domingo, 5 de junho de 2022

RADIALISTA CARLOS LINS CÔRTE: QUARENTA E HUM ANOS DE SUA MORTE....SAUDADES!

PAQUI, CARLITO, BAIÃO CAÇULA
Por Nilson Montoril
No dia 5 de junho de 1981, às 21 horas e 20 minutos, um câncer pertinaz, provavelmente provocado por radiação, ceifou a vida do técnico de rádio Carlos Lins Côrte.Nascido em Belém, no dia 7 de julho de 1937, Carlito foi gerado pelo casal Carlos Cantidio Côrte e Erotildes Lins Côrte. No seio da família Côrte, ele tinha apelido de Paqui, usado, principalmente, pela irmã Consolação. Os demais familiares usavam o apelativo Carlito. Entre seus colegas radialistas, ele ganhou um apelido bem pitoresco, "Baião Caçula".
Carlito tinha 21 anos quando iniciou seu trabalho na Rádio Difusora de Macapá, em 1954, na condição de auxiliar técnico de Raimundo Veras, Manuel Veras e Mariano, pessoal que lidava com o transmissor de onda média e demais equipamentos da emissora governamental. A dedicação do Carlito era tão marcante, que ele chegava a dormir no prédio do trasmissor, para poder desligá-lo ao final da jornada diária e religá-lo às 5 horas da manhã, iniciando a irradiação da ZYE 2.
Tanto agia como técnico de transmissor, como lidava muito bem com a mesa de som. Por ser franzino e ter baixa estrutura, ganhou o apelido de "Baião Caçula", música que fazia grande sucesso em 1954. A marcante e apaixonada atuação do Carlito, na Rádio Difusora, se estendeu até o momento em que ficou impossibilitado de trabalhar. Foram 37 anos de abnegação. Aos domingos, usando uma aparelhagem de som da RDM, animava as manhãs festivas no Salão de Recreio da Piscina Territorial.
À tarde, cuidava da parte técnica que ele instalava no Estádio Glycério de Souza Marques, usada nas transmissões futebolisticas, realizadas via linha telefônica. Raras vezes foi substituído por Miguel Ramos, Luciano Amaral e Edyr Peres. No período em que Integrei a equipe de esportes da Rádio Difusora, narrando jogos de futebol, nem sempre o som da transmissão chegava ao estúdio sem interrupções. O problema decorria do fato da linha telefônica ser antiga e quebrava no trecho que passava entre mangueiras. Isso ocorria durante o inverno, por causa dos ventos e as sacudidas dos galhos. No Jeep da RDM constantemente havia pedaços de fios de telefones e rolo de fita isolante. O encargo de consertar a linha era do Edyr Peres, discípulo do Baião Caçula.
Carlito foi um dos baluartes da Difusora e sobejamente estimado por seus confrades. No plano reprodutivo, Carlito não brincou em serviço.
Foi casado com Terezinha Silva Côrte e gerou nove filhos: Maria Socorro, Célia Maria, Odete Maria, Carlos Cantidio Neto, Carmem Florência, Carlinda Maria, Thais, Célio Carlos e Carlinda Terezinha. Antes do casamento, relacionou-se com Antônia do Carmo e teve um filho, registrado como Antônio Carlos. Seus irmãos também são numerosos:Maria Célia Côrte de Castro, Maria Carmélia Côrte Pimentel, Maria da Consolação Lins Côrte, Maria Celi Côrte Oliveira, Maria do Carmo Lins Côrte e João Carlos na Lins Côrte. No bairro Infraero, zona norte de Macapá, a rua principal leva o nome do saudoso amigo: Carlos Lins Côrte. Baião Caçula também jogou futebol, inclusive realizando jogos da Segunda Divisão do Campeonato Amapaense de Futebol. Foi integrante do Guarany Atlético Clube. Não foi um craque da pelota,mas não comprometia a atuação do Bugre Laguinense.
Via Facebook

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