sábado, 31 de outubro de 2020

Foto Memória de Macapá: 1º Debate público sobre a transformação do Território Federal do Amapá em Estado

Por Nilson Montoril de Araújo (*)

UM DIA NA HISTÓRIA - “Em 31 de OUTUBRO de 1963, tendo como local o Salão de Recreio da Piscina Territorial, realizava-se à noite, em Macapá, o 1º Debate público sobre a transformação do Território Federal do Amapá em Estado. O evento contou com a promoção do governo territorial, cujo mandatário era o Coronel Terêncio Furtado de Mendonça Porto, em parceria com o Movimento Popular Pró-Estado, capitaneado por Pauxy Nunes e Clóvis Pena Teixeira. A pretensão da transformação começou em 1946, quando uma nova Constituição estava sendo elaborada para o Brasil, mas não vingou. Esta questão está bem explicada no livro "Mosaicos da Realidade Amapaense", lançado em 1979 pelo ex-governador Pauxy Gentil Nunes. A análise apresenta pontos interessantes e inquestionáveis: 1-"a situação jurídica humana do Amapá Território era absurda e anacrônica, constituindo-se causa e origem dos males que viciam a própria estrutura da organização político-administrativa em que vivemos". 2-"Por que os valores regionais se autodestroem, fazendo papel ingênuo de instrumento de divisionismo e de conflitos irracionais, quando poderiam se unir, para a continuidade, solidariedade, associação, expansão e desenvolvimento em um estado mais perfeito?”

(*) Administrador, professor, historiador, pesquisador, radialista e atual (2020) Presidente da Academia Amapaense de Letras.

Pauxy Gentil Nunes - que era irmão do 1º Governador do Amapá, Janary Gentil Nunes - assumiu a direção do Território Federal do Amapá de 14 de fevereiro de 1958 até fevereiro de 1961.

Ele aparece nas imagens, em solenidade pública defendendo a transformação do Território do Amapá em Estado. À sua direita, com o microfone da Rádio Difusora vemos o Dorival Nunes de Lemos, o famoso Amazonas Tapajós, um dos pioneiros da radiofonia amapaense.

Atrás, da esq. para a direita, o Cartorário Jacy Barata Jucá (roupa branca, à esquerda da foto, mãos entrelaçadas sobre a barriga), ao lado o Dr. Aurélio Távora Buarque (só a cabeça) Promotor Público  , em Macapá; Dr. Amílcar da Silva Pereira; empresário e desportista Jarbas Ferreira Gato (camisa listada) e à direita Dr. João Teles, Promotor Público.

Fonte: Facebook

(Post reeditado e repaginado em 31 de outubro de 2020)

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Memória da Cidade de Macapá: 307 Anos do Nascimento de GIUSEPPE ANTONIO LANDI – O engenheiro da Matriz de São José

 

Giuseppe Antonio Landi – Foto: Reprodução/Belém Trânsito

Os primeiros traçados da Igreja saíram das mãos do sargento-mor, Manoel Pereira de Abreu, e foram aprovados pelo engenheiro Antônio José Landi, responsável por demarcar as áreas de interesse de Portugal na região Norte do Brasil.

Inaugurada em 6 de março de 1761, a Igreja Matriz de São José de Macapá é o mais antigo monumento da capital do estado e foi construída graças ao empenho do Frei Miguel de Bulhões, pertencente à Companhia de Jesus, cuja Congregação iniciou a catequese no país, destacadamente, na Amazônia.

Biografia

Filho do médico e professor universitário Carlo Antonio Landi e de Teresa di Bartolomeo Guglielmini, Giuseppe nasceu em Bolonha, em 30 de outubro de 1713, pelas seis e meia da manhã. Foi batizado na Catedral de São Pedro. Era o segundo filho de um total de oito.

Desenhador, arquiteto, gravador, geógrafo e astrônomo. Conhecido em Portugal e no Brasil como Antônio José Landi, forma-se em arquitetura e perspectiva na Academia Clementina, em Bolonha na década de 1730, e conquista o segundo e o primeiro lugares do festejado Prêmio Marsigli, em 1732 e 1737, respectivamente. Sua atuação no Brasil como astrônomo, desenhador de mapas e de história natural, além de arquiteto, faz supor que Landi tenha frequentado também o Instituto de Ciências de Bolonha, algo usual entre os alunos da academia. Por indicação de seu mestre Ferdinando Galli Bibiena, Landi ingressa na academia em 1737, mas só é nomeado professor de arquitetura em 1743 e membro da instituição em 1747. Em Bolonha, sua obra mais conhecida é a Raccolta di Alcune Facciate di Palazzi e Cortili de più Riguardevoli di Bologna, 1743, primeira coleção de edifícios de sua cidade publicada. Seu envolvimento com a construção da nova Igreja do Convento de Santo Agostinho de Cesena é excepcional porque nesse período, ao contrário do que ocorre no Brasil, Landi dedica-se especialmente à gravura.

