segunda-feira, 6 de junho de 2022

MEMÓRIA DA CIDADE DE MACAPÁ: MÁRIO HENRIQUE DA SILVA – O BOLA

Trazemos hoje para o leitores do blog Porta-Retrato - Macapá, um texto do jornalista João Silva, narrando um pouco da vida de Mário Hilton Henrique da Silva, um ilustre personagem amapaense que lutou, venceu e morreu precocemente:
A HISTÓRIA DE UM GAROTO POBRE 
Por João Silva 
Mario Hilton Henrique da Silva, mais conhecido como Bola nasceu em Macapá, em 02 de março de 1952, filho de Maria Perpétua de Sousa Silva e Hamilton Henrique da Silva; faleceu em 1999 com 47 anos de idade, deixando muita saudade no seio da sua família e vasto círculo de amigos. Desde muito pequeno o filho do piloto Hamilton Silva trabalhou duro nas ruas de Macapá lavando carros, consertando pneus de veículos na via pública; na sua mocidade Bola sempre tinha uma grana no bolso para prover suas necessidades; de dia trabalhava nas ruas, mas à noite estudava no GM (Ginásio de Macapá), infelizmente muitas dificuldades o impediram de concluir seus estudos, conta a filha Heleni. Mas nada conseguiu parar aquele jovem de pouca estatura diante da paixão pelo esporte, pelo basquetebol; Bola tinha baixa estatura, mas tinha as mãos certeiras! Foi um grande cestinha do basquetebol amapaense. Começou brilhando nos Jogos Escolares, mais tarde jogou no Trem Desportivo Clube, no América do Pedro da Lina, no Esporte Clube Macapá e na Seleção Amapaense; era um jogador que empolgava a torcida quando estava em quadra, lembra Celso Façanha que foi um dos maiores alas do basquetebol tucujú nos anos 60 e 70. A filha Heleni falando saudosa sobre o pai, lembra que um dia, depois do seu trabalho na rua, conheceu o dono do Cartório Jucá que o convidou para trabalhar na firma, tornando-se depois de algum tempo primeiro oficial de títulos daquele estabelecimento; sua função era protestar os títulos que lá estavam, o que fazia com enorme dedicação. Bola casou-se muito cedo com a dona Maria Rute Monteiro da Silva, e o casal foi morar na Av. Almirante Barroso 3003 – Bairro do Alvorada; tiveram cinco filhos: 4 mulheres e 1 homem: Helaine Monteiro da Silva, Hamilton Henrique da Silva Neto, Heliane Monteiro da Silva, Helenir Monteiro da Silva e Helen Monteiro da Silva; ao falecer em 1999, deixou viúva Dona Maria Rute, professora do governo federal, que se encarregou de criar seus filhos, encaminhando todos na vida, sem perder nenhum deles. 
Entre filhos e netos, ela se orgulha de ter professores, advogada, gerente de loja, secretária executiva, gente que trabalha e honra a memória do trabalhador de rua que foi oficial de títulos do Cartório Jucá e nas quadras deu muitas alegrias ao basquetebol do Amapá.
No registro abaixo, em preto e branco, da esquerda para a direita, Bola é o quarto agachado, ao lado de Jorge Barcessat, outro craque do bola-ao-cesto amapaense que faleceu este ano(2022).
A partir da esquerda em pé: 1 e 2 não reconhecidos, 3-Mário Cuia, 4-Antônio Chagas e 5-Jorge Récio. 
Agachados: 1-?, 2-Antônio de Pádua (Patinhas), 3-Jorge Basessat, 4-Bola e 5-Zezão Ardasse. Técnico: Antenor Epifânio Martins (Pigmeu)
Fotos coloridas: Arquivo da família
Via Facebook

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