segunda-feira, 25 de março de 2024

MEMÓRIA DA SEGURANÇA PÚBLICA AMAPAENSE - DR. HILDEBERTO CARNEIRO DA CRUZ - DELEGADO

Hildeberto Carneiro da Cruz veio ao mundo em 17 de novembro de 1947, na cidade de Belterra/PA. Após concluir o curso de direito em Belém, se mudou para Macapá no ano de 1976, ao ser aprovado no concurso para delegado de polícia do ex-Território Federal do Amapá. Em Belém, conheceu Judite Saldanha da Cruz e a levou para Macapá, com quem foi casado por 37 anos. Juntos tiveram dois filhos biológicos, adotaram outros três e tinham três netos. Iniciou sua carreira em Santana, onde foi titular da 1ª DP da cidade. Passou por Oiapoque e, posteriormente, em Macapá, atuou em diversas delegacias, como a de Crimes Contra o Patrimônio, de Tóxicos e Entorpecentes, de Crimes Contra a Pessoa, do Menor, na 4ª e 6ª DP, nos Departamentos de Polícia Especializada, da Capital e do Interior. Foi idealizador e fundador da Academia de Polícia (ACADEPOL) além de atuar como instrutor nela e no Curso de Formação para Vigilantes.

Hildeberto foi um dos primeiros coordenadores do Centro Integrado de Operações e Segurança Pública (Ciosp), além de ter sido Secretário de Justiça e Segurança Pública. Após 37 anos de dedicação como delegado, se aposentou pela Corregedoria de Polícia Civil. Reconhecido por sua simplicidade e bom humor, sua vasta experiência profissional foi fundamental na resolução de casos complexos, como o desaparecimento de Jhonny Breno, os assassinatos de Maguila, Willian Dickson e Josias Oliveira, este último conhecido como o crime da lavagem. Enfrentou acusações de tortura, as quais foram prontamente rebatidas pela sua integridade e caráter já conhecidos pelos magistrados. Querido por todos, Hildeberto deixou um legado de respeito e admiração para colegas de profissão, amigos e familiares. Delegado Hildeberto Carneiro da Cruz faleceu no dia 11 de junho de 2013, aos 65 anos de idade, no Hospital São Camilo. Ele vinha enfrentando problemas cardíacos há cerca de cinco anos e já havia passado por três intervenções cirúrgicas. Ficou hospitalizado desde o dia 7 devido a uma pneumonia e, infelizmente, acabou sofrendo complicações, incluindo um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e arritmia cardíaca, na madrugada do dia 11. Seu corpo foi velado no Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Amapá (Sinpol), onde familiares, amigos íntimos e colegas de profissão assistiram à missa de corpo presente celebrada pelo Pe. Hildeberto Carneiro da Cruz Júnior, depois puderam prestar suas últimas homenagens. Delegado Hildeberto foi sepultado no cemitério São José, no bairro Santa Rita, Zona Sul de Macapá, onde repousa em paz.

Texto de Elen Costa da Redação do blog Alexandro Colares notícias, adaptado e atualizado com informações da família, para o blog Porta-Retrato - Macapá

NOTA DO EDITOR Externamos nossa eterna gratidão ao Pe. Hildeberto Carneiro da Cruz Júnior - Vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Macapá - pela imprescindível colaboração no fornecimento e confirmação das informações relacionadas à vida de seu pai, homenageado pelo blog Porta-Retrato- Macapá! (João Lázaro)


sexta-feira, 15 de março de 2024

MEMÓRIA DA MACAPÁ ANTIGA – TEÓFILO MOREIRA DE SOUZA - UM PIONEIRO DE RAIZ

Nosso biografado de hoje é pioneiro de raiz de Macapá. Cidadão simples, pobre, humilde, mas com valores que o faziam um homem correto, respeitador e de nobres princípios. Foi criado pelo Coronel Sobrinho, de quem era afilhado. Coronel Sobrinho era um fazendeiro no município de Amapá que foi conselheiro e depois Presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá, nos anos de 1950.

