por parentes e amigos como Ceminha e Janarizinho.
O Capitão Janary Nunes chegou a Macapá na manhã do dia 25 de janeiro de 1944, para instalar o governo do Território do Amapá. Ela, os filhos e a irmã mais nova, Alice Déa, permaneceram em Belém.
Como em Macapá não existia sequer uma casa condiga disponível para abrigá-los, o governador precisou mandar construir uma casa de madeira próximo à Intendência Municipal, para só então promover a ida de sua família. O terreno onde o imóvel foi erguido pertencia ao casal Otávio Acioli Ramos e Paula Loureiro Acioli Ramos, pais dos jovens Aristeu e Avertino Ramos, atletas que defenderam brilhantemente as cores do Esporte Clube Macapá e da Seleção Amapaense de Futebol.
No dia 1º de maio de 1944, viajando no Iate Itaguary, Dona Iracema, os filhos e a irmã, Alice Déa, desembarcaram no Trapiche major Eliezer Levy, em Macapá.
Dona Iracema Carvão Nunes viveu apenas 1 ano e 53 dias em solo macapaense, e 8 anos de casada com Janary  Nunes.
Ela faleceu em  23 de julho de 1945 e está sepultada no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, no centro de Macapá.
Dona Alice criou os filhos da irmã, Janary Filho e Iracema.
D. Alice Déa, além de cunhada de Janary, foi "cria" e "aflilhada" do casal Janary-Iracema, e que, para unirem-se tiveram que pedir permissão para a Igreja.
Agradecemos também o empenho especial do amigo Guairacá Nunes, que facilitou nosso contado com sua mãe.

 Fonte: Nilson Montoril

3 comentários:

  1. João Lázaro,vc esqueceu de dizer que o Janari era viúvo de Iracema Carvão Nunes e que Alice Déa Carvão eram irmãs? E, por conta das circunstâncias de confiança e consideração foi legalizado o casamento entre ambo? Amanhã fará um mês do falecimento da Sra Alice, e será realizada uma missa na Igreja Nossa da Paz, em Ipanema.Ah, esqueciam detalhe: O Janari era irmão legítimo de minha avó paterna, ela se chamava Maria Helena de Sena Gentil; de família abastada e de militares na região de Belém do Pará. Àquele abraço!!

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