É convidado a integrar como desenhador de história natural a Comissão de Demarcação de Fronteiras entre Portugal e a Espanha na América do Sul instituída, em 1750, pelo Tratado de Madri. Apesar da boa inserção no círculo de artistas ligados à Academia Clementina, seja pela oportunidade de servir a um rei com fama de mecenas, seja pelo desejo de conhecer o novo continente, seja pela carência de oportunidades em Bolonha, Landi aceita o convite e desembarca em Lisboa em agosto daquele ano. Em virtude da morte de dom João V, a comissão só parte para a colônia sul-americana em 1753, tendo como objetivos traçar a fronteira leste-oeste ao norte e levantar as características geográficas, físicas e astronômicas da Amazônia. Landi auxilia o astrônomo e matemático italiano João Ângelo Brunelli em observações astronômicas realizadas em Belém, atuando como desenhador de história natural entre 1754 e 1761. Sua participação na comissão é reconhecida pelo governador do Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, principal responsável por sua atuação como arquiteto e por sua permanência na colônia, depois da suspensão do Tratado de Madri, em 1761. Publica o livro Descrizione di varie Piante, Frutti, Animali/ Passeri, Pesci, Biscie, Rasine e Altre Simili/ Cose Che Si Ritrovano in Questa Cappitania del Grand Parà, le Qualli Tutte Antonio Landi dedica a sua Ecclsa. Il Sig. Luiggi Pinto de Souza/ Cavaglier de Malta, e Governatore del Mato Grosso/ il quale com soma fática e diligenzza investigo/ moltissime cose appartenenti allá storia naturale, e delle quali si potrà formare um grosso/ volume in vantaggio della Republica Letteraria (ca. 1773), reunindo as anotações feitas nas diversas expedições que realiza pelos rios Amazonas, Negro e Marié. Em 1784, parte em nova expedição para Barcelos, Amazonas, como desenhador de mapas da segunda Comissão de Demarcação de Fronteiras, instituída a partir do Tratado de Santo Idelfonso, 1777.

Como arquiteto e artista realiza esculturas retabulares, pinturas de quadratura, projetos e obras, dos quais se destacam a Igreja de Santana, 1762/1782; o Palácio dos Governadores, 1759/1772; e a Capela de São João Batista, 1769/1772 em Belém. Além dessas atividades, Landi se envolve com o comércio de cacau, o cultivo de cana-de-açúcar, a transplantação de espécies estrangeiras, como a manga, a jaca e a tâmara, e a produção de tijolos, telhas, louças vidradas e aguardente, tornando-se membro da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão.

Recebe o título de arquiteto régio, em 1774. Em 2003, é realizado o seminário Landi e o Século XVII na Amazônia e, no ano seguinte, é inaugurada uma placa comemorativa na casa do arquiteto em Bolonha.

Fontes consultadas:

Historiador Nilson Montoril,

Wikipédia

ANTONIO Landi. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa206974/antonio-landi>. Acesso em: 30 de Out. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

HISTÓRIA E MEMÓRIA: A INTRUSÃO FRANCESA NO AMAPÁ EM 1895, E O MASSACRE DA VILA AMAPÁ

A Intrusão Francesa no Amapá foi um evento ocorrido em 15 de maio de 1895, na fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa. Tal evento foi marcado pela invasão de tropas francesas em território brasileiro, comandadas pelo capitão Lunier. 

A invasão foi repelida pelo general honorário do exército brasileiro Francisco Xavier da Veiga Cabral.

Após a defesa do Amapá, Veiga Cabral se tornou um dos maiores heróis da história do estado brasileiro. (Wikipedia)

Croqui da Vila de Amapá - 1895
Reproduzimos abaixo, link do artigo do Cel. Cláudio Moreira Bento, Historiador Militar e Jornalista, sobre a disputa pelo Amapá entre França e Brasil e o massacre da Vila Amapá. 
Clique e leia:

A INTRUSÃO FRANCESA NO AMAPÁ EM 1895-E O MASSACRE DA VILA AMAPÁ 

Veja também

FOTO MEMÓRIA DO AMAPÁ: VILA DE MONTENEGRO

No ano da passagem dos 119 anos de criação do Município de Amapá, pela Lei Estadual (do Pará) nº 798/1901), é importante que se traga ao conhecimento dos interessados, um pouco da história daquele município amapaense.