Numa justa homenagem póstuma a este modesto senhor, o amigo e contemporâneo José Machado conta ao blog Porta-Retrato-Macapá um pouco da vida deste grande e saudoso amapaense. José Machado foi vizinho dele por mais de 30 anos no bairro do Trem, na Av. Cônego Domingos Maltez, próximo ao SESI. Quando o conheceu Machado tinha aproximadamente, uns oito anos de idade. Teófilo e a irmã, foram colegas de trabalho de dona Maria Raimunda Barros Machado - mãe dele - no Hotel Macapá.

TEÓFILO MOREIRA DE SOUZA, nasceu em 2 de novembro de 1915, na vila de São José de Macapá. De família humilde, tradicional, mas com formação moral e religiosa muito forte; desde cedo seus pais incutiram-lhe o valor e o gosto pelo trabalho. Por necessidade de contribuir com a rentabilidade familiar, começou sua vida de labuta ainda adolescente desempenhando várias atividades informais, até conseguir emprego na Indústria e Comércio de Minérios S/A – ICOMI, empresa do grupo CAEMI, que iniciava a exploração das jazidas de manganês no Amapá, e precisava de um grande contingente de mão-de-obra. Alguns anos depois, contraiu matrimônio e optou por um emprego que pudesse estar mais perto da família. Por indicação da sua irmã Raimunda Moreira, que já era funcionária do Macapá Hotel, conseguiu uma vaga como cozinheiro. Com a terceirização do hotel em meados dos anos 60, todos os servidores dentre os quais ele estava incluso, que não tinham vínculo empregatício com o GTFA – Governo do Território Federal do Amapá, foram dispensados. Graças a religiosidade que exerce uma influência determinante sobre as outras esferas da vida social, como a cultura, política e trabalho, não foi difícil conseguir um novo emprego, na então gráfica São José recém-criada. Com a inauguração da Rádio Educadora São José de Macapá em agosto de 1968 - como ambas as entidades eram vinculadas a prelazia de Macapá, Teófilo passou a exercer suas atividades também na emissora, no horário noturno como vigia. Com a desativação da rádio, Diô como era tratado na intimidade pelos radialistas, tendo ingressado na terceira idade e não alfabetizado, sabia da dificuldade que enfrentaria por um novo emprego. Providenciou então sua aposentadoria, pois já tinha tempo suficiente de contribuição previdenciária. Descansar, curtir a família, aproveitar todo o tempo que não pôde, e recuperar os longos anos de trabalho eram algumas das ideias que passavam pela sua cabeça. Porém jamais pensou em se isolar dentro de casa. Diô, era um ser social, as relações interpessoais faziam parte da sua natureza. Manter esses vínculos e laços de amizade estava diretamente em seus novos planos. Por isso, costumava sair pela tarde para tomar um pouco de sol, fazer uma caminhada e visitar os amigos. Segundo sua filha, a socióloga Lúcia Moreira, esses encontros eram muito benéficos psicologicamente. Voltava com um brilho no olhar, muito feliz por haver encontrado os velhos amigos, e a satisfação de colocar a ‘prosa’ em dia e ainda relembrar os bons momentos que viveram em clima de nostalgia.  Ironia da vida – em uma dessas caminhadas para encontrar os amigos dia 1 de novembro de 1989 (DIÔ), sofreu uma parada cardiorrespiratória em via pública e foi internado na UTI do então hospital geral de Macapá vindo falecer dia três de novembro de 1989 de infarto do miocárdio aos 74 anos de idade, no dia seguinte de seu aniversário natalício.

Texto de José Machado – radialista e jornalista do Amapá.

