Em 25 de julho de 1955, a
Professora Sol Elarrat Canto com seu filho Augusto Celso, lançam a pedra
fundamental para a construção da Sede própria e implantação da UBMA (União
Beneficente dos Motoristas do Amapá).
A placa contém a seguinte inscrição: União Beneficente do Motoristas do Amapá - Sede Própria - Macapá 25/7/1955.
A placa contém a seguinte inscrição: União Beneficente do Motoristas do Amapá - Sede Própria - Macapá 25/7/1955.
Descrição Histórica - No dia 25/7/1952, fundava-se em Macapá a União Beneficente dos Motoristas do Amapá-UBMA, sociedade civil, beneficente, constituída por condutores de máquinas a explosão, profissionais e amadores, e todos aqueles que tinham ligação direta com aquele tipo de máquinas, sem qualquer distinção de nacionalidade, cor, raça ou religião. Dessa data em diante, uma comissão formada José Cardoso da Silva, Luiz Vitorino de Souza, Marcelino Ribeiro da Silva e Antônio Quintino de Menezes, membros da novel instituição, elaborou seu Estatuto, que foi aprovado em sessão de Assembleia Geral realizada no dia 23/12 do citado ano. A UBMA comemorou seu primeiro aniversário de fundação no dia 25/7/1953, consagrado a São Cristovão, padroeiro dos motoristas, e levou a efeito várias solenidades, constantes de novenas rezadas às 19h30min dos dias 22,23 e 24, e missa solene às 6h30min do dia 25. Após a missa ocorreu à benção dos carros, na Praça Veiga Cabral, e, em seguida teve início a procissão conduzindo a imagem do glorioso padroeiro.
Às 8 horas do mesmo dia, no salão nobre do prédio
da Prelazia de Macapá, houve posse dos novos dirigentes da UBMA, eleitos para
o biênio 1953-1954, em Assembleia Geral realizada no dia 30 de junho:
Presidente de Honra: Tenente Coronel Janary Gentil Nunes, governador do
Território Federal do Amapá; Presidente: Amilcar da Silva Pereira;
Vice-Presidente: Marcelino Ribeiro da Silva; 1º Secretário: Dr. Dário Gomes;
2º Secretário: Gilberto Jucá de Araújo; Tesoureiro: Veridiano Souza;
Procurador Geral: Emanuel Pinheiro. O Conselho Fiscal era formado pelo
Monsenhor Aristides Piróvano, Amiraldo Elleres Nunes e Juvenal Salgado Canto.
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São
Cristovão, Christophorus em latim, é venerado por fiéis da igreja católica,
ortodoxa do oriente, anglicana, luterana e umbandistas. No oriente, a festa
desse santo ocorre no dia 9 de março. No ocidente, as comemorações acontecem no
dia 25 de julho. O nome Christophorus, em grego, significa “aquele que carrega
Cristo”. Na Legenda Áurea, uma compilação de histórias de Santos do século
XIII, Cristovão é citado como filho de um rei pagão em Canaã ou na Arábia, cuja
esposa engravidou depois fervorosas preces ao deus Apolo. A criança recebeu o
nome de Reprobus (Offerus) e ao alcançar a fase adulta causava admiração
devido a sua compleição física de gigante. Decidido a servir aos mais fortes e
destemidos vinculou-se a um individuo muito valente, mas que tinha medo do
diabo. Isso foi o bastante para que Cristovão fosse oferecer seus préstimos ao
próprio diabo. Fez isso até perceber que seu chefe tremia diante de uma cruz
fincada à beira de uma estrada ou algo semelhante a ela compreendendo um esteio
com uma placa sinalizadora na bifurcação de caminhos.
Certa vez presenciou um eremita
aproximar-se de uma cruz, abraçá-la e beijá-la. Vendo nesse gesto uma prova de
grande coragem, aproximou-se do eremita propondo fazer-lhe companhia em suas
jornadas. O eremita educou Cristovão na fé cristã e o convenceu a prestar ajuda
aos viajantes que precisavam transpor um caudaloso rio com forte correnteza.
