sábado, 30 de junho de 2018

Foto Memória de Macapá: Antiga edificação da Macapá de outrora

Nossa Foto Memória de hoje, é de uma edificação da Macapá de outrora, situada no centro histórico da cidade, mais precisamente à Rua Siqueira Campos, que começava na Travessa Visconde de Souza Franco e se estendia até a Rua São José, bem em frente ao prédio da antiga, Intendência Municipal, hoje ocupado pelo Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva.
Era a famosa “casa amarela”, cujo primeiro proprietário foi o Tenente-Coronel Coriolano Finéas Jucá. Nela nasceram quase todos os vinte filhos do famoso intendente, frutos de sua união com três esposas. Após sua morte, o prédio ficou sob gestão do filho Jacy Barata Jucá que o vendeu ao senhor José Pereira Montoril, mais conhecido como Cazuzinha. A casa amarela, que originalmente foi pintada de branco, fazia fundos com a residência do marroquino Leão Zagury. Nenhuma das residências possuía quintal. Na casa amarela havia um pórtico de entrada com um sótão, um amplo pátio central, inúmeros quartos, cozinha, dispensa e poço amazônico. Os cômodos que faziam frente para a antiga Rua Independência, também chamada Rua de Cima, abrigaram a sede do Amapá Clube e o Elite Bar do senhor João Vieira de Assis. Logo na entrada do prédio funcionou o “Café Aymoré”, pertencente aos comerciantes Francisco Torquato de Araújo (genitor do Nilson Montoril) e Francisco Aymoré Batista (pai do pianista Aimoré Nunes Batista). O gerente do Café Aymoré era o Carlos Cordeiro Gomes, o popular “Segura o Balde” que depois enveredou pelo jornalismo e integrou a equipe esportiva da Rádio Difusora de Macapá.
No tempo em que o prédio pertenceu ao Sr. Cazuzinha Montoril, parte das instalações foi alugada à madame Charlote para a instalação de uma pensão. Vários jovens vindos de Belém para trabalhar no Território do Amapá residiram nos quartos da casa amarela e compravam alimentação da madame Charlote. Quando o casal Isnard Brandão e Walkiria Lima se mudou para Macapá, a casa amarela foi o primeiro imóvel que o abrigou. Numa deferência especial do seu Cazuzinha, graças à intermediação do Sr. Francisco Torquato de Araújo, um assoalho foi colocado no sótão. Nesse local o casal Lima e o filho Isnard Brandão Lima Filho moraram por um relativo período de tempo. Com o passar do tempo a Rua Siqueira Campos recebeu duas denominações: Mendonça Furtado e Mário Cruz. Essa última ainda prevalece. A casa amarela foi vendida ao comerciante Moisés Zagury que mandou demoli-la para erguer a oficina mecânica dos carros Ford que ele vendia. Atualmente, naquela área funciona parte da loja 246.
(Texto de Nilson Montoril, adaptado ao blog Porta-Retrato, com a devida anuência do autor.)

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Fotos Memória de Macapá: As carroças dos freteiros

Os moradores mais antigos guardam na memória, de forma clara, essas imagens da Macapá antiga.
Aproveitando o gancho de uma crônica do amigo Floriano Lima, publicada em 2014, evidencio hoje as carroças, que faziam parte do cenário urbano da capital do Amapá.
Desde os primeiros anos do Amapá, a capital Macapá, se ressentia de transportes motorizados para serem usados nas mudanças e outros serviços de frete de móveis e utensílios de casa. 
Por essa razão, as carroças tiveram papel relevante na prestação desse serviço.
Esses veículos de tração animal, ficavam estacionados em seus pontos de frete, na feira do Mercado Central, no Buritizal e em outros locais.
Ainda hoje, esse meio de transporte, utilitário, sobre um único eixo, continua resistindo ao tempo e ao crescimento em muitos centros urbanos, principalmente na Região Nordeste.
Entre os muitos carroceiros da Macapá antiga destacavam-se alguns personagens folclóricos, um deles era o conhecido “Mucura”. Um “galego magro dos olhos claros” com voz rouca e “metido” a galanteador, que sempre que as moças passavam, ele “jogava” todo o seu charme, até que aconteceu o fato que ele veio a entrar no imaginário popular. Ele “deu” a sua tradicional “cantada”, sendo que a mesma era casada e participou ao “digníssimo”, que tomando as “dores” da amada partiu ao seu encontro.
Dos outros carroceiros que lembro destaco o Ramiro Leite Lamas, do canto do Bairro Alto (Av. Gen. Gurjão com a antiga Rua José Serafim Gomes Coelho - atual Tiradentes); O Muca;  o seu Lázaro do Beirol;  os outros, só com ajuda dos amigos leitores.
 Fonte: Floriano Lima, parceiro do blog Porta-Retrato, Crônica adaptada para o blog, com a anuência do autor.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Foto Memória de Macapá: Escola Normal, Campeã do Torneio de Basquetebol de 1964

