sábado, 3 de março de 2018

Foto Memória da Educação do Amapá: Memórias Literárias do Mestre Munhoz

Entre o riquíssimo acervo deixado pelo ilustre Prof. Antônio Munhoz, podem ser encontradas verdadeiras relíquias. No post anterior publiquei uma foto que nos foi enviada pelo amigo Raimundo Marques, com o Prof. Munhoz e seus pupilos, em Macapá, em frente ao Restaurante “A Thenda”, em 1968. Para quem não sabe, a “Thenda” era um bar que funcionou nos fundos da Galeria Comercial da Av. Fab, nas proximidades do Colégio Amapaense. Nas sextas-feiras, após a última aula noturna da semana, aconteciam na Thenda famosos saraus, com a melhor música e a melhor poesia, com um grupo de escol, do qual faziam parte, Meton Jucá, Élson Martins, Isidoro - o “Piapau”, Edson Calandrini, Antônio Chucre, Antônio Cabral de Castro, Carlos Nílson, Masataka, Bonfim Salgado, Maria Façanha, Sueli Borges de Oliveira, Déa Soares, Zeneide Alves de Sousa, e tantos outros alunos, que foram discípulos do grande mestre. E numa volta da Europa, o pessoal achou que o professor Munhoz voltara “cheirando a civilização” e obrigou o mestre a falar da Inglaterra, segundo eles, “com seus lampejos anárquicos, revolucionando conceitos seculares, destruindo tabus que pareciam ser eternos”. Noutra vez, com as mesas juntas, alguém lembrou a “Santa Ceia”, faltando o Judas, que era um do grupo e estava se mostrando mau caráter e, por isso faltara de propósito. Nos intervalos dos papos, Antônio Chucre lia poemas do Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles e a música era de Chopin, Bach, Borodin, Mozart e Tchaikovsky.
Na foto acima, numa noite especial, em 1968, vemos o professor Munhoz ao chegar com um grupo do CA, para falar de Pero Vaz de Caminha, André Thevet, Jean de Léry e Hans Staden, o alemão que escapou de ser devorado pelos índios.
Fonte: Blog do Prof. Antônio Munhoz Lopes

Um comentário:

  1. Nesta FOTOGRAFIA...da frente da Tenda...lugar que fui muitas vezes, com Luiz Tadeu, e o Luiz Carlos, baixista dos Joviais, vejo a figura do Paulo Rodolfo, jogador do São José, que era meu vizinho, que apesar de não ser Literato, nos acompanhava sempre... provavelmente, este dia estávamos por ai, o poeta Alcyr, frequentava...
    Ainda hoje tenho um exemplar do Cardápio, no verso do qual fiz um verso, na ocasião mesmo, na hora da empolgação, e dos improvisos, que se faziam presentes.


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