Nota do Editor - Tive a felicidade de conhecer seu Teófilo (Diô) no tempo em que trabalhei na Rádio Educadora São José de Macapá, de 1968 a 1972, quando ele era vigia noturno da emissora. Era uma pessoa muito querida por toda a equipe. Depois que saí da Rádio nunca mais tive notícias dele, somente agora através dessa matéria e das fotos. Tenho boas lembranças! Esta é nossa singela homenagem póstuma, ao grande e saudoso Diô, macapaense de raiz. Deus o tenha! (João Lázaro)

sábado, 9 de março de 2024

FOTO MEMÓRIA DO COMÉRCIO AMAPAENSE – COMERCIANTE (CASA FLOR DO AFUÁ) - ESDRAS PINHEIRO TORRES (In memoriam)

O comerciante ESDRAS PINHEIRO TORRES – um dos pioneiros do Comércio amapaense – nasceu em Belém (PA), na sexta-feira, dia 03.03.1905, filho de João Torres Filho e Raymunda Pinheiro Torres. O pai dele foi Pastor Moderador da PIB – Primeira Igreja Batista do Pará no ano de 1908 e Pastor da PIB – Primeira Igreja Batista do Maranhão nos anos 1909/1910. Antes de ir para o Amapá, ele desenvolveu atividades de Pintor Decorador, Trabalhador e Mestre de Obras da Construção Civil. Em 1951 foi para Macapá, procedente de Belém, para realizar um trabalho (área da construção civil) na Casa California, a convite de seu proprietário Sr. Salim Elias Mourad. A Casa Califórnia, um dos primeiros estabelecimentos comerciais instalados em Macapá com vendas de fazendas, miudezas e estivas em geral, situava-se na área hoje (2024) ocupada pelo Shopping Popular, na Rua São José, próximo ao Mercado Central.  A partir daí, incentivado pelo Sr. Salim e percebendo que Macapá oferecia boas oportunidades de trabalho, mandou buscar sua família, que morava na capital paraense (a viagem para Macapá foi feita pelo Rebocador Araguari). As oportunidades de trabalho eram resultado do desenvolvimento e crescimento de Macapá, considerando os investimentos do Governo Federal em infraestrutura, após a criação do Território do Amapá, em 1943. Após um breve período atuando na construção civil, mudou de ramo, adquirindo um pequeno ponto comercial na Rua Candido Mendes, entre as atuais Av. Coaracy Nunes e Av. Mendonça Junior. O empreendimento foi registrado na JUCAP, em 01.06.1952, no ramo de Comércio em geral, em nome de sua esposa Marta Trajano Torres, primeiramente com o nome fantasia de Casa Flor da Síria posteriormente mudou para CASA FLOR DO AFUÁ, em homenagem aos afuaenses, que eram fregueses de seu comércio quando iam à Macapá fazer compras. O nome Casa Flor da Síria, posteriormente, foi utilizado por outro comerciante. 

COMÉRCIO ITINERANTE EM SERRA DO NAVIO.

Para impulsionar as vendas, aumentar a receita da Casa Flor do Afuá e, sobretudo, atender clientes distantes da cidade, Seu Esdras realizava viagens mensais à Serra do Navio. Da mesma forma, um grupo de comerciantes de Macapá, autorizados pela ICOMI, seguia para lá durante o período de pagamento dos funcionários da Companhia. A estadia em Serra do Navio durava três dias, com a maioria dos comerciantes improvisando a hospedagem no próprio local de venda ou na casa de algum conhecido. 

As mercadorias eram dispostas no prédio onde funcionava o Manganês Esporte Clube e o Supermercado, seguindo um padrão norte-americano, o que era inovador para a época. Os comerciantes, chamados de "marreteiros", inicialmente viajavam para Santana em um caminhão alugado, saindo da loja na Cândido Mendes por volta das 22h. O trem da ICOMI partia à meia-noite e chegava às 6h em Serra do Navio, onde eram transportados até o local de venda em caminhões da própria companhia. 