Nossa Foto Memória de hoje, relembra a brava equipe de atletas da Escola Normal de Macapá, vencedora do Torneio de Basquetebol realizado pela União dos Estudantes Secundaristas do Amapá – UECSA,  na quadra de esportes do Amapá Clube, por ocasião da passagem do Dia do Soldado, no ano de 1964, em Macapá.
Nas imagens em pé: Roberto Charone; Maurício Bandeira, Mariano Mendes, Antônio Chagas, Antônio Redig e Teodorico Chagas.
Agachados: Cabral Nascimento e Zezinho Jucá entre a bandeira do estabelecimento.
Foto: Reprodução /Revista Icomi-Notícias

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Foto Memória de Macapá: Antigo Trapiche Eliezer Levy

Trazemos hoje, para o deleite dos leitores do blog Porta-Retrato, essa linda foto do antigo trapiche Eliezer Levy, reproduzida do livro Vila Serra do Navio – Comunidade Urbana na Selva Amazônica: um projeto do arq. Oswaldo Arthur Bratke/Bemjamin Adiron Ribeiro: São Paulo: Pini, 1992.
(Clique na imagem para ampliá-la)
A exemplo de outras imagens semelhantes, esse registro fotográfico foi tirado a partir do baluarte Nossa Senhora da Conceição, do alto da Fortaleza de São José de Macapá.
Observem que o trapiche ainda era em madeira, estrutura original construída em 1936 pelo então intendente (prefeito) de Macapá, Eliezer Levy, inaugurado em 1945.
Primeiramente usado como porto de entrada e saída de Macapá, o local perdeu a importância econômica com o tempo, mas passou a atrair turistas por permitir acesso ao Rio Amazonas. Em homenagem ao prefeito, o trapiche passa a ser chamado “Trapiche Eliezer Levy”, possuindo originalmente 472 metros de comprimento. Em 1999, ganhou uma nova estrutura de concreto, voltada ao turismo. Atualmente o Trapiche Eliezer Levy mede 360 metros de comprimento. (Wikipédia
Fonte: Livro Vila Serra do Navio – Comunidade Urbana na Selva Amazônica: um projeto do arq. Oswaldo Arthur Bratke/Bemjamin Adiron Ribeiro: São Paulo: Pini, 1992.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

FALECIMENTO: Morre em Macapá, o Pioneiro Pedro Pereira de Carvalho

A família do Sr. Pedro Pereira de Carvalho, comunica, com pesar, seu falecimento ocorrido neste domingo, 24 de junho de 2018, em Macapá. 
Ele era diácono e pai do Padre Cássio.
Segundo familiares, ele estava com Alzheimer total e vivia de forma vegetativa já há algum tempo.
Seu Pedro, que estava com 87 anos de idade, era natural do Rio Grande do Norte e chegou em Macapá, em 1954, em companhia de familiares e conterrâneos nordestinos.
Trabalhou inicialmente com o Sr. Evaldo Lopes de Freitas, comerciante e proprietário da antiga Casa Vera Cruz, que se localizava na Rua Cândido Mendes, e posteriormente foi trabalhar na ICOMI, onde se aposentou.
Seu Pedro, morou por muitos anos na Vila Amazonas, e ao aposentar-se instalou uma loja em Santana, depois voltou a morar em Macapá, até sua morte.
Seu corpo será sepultado nesta segunda-feira, na capital do Amapá.
Nossas condolências à família, por tão grande perda.
Fonte: Infomações de seu sobrinho Luiz Lopes Neto

domingo, 24 de junho de 2018

Foto Memória do Esporte Amapaense: Amapá no 5º Campeonato Brasileiro de Amadores

Mais uma raridade do fundo do baú de lembranças. 
É um registro da participação do Território do Amapá no 5º Campeonato Brasileiro de Amadores, realizado no Estado do Maranhão, em 1967.
Esses foram os craques da Seleção Amapaense de Futebol da FAD (Federação Amapaense de Desportos), que se tornou vitoriosa no certame em gramados maranhenses, sob a orientação técnica do desportista Humberto Dias Santos.
Da esquerda para direita, em pé: Praxedes, Zé Roberto, Haroldo Santos, Antoninho Costa, Suzico e Lua.
Agachados: Jorge Tavares, Alceu, Cutia, Batista do Barça (do marabaixo) e Océlio Furtado, irmão do Odilon.
A foto está publicada na Revista Icomi-Notícias, página 34 da edição nº 34 de março/abril de 1967.
Fonte: Revista ICOMI-Notícias 