Certo dia, Cristovão viu uma criança postada à margem do referido rio e,
colocando-a sobre o ombro direito iniciou a travessia. A cada passo dado,
Cristovão sentia que o peso da criança aumentava. Chegando à outra margem,
bastante cansado ouviu o menino dizer: “Tivestes às costas mais que o mundo
inteiro. Transportastes o criador de todas as coisas. Sou Jesus Cristo, aquele
a quem serves”. Jesus mandou Cristovão fincar seu bastão na terra. No dia
seguinte, o cajado havia se transformado em uma exuberante palmeira.
São
Cristovão viveu na época das perseguições aos cristãos movidas pelos romanos
quando era Imperador Caio Méssio Quinto Trajano Décio, que governou de 249 a
251 depois de Cristo. Capturado pelo governador da Antioquia foi martirizado de
forma cruel e depois decapitado no dia 25 de julho de 250 depois de Cristo. A
Antioquia era então uma região situada entre a Síria e a Abissínia, hoje cidade
de Antakia, pertencente à Turquia. As narrativas sobre São Cristovão começaram
a se espalhar pelo mundo a partir do século VI, notadamente na França. Foi
canonizado no século XV, mas o Concilio Vaticano II, em 1969, julgou que havia
poucas evidências históricas da existência de santidade nele. O mesmo aconteceu
com outros 199 mártires do cristianismo, entre eles São Jorge. No sincretismo
afro-brasileiro São Cristovão é equiparado ao orixá Xangô.
O Concilio Vaticano II, convocado a
25 de dezembro de 1961, pelo Papa João XXIII e por ele instalado dia 11 de
outubro de 1962, reuniu 2.000 prelados que discutiram vários temas visando
atualizar a Igreja Católica. Cerca de 200 santos, cuja existência não tem
sólidas convicções históricas, foram removidos do calendário católico. A Igreja
aceita a devoção aos santos cassados e o culto aos mesmos, mas eles não fazem
parte do Calendário Litúrgico e por isso não têm direito a missa e orações
específicas. Entretanto, o povo manteve neles sua devoção. São Cristovão é o
padroeiro dos solteiros, marinheiros, viajantes, epiléticos e dos jardineiros.
Abranda as tempestades, favorece que seus devotos tenham uma santa morte e se
livrem da dor de dente.
A oração que os motoristas devem
fazer pedindo a intercessão de São Cristovão é a seguinte: “Daí-me Senhor,
firmeza e vigilância no volante, para que eu chegue ao meu destino sem
acidentes. Protegei os que viajam comigo. Ajudai-me a respeitar a todos e a dirigir
com prudência. E que eu descubra vossa presença na natureza e em tudo o que me
rodeia”. (Nilson Montoril)
Texto do historiador Nilson Montoril, publicado, originalmente, em 04/09/2013, em seu blog Nilson Montoril - Arambaé
Nota do Blog: Diante da divergência entre as datas da placa e da fundação da UBMA citada na descrição histórica, fomos buscar junto ao historiador uma explicação sobre o ocorrido. Eis a resposta:
Édi Prado - “Tivestes às costas mais que o mundo inteiro. Transportastes o criador de todas as coisas. Sou Jesus Cristo, aquele a quem serves”. Jesus mandou Cristovão fincar seu bastão na terra. No dia seguinte, o cajado havia se transformado em uma exuberante palmeira.
ResponderExcluirSão Cristovão viveu na época das perseguições aos cristãos movidas pelos romanos quando era Imperador Caio Méssio Quinto Trajano Décio, que governou de 249 a 251 depois de Cristo. Capturado pelo governador da Antioquia foi martirizado de forma cruel e depois decapitado no dia 25 de julho de 250 depois de Cristo. Aí entra o questionamento. Como pode São Cristovão carregar Jesus nos ombro e somente ser decapitado 250 anos depois de Cristo?