Os produtos oferecidos por esses comerciantes não eram encontrados no supermercado local, sendo predominantemente sapatos, roupas, artigos de armarinho e miudezas em geral, armazenados em três ou quatro maletas. A presença dos "marreteiros" em Serra do Navio era permitida pela ICOMI para evitar que as pessoas tivessem que percorrer os 200km até Santana ou Macapá. As viagens eram desgastantes e exigiam diversos sacrifícios, como o preparo e embalagem das mercadorias, viagens de caminhão e trem, além das condições de hospedagem. Mas, tinha o lado positivo: o faturamento dos três dias de venda compensava, pois tudo era pago em espécie e à vista. Nosso informante, que na época (anos 60), estava na faixa etária dos 10 para 15 anos, diz ter boas lembranças dessas aventuras, pois não perdia uma viagem.

Foto: Arquivo do blog

Quando ocorreu o incêndio de 1967, a Casa Flor da Síria, já pertencia à outra firma empresarial. A Casa Flor da Síria, da foto, era adjacente à Casa Flor do AfuáComo comerciante, Seu Esdras exerceu na década de 60, as funções de secretário e tesoureiro da Associação Comercial do Amapá, quando esta funcionava à Praça Veiga Cabral, na Av. General Gurjão, próximo ao prédio da Embratel. O comércio dele funcionou por dezesseis anos (1951 a 1967), e encerrou com o incêndio de parte na área comercial da Rua Cândido Mendes (lado esquerdo no sentido Av. Mendonça Junior para Av. Coaracy Junior), em 24.11.1967. Nesse incêndio, a família perdeu o comércio e a residência. A partir daí ele retomou às atividades anteriores ao comercio, como Construtor Civil. Entre as obras construídas, destacam-se o Supermercado Brunswick, o primeiro supermercado inaugurado em Macapá, em 1976, de propriedade do Sr. João Evangelista Alves Pereira na Av. Pe Júlio Maria Lombaerd (atual Supermercado Santa Lúcia); Galeria de Lojas na Av. Pe Júlio Maria Lombaerd, entre Rua Cândido Mendes e Rua São José, de propriedade do Sr. Celestino Pinheiro, dono da Casa Estrela. Como um dos pioneiros da Igreja Assembleia de Deus, colaborou na construção do primeiro templo da Igreja Pioneira (demolido), situado na Rua Tiradentes com a Av. Presidente Vargas. Na área administrativa, exerceu a função de tesoureiro da Igreja. Foi, ainda, professor da Escola Bíblica Dominical e integrante do Conjunto Coral da Igreja. Nos anos 80, exerceu a função de Evangelista e Diretor de Patrimônio (por um ano) na Igreja Assembleia de Deus, da Av. Cora de Carvalho; casou em Capanema (PA), com Marta Trajano Torres, em 24.03.1934, com quem teve 03 (três) filhos: Lourdes Trajano Torres, Itamar Trajano Torres e Irene Trajano Torres. Pr. ESDRAS PINHEIRO TORRES faleceu em Macapá, dia 18.08.1989, aos 84 anos de idade, vítima de ataque cardíaco (Infarto). Faleceu sem conhecer o Afuá; seu corpo descansa em paz no Cemitério de São José, no bairro Santa Rita. Seu nome foi dado a uma das Ruas do Bairro Jardim Marco Zero, por indicação do Vereador Adonias de Freitas Trajano. Chama-se Travessa Pr. Esdras Pinheiro Torres.

Fonte: Dados biográficos fornecidos pelo amigo Itamar Trajano Torres, filho do biografado. 

(Reeditado e atualizado em 04/04/2024 às 22h08)

domingo, 3 de março de 2024

MEMÓRIA CULTURAL DO AMAPÁ - DONA FELÍCIA – PRIMEIRA COSTUREIRA DOS BOÊMIOS DO LAGUINHO

Foto: Blog da Alcilene (Reprodução)

MARIA FELÍCIA CARDOSO RAMOS, nasceu em 24 de fevereiro de 1928, filha de José Monteiro Cardoso e Izabel Macedo Cardoso. Os avós maternos dela, eram o português Marçal Rodrigues Macedo e Custódia do Nascimento Macedo. Dona Custódia, foi escrava; ela nasceu em 5 de abril de 1892. Tia Felícia nasceu no Igarapé do Lago e foi registrada em Macapá. O filho do proprietário da Dona Custódia, a “desfez moça” por isso o dono dela a alforriou e fez o filho se casar com ela. Eles moravam no engenho em Mazagão Velho, município do Amapá, de maioria afrodescendente, área de forte conservação da cultura de base africana, mas foram expulsos de lá, indo morar no Igarapé do Lago – distrito de Santana, segundo maior município do Estado do Amapá e território de maioria afrodescendente.