sábado, 23 de junho de 2018

Foto Memória da Mineração Amapaense: Visita de Juscelino Kubitscheck ao Amapá

Nossa Foto Memória de hoje, registra o encontro histórico entre o primeiro mandatário da Nação brasileira e autoridades do ex-Território Federal do Amapá, em 1957.
Nas imagens a partir da esquerda: Coronel Janary Gentil Nunes, então presidente da Petrobrás, Dr. Amilcar da Silva Pereira, Governador do Amapá, Presidente JK e Deputado Coaracy Gentil Nunes.
Juscelino Kubitscheck de Oliveira foi o primeiro Presidente da República a visitar Santana, onde participou da solenidade inaugural das instalações do Porto da ICOMI, na manhã de 05 de janeiro de 1957. 
Na ocasião ele acionou a esteira com o primeiro carregamento de manganês para a rota internacional.
Fonte: Blog Memorial Santanense  

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Fotos Memória do Esporte Amapaense: Dois Momentos do Ypiranga Clube

Trazemos hoje dois registros do esporte amapaense, compartilhados pelo amigo Ademir França.
São dois momentos do Ypiranga Clube, no Estádio Municipal Glycério de Souza Marques, em Macapá.
No primeiro momento a onzena de 1971:
Em pé: Lourival Lima (treinador); Penha, Emanuel, Manga, Bandeirante, Célio Nobre, Evandro, Rodolfo, Chiquinho, Pitel Vavá (Presidente).
Agachados: Assis, Jurandir, Jackson, Canhotinho, Almeida, Leorimir e Rato.
Nesse segundo momento a onzena do ano de 1972:
Em pé: Babá, Pitéo, Américo (Venis), Bandeirante, Damasceno e Keka. Agachados: Rato, Ademir França, Jurandir, Bill e Leorimir.
Fonte: Facebook

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Fotos Memória da Mineração Amapaense: Pioneiro Walter James Maynard

Mais um estrangeiro que veio para o Brasil e contribuiu com o progresso da Amazônia, especialmente do Território do Amapá.
Ele é nosso homenageado (em memória) de hoje, por sua larga folha de serviços prestados ao Amapá e ao Brasil.
Walter James Maynard, também natural de Santa Lúcia na possessão inglesa, onde nasceu em 1910, filho de Charles Maynard e Anne Hull. 
Foi encarregado do serviço de manutenção de locomotivas e vagões da Empresa ICOMI, em Santana/AP.
Walter foi marinheiro da Real Marinha Canadense e assim correu o mundo, quando teve a oportunidade de ter uma visão longa e proveitosa do que existe pelos quadrantes da terra. Mas, em 1942, alistou-se na USAF (Força Aérea Americana), com a proposta de lutar, ao lado dos aliados contra a tirania de Adolpho Hittler.
Entretanto, foi destacado para as Operações do Atlântico Sul, auxiliando as construções das Bases Aéreas de Val-de-Cães (Belém) e a do Amapá. Na primeira trabalhou pouco tempo, mas, na segunda permaneceu até 1946, quando a Base foi entregue pelos americanos à Força Aérea Brasileira.
Depois da USAF foi para a FAB, como mecânico de aviões. Trabalhou na Força Aérea Brasileira até 1956. Sua especialização abrangia também a mecânica de máquinas pesadas a óleo e à gasolina.
Quando da construção das pistas de aterrisagem, na Base Aérea do Amapá, conheceu o Sr. Homero Charles Platon, o mesmo que, mais tarde, em 1955, como Chefe do Departamento de Pessoal, o convidou para trabalhar na ICOMI. 
Em 28 de fevereiro de 1956, ingressou na Companhia, indo trabalhar em Porto Platon, passando depois para a Serra do Navio, como mecânico de equipamentos pesados. 
Sua colaboração à essa época, se estendeu ao serviço de montagem de todos os faróis que constituem o balizamento do Canal Norte do Rio Amazonas, anotando-se ainda a sua assistência técnica à piçarreira de Porto Platon. Depois Walter trabalhou no Departamento de Mecânica, na Seção de Locomotivas.
Walter Maynard ao lado de seu Ford Galaxie, em companhia do amigo Antonio Maria Portal Smart
Na juventude quando ainda pertencia à Marinha canadense, praticou boxe, e conquistou o título máximo de médios do “price fighter” de bordo, durante 5 anos. Nunca, porém, foi profissional.
Além do box, o “baseboll” e o “cricket”, eram seus esportes preferidos.
Walter James Maynard, que se aposentou pela ICOMI, faleceu em Macapá vítima de câncer de próstata, dia 15 de março de 1996, com 86 anos,  e seu corpo descansa em Paz no Cemitério São José, no bairro Santa Rita.
Fonte: Revista ICOMI-Notícias

