terça-feira, 29 de novembro de 2016

Foto Memória da Eletricidade de Macapá: A 1ª inspeção técnica à cachoeira do Paredão

Foi por volta das 07:00hs da manhã daquele dia 12 de junho de 1947 quando o então governador do Amapá Capitão Janary Gentil Nunes e sua comitiva governamental pegaram um barco-motor e desceram o rio Araguary com o objetivo de analisar as possibilidades de aproveitamento para o fornecimento de energia hidroelétrica do referido rio.
Estiveram acompanhando o Chefe do Executivo amapaense: Dr. Hermógenes de Lima Filho (diretor da Divisão de Obras do Amapá); Mr. John Lucien Hummel (engenheiro-chefe do Serviço Especial de Saúde Pública do Governo amapaense); Tenente Dulcício Alves Barbosa (reformado da Aeronáutica); Sr. Daniel Martins (fotógrafo); Geraldo Silva (da empresa de mineração Apolo).
Após saírem de Macapá às 12h do dia 11 de junho, seguiram em destino à vila de Porto Grande, onde pernoitaram e seguiram viagem pela manhã, através de um barco-motor cedido pela comunidade. Ao descerem o rio Araguary, bateram algumas fotos até a região da Cachoeira do Pião e Caldeirão. Às 14h, depois de fazerem uma ligeira refeição, o então governador e sua comitiva seguiram viagem pela cachoeira.
O Capitão Janary, o Dr.º Hermógenes e Mr. Hummel ficaram observando a cachoeira do Paredão durante quase uma hora, por jusante e montante (significado) nos seus interessantes aspectos. Possuindo cerca de 600m de extensão por 12m e 15m de altura, prevendo-se uma elevada quantidade de potencial hidroelétrico, calculado pelo menos em 200.000 HP na sua totalidade. Vale ressaltar que a cachoeira ficava numa distância em linha reta de 110km de Macapá.
Já por volta das 19h, o Capitão Janary Nunes e sua comitiva começaram a fazer a viagem de retorno, chegando à fazenda pertencente ao Senhor Dulcício que integrava a sua comitiva, onde ali pernoitaram e seguiram de retorno à Macapá pela manhã seguinte, chegando na capital por volta das 08:30hs da manhã do dia 13/06.
Um dos marcantes momentos dessa viagem pela cachoeira do Paredão veio por patê do Mr. Hummel (engenheiro-chefe do SESP), que revelou o seu entusiasmo pelo futuro econômico da região que teve oportunidade de visitar.

Fonte: Texto transcrito do Blog Luz Amapaense

domingo, 20 de novembro de 2016

Foto Memória de Santana: O pioneiro JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE

Filho caçula de uma família de nove irmãos, homem religioso temente a Deus, reto e de caráter como poucos, JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE nasceu no Rio Curuçá, município de Mazagão, em 19/03/1931, e começou a trabalhar ainda com nove anos de idade, no seringal, junto com seus irmãos e seu pai, o Sr. Manuel Pinto Pereira Valente. Sua mãe, Júlia de Oliveira Valente, faleceu quando ele ainda era criança, deixando sua criação e educação por conta de suas irmãs Neném e Santinha, a quem ele sempre tratou com segunda mãe. Aos 19 anos saiu pela primeira vez do interior de Mazagão para a cidade de Macapá, e trabalhou como braçal no Governo Janary Nunes, ajudando na construção da praça e da Escola Barão do Rio Branco. Líder nato, tinha apenas o segundo ano primário, quando resolveu voltar para o interior dois anos depois, e comprou de seu pai uma canoa movida a remo de faia, começando a trabalhar com regatão pelos rios da Amazônia, negociando produtos naturais, como castanha-do-Pará, Látex, balata, couros de animais, etc., passando depois para canoa a vela. Homem incansável nas suas atividades, não media esforços para atingir seus objetivos, passava em torno de 15 dias para fazer uma viagem a Belém, e mais 15 para voltar. Eram tempos difíceis, mas suas determinações em vencer na vida superaram qualquer obstáculo e acidentes de percurso, incluindo naufrágios, explosões em alto mar que, com sua astúcia e rapidez de pensamento, conseguia superar. Quando comprou seu primeiro barco a motor, passou a comercializar café para o exterior, chegando até a Guiana Francesa e Paramaribo, verdadeiras viagens de aventureiro, com sua tripulação escolhida a dedo, que também cruzavam com ele os rios e mares do norte e nordeste deste Brasil. Pioneiro no comércio de Santana, no final dos anos 50 José Valente, junto com seus irmãos Antônio e Raimundo, se estabeleceu na Ilhinha, localizada em frente à Ilha de Santana, com   bar e comércio, depois passou para a Ilha de Santana, onde fundaram a firma Valente & Irmãos Ltda.
Extremamente emotivo e carinhoso com todos, mas em especial com filhos, esposa e a família, ele foi pai pela primeira vez de SÉRGIO, cinco anos antes do casamento. Casou com a jovem MARIA MEIRE FERREIRA VALENTE, em 1962, com quem teve três filhos, ARISTEU, GLÓRIA E LÉIA. No início da década de 60, aproveitando o movimento de instalação da ICOMI, passou para a então Vila de Santana, montando um comércio sortido próximo ao porto, depois apartou a sociedade com os irmãos, mudando em definitivo para a Av. Santana, quando montou uma loja de nome CASA SÃO JOSÉ, que seria a primeira naquela avenida e na então vila, sendo também o primeiro beneficiado pela energia da ICOMI. Viajou neste Brasil de norte a sul trazendo novidades para sua loja, principalmente de S.Paulo, onde era bastante conhecido pelos  empresários da capital paulista. Mesmo já estabelecido e estruturado com sua grande loja, ele continuou as viagens comercializando produtos naturais da Amazônia. Em 1973, JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE recebeu o título de Empresário do Ano do então Território Federal do Amapá, e por vários anos recebeu também do Governador Aníbal Barcellos o título de maior contribuinte individual de ICMS do Território, era na época também a maior loja do Território, e vendia de tudo. Nos anos 80 instalou uma indústria de beneficiamento de látex na Ilha de Santana, comercializando seus produtos com a fábrica de pneus Goodyear do Brasil Ltda., e outras indústrias de balões do interior de S.Paulo. Abriu mais duas filiais da CASA SÃO JOSÉ em Santana, e três postos avançados de comercialização de látex e castanha do Pará, nos municípios de Mazagão e Laranjal do Jarí. Seus barcos, S. Rita, N. S. Nazaré, Apollo 11, São Tiago, Brasileira, Brasília, Miss Cajarí, Valente e Aristeu, cruzaram os rios da Amazônia até meados de 90 comprando produtos naturais.
JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE, parou com suas atividades de empresário quando, depois do segundo AVC, os médicos recomendaram que ele evitasse a alta rotatividade no trabalho, para que pudesse ter mais qualidade de vida. 
O empresário JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE, faleceu em 19/02/2013, aos 81 anos de idade, vítima de infarto do miocárdio.
Fonte: Informações e foto extraídas do
Aristeu Valente é filho do biografado.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Foto Memória de Macapá: Vista Aérea da Macapá antiga

Encontrei esta foto no acervo digital do IBGE, que mostra uma tomada aérea da cidade, com imagens, em primeiro plano, de grande parte do atual Bairro Santa Rita.
Trata-se de um registro sem data, presumivelmente dos anos 60/70, que mostra a Macapá de outrora com suas ruas bem traçadas e suas casas simples, habitações de um povo hospitaleiro e feliz!
Hoje a realidade é bem diferente; o que se tem visto é o crescimento desordenado de uma cidade carente de estrutura e planejamento urbano.
Bem diferente daquela que, um dia, foi merecedora do título de ”Cidade Joia da Amazônia”!

