Nosso ilustre amigo e
mestre Raimundo Pantoja Lobo, vira a folhinha neste domingo, 10, e completa
seus 83 anos de vida.
RAIMUNDO PANTOJA
LOBO - Filho de Lauro de Sousa Lobo e Rosa de Lima Pantoja Lobo,
nasceu no Distrito de Aporema - que atualmente faz parte do município de
Tartarugalzinho - no dia 10 de novembro de 1930. É uma bela região, onde a
natureza presenteou o homem com rios, lagos e uma fauna diversificada. Foi
nesse cenário paradisíaco que Raimundo Pantoja Lobo foi criado e, pesquisando
no vasto livro da natureza, aprendeu a construir uma inteligência racional e
cheia de respeito pelo meio ambiente. Só quando estava com 18 anos, Raimundo
Lobo aprendeu a ler e escrever na Escola de Iniciação Agrícola da Base Aérea do
Amapá. Isso no ano de 1948. Já de 1951 a 1954, concluiu o 1º. grau na Escola
Normal de Macapá. Em 1968, o Ministério da Educação e Cultura conferiu-lhe o
certificado de Professor, função que ele exerceu no Colégio Amapaense, dando aulas de língua
portuguesa, até o ano de 1987, quando foi aposentado.
O
professor Lobo é um autodidata que fez dos estudos e pesquisas sobre o
vernáculo o seu maior objetivo, sendo o maior conhecedor do idioma nacional no
Amapá. Ele é amiudemente
consultado por alunos, professores, advogados, escritores e todos aqueles que
precisam de uma explicação sobre o correto uso da língua portuguesa. Casado com
a Sra. Josefa de Lima Lobo, pai de 5 filhos, católico, costuma citar Os Sertões,
de Euclides da Cunha e os trabalhos do filósofo Will Durant como as obras
que mais o influenciaram. O professor Lobo, que só começou a estudar depois dos
18 anos, enfrentando todas as dificuldades, é um exemplo de obstinação,
perseverança e amor ao saber. O seu autodidatismo, entretanto, revelou-lhe o
mundo da linguagem e da filosofia, pois ele, mais do que ninguém, merece ser
chamado de filósofo, pois vem demonstrando, ao longo de sua vida, ser um
autêntico amigo do conhecimento.
Obras publicadas:
(Imagem: Reprodução Facebook/Paulo Tarso Barros)
Respingos
de Filosofia e Ecologia (Imprensa Oficial, 1982); Respingos de Ecologia
Empírica (Editora Gráfica O Dia, 1993) e Pensamentos sobre o
Amor (2000).
Nessas obras, o professor Lobo nos repassa parte da rica
experiência vivida na região de Aporema, além da compilação de pensamentos
extraídos de poetas, cientistas, escritores e políticos. Ele registra, com a
sua linguagem elegante, principalmente o comportamento dos animais e nos
convence de que a natureza é sábia e perfeita.
Desde
fevereiro de 2001 o professor Lobo faz parte da Associação Amapaense de Escritores
- APES. (Paulo Tarso Barros)
Fonte: Pensamentos sobre o Amor - José Pantoja Lobo
ÉDI PRADO -O comentário do professor Lobo sobre a expressão paquerar, muito em voga na década de 70, quando fui aluno dele, no Colégio Amapaense: Paquerar, em vigor significa ir à caça de uma paca. Um animal de carne apreciadíssima, mas muito arisco e é preciso artimanhas para capturar, de preferência viva. Quem prova desta caça e gosta quer repetir sempre até os últimos instantes, porque o amor é eterno enquanto duro.
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