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Fotos Memória da Mineração Amapaense: O Pioneiro Henry Ovide Lucien (em memória)

Desde o início do Território Federal, o Amapá tem recebido muita gente de várias partes do Brasil e do Mundo, que tem ido somar esforços e contribuir para o progresso daquela região da Amazônia.
Nosso homenageado(em memória) de hoje é o Pioneiro Henry Ovide Lucien, que integrou os quadros da ICOMI, desde 1º de março de 1948, ou seja, a data em que a Companhia passou a ter vida atuante no Território Federal do Amapá.
Henry Ovide Lucien viu o alvorecer dos primeiros dias, quando tudo ainda eram estudos, planos e esperanças. Ele acompanhou de perto o trabalho desenvolvido pelos pioneiros, enfrentando toda a sorte de contratempos e outras dificuldades.
O maior orgulho de Ovide Lucien, foi ter sido contratado diretamente pelo Dr. Augusto Antunes, primeiro mandatário da Empresa.
Henry Ovide Lucien, nasceu em Santa Lúcia, possessão inglesa nas Antilhas, em 1910; emigrou pela Guiana Holandesa em 1930, quando contava 20 anos de idade. Em 1937, atraído pelas riquezas minerais da Região Norte do Brasil, foi para Macapá.
Durante muitos anos tentou encontrar alguma coisa nas águas do Rio Amapari, até que um dia, já em 1946, desiludido pelas incertezas de uma vida aventureira, empregou-se na Mineração Apolo como zelador do depósito que aquela empresa mantinha em Macapá.
Em 1º de agosto de 1948, em Macapá, um diálogo entre o Sr. Geraldo de Souza e Silva, gerente da Mineração Apolo e o Dr. Augusto Trajano de Azevedo Antunes, na época tratando dos trabalhos de instalação da ICOMI no Território Federal do Amapá, mudou completamente a trajetória de vida de Henry Lucien.
-- Cedemos-lhe o galpão, para que o Sr. Instale o escritório da Companhia, desde que, este homem que aqui está, nosso zelador, seja aproveitado como seu empregado.
-- Perfeitamente. Se esta é a maior exigência, o negócio está fechado.
O zelador citado na conversa era, nada mais nada menos, o Sr. Henry Ovide Lucien, que foi encarregado do Serviço de Vilas, em Santana.
Ovide Lucien desenvolveu inúmeras atividades na ICOMI, a maior parte delas, desempenhada em Macapá, desde sua admissão no escritório pioneiro até ser transferido para a Serra do Navio, em 1957, e posteriormente, para Macapá.
Henry acompanhou de perto o desenvolvimento da ICOMI, no Amapá, e se aposentou na mineradora. Ele era o chapa 3 na Empresa, atrás de Bento Sales Páscole (chapa 1) e do descobridor Mário Cruz (chapa 2).
Jamais deixou o Território, desde que lá chegou. Mas, apesar de ter vivido mais tempo no Brasil do que em sua terra natal, nunca abandonou a cidadania inglesa.
Sua esposa D. Mildred Lucien, também de Santa Lúcia(já falecida), deu-lhe seis filhos, todos brasileiros: Eric, (falecido), que foi empregado da ICOMI, em Santana; Henriqueta; Mariana; Mário; Eulálio e Vitória.
Henry Lucien residia com a família em uma casa própria, em Macapá, situada à rua Odilardo Silva, quase esquina com a Mendonça Furtado, no centro.
Fonte: Revista Icomi-Notícias