Tia Felícia morou no centro comercial antigo de Macapá, onde hoje é a residência do governador. De lá os pais dela foram morar no Laguinho, e Tia Felícia foi morar em Belém-PA, onde aprendeu a costurar. Depois voltou para Macapá, casou-se com o Sr.José Libório Ramos, maquis conhecido por Matapi – religioso de cultos afros da umbanda e espiritismo - um dos 13 que fundaram a primeira escola de samba do Amapá, na esquina da Av. rua Mãe Luzia com a Eliezer Levy, com quem teve 16 filhos;

Costurar  era a profissão dela, o que fazia com  muito amor; foi dessa forma que conseguiu sustentar os filhos, principalmente depois que ficou viúva.

Tia Felícia tornou-se a costureira mais famosa do bairro; costurou 48 anos para a Escola de Samba Boêmios do Laguinho.

Ela começou a dançar Marabaixo depois de viúva, na casa do Mestre Julião; também gostava do batuque do Igarapé do Lago, já que sua descendência era de lá.

Tia Fé veio ao mundo quando Macapá. começava a abrir os olhos, e os negros iniciavam as vidas na Favela e no Laguinho, debaixo de todo o misticismo enraizado no sangue e na alma, como todos os descendentes dos escravizados africanos que aportaram em Mazagão.

Bordou e costurou na mão, pedra por pedra, lantejoula e brilho, as mais lindas roupas de destaques, rainhas da bateria e principalmente mestres-salas e porta-bandeiras da Nação Negra, que reforçaram sua fama com as inevitáveis notas 10. Quem frequentava a casa na General Osório, onde morou até partir, lembra das roupas reluzentes e luxuosas feitas por Tia Fé, penduradas em cabides, e de seu ritual pré-carnaval, de bordar a roupa no corpo dos principais artistas do Laguinho.

Contam os amigos que o mestre-sala Amaral, danado por natureza, era “guardado” por Tia Fé, na véspera do desfile para evitar qualquer situação que colocasse em risco a apresentação. Só era liberado para chegar na avenida Fab e dar o show que garantia a nota máxima no quesito. Tanto trabalho para bordar cada detalhe não a impedia de sair em sua escola do coração, e mesmo cansada, arrumava forças para rodar a saia na ala das baianas. Passado o carnaval, lá vinha Tia Fé com as flores na cabeça, emoldurar o cenário colorido das rodas de marabaixo, dançando até o fim, cantando os versos com os quais dona Isabel embalava os moleques da casa. Pelas contas dos mais antigos, embaraçadas na memória, a última porta-bandeira que teve a roupa bordada pela Tesoura de Ouro foi a Nega, que rodopiava com Amaral levando a bandeira vermelha e branca na cintura.

Mãe, marabaixeira, avó que criou os netos como filhos.

Maria Felícia Cardoso Ramos, primeira costureira da Universidade de Samba Boêmios do Laguinho, nos deixou em 2014, aos 86 anos de idade.

Fontes de pesquisa: Livros > Marabaixo, dança afrodescendente: significando a identidade étnica do negro amapaense – Piedade  Lino Videira e texto de Marileia Maciel publicado em 11 de março de 2014 no blog da Alcilene Cavalcante, sob o título: “Tia Fé, Tantam de Ouro faz seu última desfile no Laguinho”

MEMÓRIA DA CULTURA AMAPAENSE > DONA VENINA, GRANDE DAMA DO MARABAIXO DO AMAPÁ

Tia Venina marcou a história das mulheres da família e do Quilombo do Curiaú, situado na Zona Rural de Macapá. A sua trajetória é uma inspir...