domingo, 13 de novembro de 2016

Foto Memória de Macapá: Dois momentos de Raimundo Adamor Picanço - Wanderley

O amapaense Raimundo Adamor Picanço - Wanderley, foi um grande craque do futebol do Amapá. 
Brilhou como goleiro de grandes times em Macapá, entre eles, Juventus Esporte Clube, Sociedade Esportiva e Recreativa o José e Ypiranga Clube.
Atuou como professor de Educação Física e Natação. 
Foi goleiro, árbitro de futebol, amante do esporte e do carnaval, figurando como um dos fundadores de “A Banda”, bloco de sujos, que arrasta multidões na terça-feira gorda, em Macapá.
Wanderley faleceu em 10 de fevereiro de 2011.
Neste primeiro momento, num registro do jornalista João Silva, vemos Antônio Amaral (dente de cão) e Wanderley trocando ideias na cancha do Glycério Marques antes do adversário entrar em campo e a bola rolar. 
Os dois deram muitas alegrias à numerosa torcida ypiranguista, que na época rivalizava com a Rebelde, da Sociedade Esportiva e Recreativa São José.
Segundo o amigo Cléo Araújo, Antônio Amaral ainda trabalha como Professor, na E. E. Tiradentes, no turno da tarde, em Macapá.
Neste segundo momento, em 1961, o registro de uma amizade duradoura entre José Façanha e Wanderley, quando serviam o Tiro de Guerra 130, na capital amapaense.

 Fonte: Facebook (Memorial Amapá)

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Foto Memória de Educação do Amapá: Inauguração da Escola Municipal Rondônia

Para o post de hoje, tomei a liberdade de usar a prerrogativa que me foi gentilmente facultada pelo amigo Cléo Araújo, de poder utilizar, sempre que necessitar, quaisquer imagens de seu acervo particular, para reprodução no blog Porta-Retrato.
E, entre muitos outros que fiz aqui neste espaço, escolhi mais um registro histórico, da inauguração da Escola Municipal Rondônia.
O Evento aconteceu ao final dos anos 60 (+/-66/67).
Da esq. p dir: jornalista Ezequias Ribeiro de Assis, Dr. Douglas Lobato Lopes, Prefeito de Macapá, na época,  Baião Caçula, operador de áudio da Rádio Difusora de Macapá, Prof. Leonil Pena Amanajás, Jurandir Morais dos Santos, (árbitro da Federação Amapaense de Futebol), e Gov. Luiz Mendes da Silva.
É importante ressaltar um detalhe relevante: O Projeto inicial, em homenagem aos ex-Territorios Federais da Amazônia, manteve as mesmas características arquitetônicas para todos os prédios, que foram erguidos utilizando uma só planta para as quatro Escolas: Amapá(bairro do Trem), Acre (na Fazendinha), Roraima(bairro Jesus de Nazaré), Rondônia(bairro Santa Rita), e Amazonas,(na antiga Vila Maia)em Santana.
Fonte: Facebook

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Foto Memória dos Transportes no Amapá: José Varela Dias (Zé Ganância), um dos primeiros motoristas de Macapá

Mais uma contribuição do amigo Waldemar Marinho, especialmente para o Porta-Retrato. Foto e texto dele:
“O cametaense José Varela Dias, pioneiro no T.F.A, em 1949, então com 22 anos, posando ao lado de um dos primeiros jipes da marca Willys adquiridos pelo governo do Território. José Varela, que ficou conhecido como Zé Ganância, começou moleque na Garagem como aprendiz de mecânico, galgou postos pelo próprio esforço sendo que foi um dos motoristas dos cinco governadores nomeados pelo governo da Ditadura Militar.
José Varela Dias, é o pai do Waldemar Marinho.
Ele explica: “Papai está com 90 anos, mas em consequência de vários AVCs ficou cego, surdo e paralítico. Recentemente passou uma temporada de 54 dias no hospital e saiu com uma sonda de alimentação parental. Como estou aposentado, cuido dele e da mamãe que aos 84 anos está com Alzheimer. Longas horas no apto deles no Condomínio Jardim Socilar, em São Brás-PA, que tem uma expressiva população de amapaenses.”
Marinho confirma que o registro foi feito pelo tio dele, Sr. Osmar Marinho, na Praça Barão do Rio Branco, atrás da residência oficial dos Governadores do Amapá, que tem a frente voltada para o Rio Amazonas, em Macapá.
(Última atualização às 21h45min)

MEMÓRIA DA CULTURA AMAPAENSE > DONA VENINA, GRANDE DAMA DO MARABAIXO DO AMAPÁ

Tia Venina marcou a história das mulheres da família e do Quilombo do Curiaú, situado na Zona Rural de Macapá. A sua trajetória é uma inspir...