domingo, 17 de junho de 2018

Pioneira da Educação do Amapá: Professora Aciné Garcia Lopes de Souza

Hoje, prestamos justa homenagem à essa pioneira do magistério amapaense, que desde muito jovem foi trabalhar no recém-criado Território Federal.
Falamos em Raymunda Aciné Garcia Lopes de Souza que nasceu em Belém (PA), em 18 de março de 1926, filha de Judith Medeiros Garcia e de João de Brito Monteiro.
Dona Judith foi bordadeira da fábrica confiança em Belém e ao chegar em Macapá passou a costurar para senhoras da cidade; seu João, músico, saxofonista, viveu sua infância e adolescência na Rua Domingos Marreiros – Bairro do Umarizal, onde permaneceu até ir para Macapá.
(Reproduções Google images)
Como toda jovem, Raymunda Aciné frequentou a escola e fez o curso primário, da alfabetização até a 1ª série, na Escola João Carlos Nascimento da professora Mariana Tupiassu de Souza; 2ª serie no grupo Escolar Dr. Freitas e de 1936 a 1938 no Grupo Escolar Barão do Rio Branco, onde concluiu o primeiro grau.
(Reprodução)
Estudou de 1939 até 1943 na Escola Normal do Pará, tradicional escola paraense por onde passou a maioria das jovens paraenses e que formou dezenas delas que foram para o Amapá.
Raymunda Aciné se formou em março de 1944, nesse mesmo ano viajou junto com sua mãe na lancha Amapá na companhia do primeiro governador do Território Federal do Amapá capitão Janary Gentil Nunes, e assim iniciou suas atividades de professora normalista.
Aciné conta que ao chegar em Macapá foi instalada na casa do Sr. Acésio Guedes, depois foi alojada na residência de uma família judia, e algum tempo depois passou a morar com a professora Maria Carolina até conseguir a casa cedida pelo governo na rua General Gurjão, no Bairro Alto, isso nos idos de 1952.
Alguns anos depois chegou de Belém o sobrinho do Sr. Cleveland Cavalcante, o jovem Altevir, que se juntou ao grupo de jovens que se reuniam para ir aos bailes e,  de festa em festa, foi assim que se conheceram, namoraram, noivaram e casaram em 31-05-1956 no civil no Fórum de Macapá e no religioso na Catedral  de São José.
Dessa relação nasceram três filhos Rivetla, Roseanne e Marcellino, e dois netos Bruno e Eric.
A história da professora Aciné, como era conhecida no magistério, tem seus compassos e muitos deles foram aventuras pedagógicas nos cerrados amapaenses.
Sua admissão nos quadros do recém-criado Território Federal do Amapá, aconteceu em 29 de maio de 1944, como professora Classe ‘F’. Em 1945 foi dispensada e deu continuidade aos seus estudos no período de 1946 a 1948 no Instituto de Educação do Pará, formando-se no Pedagógico em 1948. Em 5 de abril de 1950 readmitida nos quadros como professora Classe ‘B’ e em 20 de setembro de 1963 foi definitivamente enquadrada como Assistente de Educação 14-A.
Neste interim Aciné deu continuidade aos estudos superiores e cursou de 1972 a 1973 Licenciatura em Letras pela UFPA, no Núcleo Amapá, na Escola Tiradentes e a complementação em Plena em Letras Português/Francês. Além disso durante sua vida funcional cursou dezenas de ações educativas voltadas para ampliação e aperfeiçoamento educacional, além das suas atividades administrativas que passou a exercer como gestora escolar e de administração pública.
Raymunda Aciné exerceu grande liderança, influenciou e apoiou ações de atividades voltadas para uma educação exitosa no Amapá, dentro das áreas desportivas e literárias. 
Participou de encontros, congressos, seminários e atividades fins que envolviam administração e supervisão escolar e foi uma das amapaenses que participou da implantação da nova legislação educacional a LDBE 5692/71. Recebeu centenas de portarias e diplomas de elogios e Honra ao Mérito pela dedicação à educação amapaense.
No exercício de gestão escolar, dirigiu o Grupo Escolar de Mazagão em (1961/1963), e o Instituto de Educação do Território do Amapá (IETA) de (1969/1972)(fotos). Chefiou o Ensino de Primeiro Grau em 1972. Em 1974 respondeu pelo cargo de secretária de Educação e Cultura e passou a ser interina no mesmo ano. Professora Aciné foi designada e compôs diversas comissões de importância dentro do sistema educacional do Amapá, desde a organização da Semana da Pátria e Bancas Examinadoras, assim como representante amapaense em encontros nacionais voltados para alavancar o sistema de ensino. Participou de inaugurações de prédios escolares e da implantação do Ensino de 2º Grau (hoje Ensino Médio) no Amapá. Compôs e coordenou a Comissão de Legislação de Ensino da SEC. Administrou a Escola Barroso Tostes em 1978, participou da Prevenção ao uso de tóxicos por estudantes. Em 1981, compôs o Plenário do Conselho de Educação do Amapá.
Foram 34 anos dedicados exclusivamente à Educação Amapaense.
(Reprodução/Tribuna Amapaense)
Hoje Raymunda Aciné Garcia Lopes de Souza, reside em Belém (PA) com seus filhos e aos 92 anos continua ativa, dedicando-se a trabalhos religiosos, e ativando o seu lado escritora lançou em março dia de seu aniversário, quando completou 92 anos, o livro Espiritualidade Conjugal Tesouro do Matrimonio, voltado para casais cristãos.
Aciné fez uma promessa de ir ao Amapá, fazer o lançamento de sua obra em Macapá e reencontrar os amigos. O livro de Raymunda Aciné será doado.
Texto de Reinaldo Coelho, adaptado ao blog Porta-Retrato.
Matéria completa você lê na edição nº 613 do Jornal Tribuna Amapaense

sábado, 16 de junho de 2018

Foto Memória de Macapá: Reunião da Associação dos Servidores Civis do Brasil

Nosso enfoque de hoje é uma foto que registra o encontro de pioneiros do ex-Território, em reunião da Associação dos Servidores Civis do Brasil (ASCB).
(Reprodução)
Nas imagens, a partir da esquerda estão: Senhores Thomaz Gonçalves Britto, Luiz Gonzaga Pereira de Souza, Manoel Reis Nunes, Hermógenes Costa e João Arthur Rodrigues Jansen.
Foto: Reprodução/Jornal Tribuna Amapaense

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Foto Memória de Macapá: Antigo Bairro de Jacareacanga

             Este texto de autoria de Izael Marinho, publicado no jornal "O Liberal", de 04 de maio de 1997, narra como era o bairro, naquela época.
(Foto: Gilmar Nascimento)
( Favor clicar na imagem para ampliá-la )
          “Nos idos de 50 a 60 o Jesus de Nazaré foi o bairro mais aristocrático de Macapá. Lá habitavam os servidores de staff  governamental, os funcionários públicos, numa época em que ser barnabé era motivo de orgulho e sinônimo de prosperidade. Os empregados mais graduados do governo (do ex-Território) tinham casa ali. Até uma vila foi construída só para eles – a Vila do Ipase. O bairro se chamava, na época, Jacareacanga. Por quê? Ninguém se atreve a responder. Aliás, nem os moradores mais antigos gostavam do nome – motivo de chacota e maledicências dos habitantes de outras regiões da capital.”
     “O nome Jesus de Nazaré – mais pomposo e agradável aos ouvidos dos moradores – adveio dos primeiros religiosos católicos (padres e freiras) que instalaram no bairro uma igreja, um convento e um seminário.”
     “Os primeiros moradores chegaram ao então Jacareacanga numa época em que Prefeitura e Governo pouco ligavam para o crescimento desordenado da cidade.”

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Foto Memória de Macapá: O pioneiro José Domingos dos Santos Filho (Seu Santos – Palito)

Hoje fazemos uma homenagem (em memória), muito justa, a um pioneiro que foi vizinho de quarteirão de nossa família, na Av. Presidente Vargas, em Macapá e um atuante servidor da Administração amapaense.
Falamos no Pioneiro José Domingos dos Santos Filho (Seu Santos), que nasceu em Belém/PA em 04 de maio de 1909, filho de José Domingos dos Santos e Zulmira de Carvalho Santos. 
Viveu sua infância e efetuou seus estudos na capital paraense.
Em 31 de março de 1932, contraiu matrimônio com Paulina Cândida do Nascimento que passou a chamar-se Paulina do Nascimento Santos; dessa união nasceram 8 (oito) filhos.
Seu Santos foi para Macapá em 1945, no início do Território, convidado por seu irmão Silvio Santos, que o mandou buscar para trabalhar como técnico em eletrotécnica nos municípios de Amapá e Oiapoque, indo mais tarde para Macapá trabalhar, inicialmente, como chefe da Força e Luz.
Também trabalhou como delegado/comissário de Polícia na Serra do Navio e depois como coordenador da Olaria Territorial, em Macapá.
Seu Santos, era uma pessoa bem magra, e em razão disso recebeu o apelido de “Palito”.
Ao se aposentar foi morar em Belém e retornou para Macapá nos anos 80, e lá ficou até seu falecimento em 25 de dezembro de 1989, com 80 anos de idade.
Seu corpo descansa em Paz, no jazigo da família no Cemitério Nossa Senhora da Conceição.
Com a morte do chefe da família, Dona Paulina ficou morando com os filhos, Guiomar, Anita e Guilherme. 
Seu falecimento acorreu dia 11 de fevereiro de 2005, aos 94 anos, em Belém e seu corpo voltou para Macapá onde foi sepultado, junto ao esposo, no Cemitério de Nossa Senhora da Conceição, no Centro da cidade, deixando saudades aos parentes, amigos e aos filhos: Guiomar, Ana, Guilherme, José, Carlos, Ademir, Jair e Paulo Santos.
Fonte: Informações de Paulo Santos, filho do biografado.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Foto Memória do Esporte Amapaense: Onzena do Santana Esporte Clube

O registro é do arquivo do amigo Clayton Cazé, um dos integrantes da onzena do Santana Esporte Clube, dos bons tempos de glória do Canário Milionário.
( Clique na imagem para ampliá-la )
Em pé: Lua, Zé Elson. Bigu, Haroldo Santos, Nego e Marco Antônio;
Agachados: Piraca, Pretote, Cazé, Trevizani e Canhoto.
Fonte: Blog da Alcinéa

terça-feira, 12 de junho de 2018

Foto Memória do Esporte Amapaense: Trem Desportivo Clube

Em 1964 o Trem Desportivo Clube Beneficente, excursionou à Serra do Navio, convidado pelo Manganês Esporte Clube, para uma série de jogos nas modalidades de futebol de salão, futebol de campo, voleibol, tênis de mesa e dominó.
Os locais venceram no vôlei, futebol de salão e tênis de mesa. O time visitante venceu no dominó e futebol de campo.
(Clique na imagem para ampliá-la)
O jogo foi realizado no estádio de Serra do Navio e o placar final foi de 2x1 para o rubro negro da Feliciano Coelho, com os gols marcados por Austregessildo Gomes de Lima.
Fonte: Revista ICOMI-Notícias

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Foto Memória do Esporte Amapaense: Grandes craques do futebol do Amapá

Nossa Foto Memória de hoje, regista um raro encontro do time do São José e do Manganês Esporte Clube. 
( Clique na imagem para ampliá-la )
Além dos craques da época notamos nas imagens figuras emblemáticas do esporte amapaense, como Raimundo Pessoa Borges (Marituba), Chefe Humberto Dias Santos e Raimundo Dário Costa – Guarda “Peixeiro”.
A Sociedade Esportiva e Recreativa São José, fundada em 26 de agosto de 1946, por Messias do Espirito Santo, um Oficial de Justiça do Fórum de Macapá, capital do então Território Federal do Amapá (TFA), com objetivo de participar oficialmente do esporte regional.
É um clube de muitas glorias e conquistas, principalmente na época do ex-Território, quando, na fase amadora, disputava memoráveis partidas com outros grandes clubes do futebol amapaense, recheado de muitos craques, que jogavam por amor à camisa.
O Manganês era um clube de futebol da Serra do Navio, no Amapá, de muito sucesso na época da Icomi.
Fundado em 1959, nunca disputou a primeira divisão do Campeonato Amapaense, dedicando-se apenas ao futebol amador. Suas cores eram vermelho e branco.
Na parte social destacavam-se as festas – Da Mina, Das Flores, Carnaval – muito frequentadas pelos jovens da Serra, de Macapá e Santana.
Fonte: Wikipédia

domingo, 10 de junho de 2018

Foto Memória da Cidade de Macapá: Quinze anos de Nazaré Bessa de Castro

Nossa Foto Memória de hoje vem o acervo do Instituto Memorial Amapá. É mais um registro do Baile de Quinze Anos da amiga Nazaré Bessa de Castro, nossa contemporânea de Macapá, uma das filhas do casal Genésio Antônio de Castro e Líbia Bessa de Castro.
O evento, que foi um dos mais concorridos da cidade, em 1967, aconteceu nos salões do Amapá Clube, o glorioso alvinegro da Av. Presidente Vargas.
Os rapazes e moças que aparecem nas imagens, formaram os casais que dançaram a valsa da meia noite, com a aniversariante.
Tentamos identificar os integrantes que foram clicados ao redor da mesa, mas, com muito esforço de memória conseguimos lembrar apenas dos que seguem: Monalisa; Heraldo e Vanda Ribeiro; Suely e Solange Sussuarana; Velton Ribeiro e Meton Jucá. Quem conseguir identificar mais alguém, pode ajudar.
O baile teve a animação de "Hernani Vitor e Seu Conjunto", conforme imagens no registro acima.
(Reprodução)
Nazaré Bessa (foto) – que saiu de Macapá para estudar em Belém e lá reside há muitos anos – é mãe de uma filha e “vó coruja” de um netinho de pouco mais de um ano de idade.
Imaginem essa jovem senhora, lúcida, bonita, sorridente, alegre e feliz da vida, em véspera de completar seus 66 anos bem vividos, no vindouro 28 de outubro.
Nosso agradecido à ilustre amiga, em retribuição por seu carinho e grata simpatia! Grande abraço!
(Bessa de Castro, via Rede Social)

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Foto Memória de Macapá: Quinze anos de Sônia Barbosa

O acontecimento social de maior repercussão em Macapá, foi a festa dos quinze anos da Srta. Sônia Regina Barbosa, filha do casal Dr. Mário de Medeiros Barbosa e Icília Gomes Barbosa, realizada no dia 4 de setembro de 1964, nos salões do Aeroclube de Macapá, reunindo a melhor sociedade macapaense.
No clique, registrado pela Revista Icomi-Notícias, a aniversariante dança a valsa com seu pai, observados, a partir da esquerda pelas amigas Heleni Picanço, Graça Ribeiro e Graça Redig, respectivamente.
Os pais de Sônia já são falecidos.
Segundo amigos, Sônia reside na capital paraense e deve completar em setembro, 69 anos de vida.
Fonte: Revista Icomi-Notícias

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Foto Memória do Esporte Amapaense: Bancrévea Clube do Amapá

Joia rara esportiva do ex-Território do Amapá, que realmente, já teve de tudo e hoje muita coisa desapareceu, como o Bancrévea Clube do Amapá, que era formado pelos funcionários das agências bancárias que existiam naquela época.
Além do Banco do Brasil, existiam nos anos 1960, em Macapá, salvo engano, os Bancos da Lavoura de Minas Gerais (depois REAL); Banco Comércio e Indústria da América do Sul e o Banco da Amazônia S/A.
Essa é uma foto do time de futebol de salão do Bancrévea Clube do Amapá, Campeão do 1º turno do Torneio da modalidade promovido pela Federação Amapaense de Futebol de Salão(FAF), em 1964. 
Com exceção dos dois primeiros, em pé, a partir da esquerda, identificamos nas imagens: Olivar Bezerra; Agostinho Alencar (irmão do Amujacy) e o Antônio Carlos Brito Lima; agachados: Lelé; Geraldo Bezerra e o Liminha (irmão do Brito Lima).

Fonte: Revista Icomi-Notícias

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Foto Memória do Esporte Amapaense: O grande zagueiro Escurinho

Fazia anos que não via o amigo José Ramos de Souza - popular  Escurinho - desde os bons tempos em que trabalhamos na Prefeitura Municipal de Macapá.
ESCURINHO
(Reprodução Facebook)
E agora o vejo, em click recente, nessa imagem compartilhada pelo amigo João Silva.
Balalão conta, com convicção, que Escurinho, goleiro e zagueiro alto, boa compleição física, marcava em cima; vestiu com dignidade as cores do Esporte Clube Macapá, CEA Clube e Seleção Amapaense. Hoje, viúvo e aposentado do município, vive em Macapá, no auge de seus 74 anos de... FELIZ  IDADE!
Grande abraço ao querido Escurinho!
Além dos clubes citados acima,  o blog tem um registro do Escurinho, numa formação pelo Municipal Esporte Clube, em 1964.
Fonte: João Silva (Facebook )

terça-feira, 5 de junho de 2018

Foto Memória do Comércio Amapaense: Empresário Waldir do Nascimento Carrera

           Waldir do Nascimento Carrera nasceu em Belém do Pará no dia 10  de março de 1942. Migrou para o Amapá em 1952, aos 10 anos de idade, ao lado de sua mãe Augusta do Nascimento Carrera e sua irmã Marly da Conceição Carrera. Ainda muito jovem, aos 20 anos, começou a trabalhar na empresa Techint Engenharia e Construção, no Município de Porto Grande, onde permaneceu até que a firma tivesse fechado. Voltou para Macapá e casou-se com a jovem Ilka Maria Jucá, com quem teve 03 filhos: Marcus Vinicius Jucá Carrera, Soraya Augusta Jucá Carrera e Paula Simone Jucá Carrera. Em 1970, abriu sociedade com o cunhado Hernani Vitor Guedes em uma Farmácia e dois anos depois, comprou a cota parte de seu sócio e fundou a W.N.Carrera (cujo nome fantasia era FARMATREM), ramo em que se dedicou por 26 anos.
Além de empresário, Waldir Carrera sempre se dedicou à vida social, esportiva e carnavalesca do Amapá, acumulando títulos como: Presidente do Esporte Clube Macapá; Presidente da Federação Amapaense de Basquetebol; Diretor e um dos fundadores da Escola de Samba Unidos da Coaracy Nunes; Presidente da Escola de Samba Piratas da Batucada;  além de também fazer parte da Diretoria da BANDA (bloco de sujos). Em 1993, Waldir Carrera foi eleito Presidente da Associação Comercial e Industrial do Amapá (ACIA), onde desenvolveu vários projetos de assistência aos associados.
Em 1999, foi eleito Presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Farmacêutico do Estado do Amapá, onde desempenhou seu mandato com avidez e conquistas relevantes para a categoria.
Waldir do Nascimento Carrera faleceu no dia 26 de fevereiro de 2002, com 59 anos de idade, vítima de infarto, logo após mudar seu ramo empreendedor para casa Lotérica. Anos depois, recebeu a homenagem póstuma da Federação do Comércio – FECOMÉRCIO, que deu seu nome para o anfiteatro daquela instituição.
Fonte: Texto elaborado pela família do biografado, a quem agradecemos pela colaboração!
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