PRIMEIRO NOME: MONTENEGRO

O município de Amapá, que fora capital do Território Federal do Amapá, foi criado pela lei nº 798 de 22 de outubro de 1901. De 1901 a 1903, é denominado de MONTENEGRO. De 1903 a 1938 volta a receber a denominação de Amapá. Em 1938 recebe a denominação de Veiga Cabral. A partir de 1939 volta a ganhar a nomenclatura inicial de Amapá. (amapa.ap.gov.br/)

Segundo registro no Álbum do Estado do Pará, que relata os 8 anos de administração do Governador Augusto Montenegro (1901 – 1909), a Vila de MONTENEGRO antiga Vila do Espírito Santo do Amapá, ficava situada à margem direita do Rio Amapá-pequeno à foz de um braço ou furo que liga este rio com o Lago Grande do Amapá.

“Depois de um secular litígio, submetido pelos respectivos governos das repúblicas francesa e brasileira, o Conselho Federal da República Helvética, pronunciou a 1º de dezembro de 1900, o seu veredito, reconhecendo o território do Amapá, como fazendo parte integrante do Brasil e foi aquele território incorporado ao Estado do Pará.”


A Lei nº 820, de 14 de outubro de 1902, determinou em seu artigo I, que o território do município de Montenegro ficasse incorporado ao município do Amapá, ambos na comarca de Aricary, que se constituiria de um só município denominado Montenegro.

Seria a sede da comarca de Aricary.

A sua principal riqueza era a borracha. Mas tinha algum gado e seu território escondia vastos veios e minas de ouro, até então, pouco exploradas.

A sua municipalidade seria dirigida por um Intendente, e seis vogais, sendo Calçoene e Araguary as mais importantes povoações do município.

Em 30 de abril de 1902 são nomeados provisoriamente para o governo da Intendência de Montenegro: Amaro Brasilino de Farias, Joaquim Felix Belfort, Daniel Ferreira dos Santos e Manoel Agostinho Batista.

Fonte: Álbum do Estado do Pará – 1908 e Portal amapa.ap.gov.br/.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Foto Memória de Macapá: Arquibancadas no Campo da Matriz

Nossa Foto Memória de hoje, data dos anos 1950, extraída dos arquivos da Diocese de Macapá. Tirada do segundo piso do Prédio da Prelazia de Macapá, quando este estava em construção.  São imagens do Centro Histórico da cidade, bem do início do Território Federal do Amapá.

O historiador Nilson Montoril, descreve detalhes dessa preciosidade histórica da Praça da Matriz:

“Na parte central da foto vemos a arquibancada coberta do campo da Matriz, à época em que o espaço era denominado Praça Capitão Augusto Assis de Vasconcelos. É o mesmo militar que tem seu nome ligado à avenida que liga a avenida Nazaré ao Porto de Belém. Embora pareça pequena, a arquibancada abrigava muito bem as autoridades e torcedores. Foi erguida no governo do capitão Janary Nunes. No lugar dela surgiu a Barraca da Santa.

O barraco à direita, ao lado da arquibancada, com a cobertura de palha mais baixa dando para o campo de futebol, era o famoso ABC, cujo dono era o senhor Zoilo Pereira Córdova, um dos dirigentes mais conhecidos do Amapá Clube.

O nome ABC correspondia a um acordo de paz firmado entre Argentina e Chile, com perdição do Brasil. As duas nações beligerantes disputaram há muitos anos a posse de umas ilhas situadas na parte oriental do famoso estreito e chegaram a travar confrontos bélicos. Canal de Beagle ou Estreito de Beagle(*) liga os Oceanos Atlântico e Pacífico. A posse definitiva das ilhas em disputa chegou ao fim em 1985, quando o Chile as obteve mediante negociação. 

Apesar da estrutura rude, o ABC era bem frequentado e promovia bailes bem concorridos. Tanto a arquibancada, quanto o ABC, foram demolidos em 1950, após a inauguração do Estádio Territorial, que depois foi transferido para a Prefeitura e, em janeiro de 1956, recebeu o nome de Glycério de Souza Marques. “(Nilson Montoril)

(*) O estreito de Beagle é um estreito separando as ilhas do arquipélago da Terra do Fogo, no extremo sul da América do Sul. Além de ligar o oceano Atlântico ao oceano Pacífico, ele separa a Ilha Grande da Terra do Fogo de diversas pequenas ilhas ao sul. (Wikipédia)

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

PIONEIRO DA COMUNICAÇÃO EM MACAPÁ: BENEDITO RODRIGUES DA SILVA

BENEDITO RODRIGUES DA SILVA – UMA DAS MAIS BELAS VOZES DO RÁDIO AMAPAENSE.

Texto: José Machado (*)

Natural de Macapá, teve seu primeiro contato com o microfone aos 17 anos de idade, no serviço de alto-falantes “Boa Vista” do Pelaes - início da atual avenida Diógenes Silva, no bairro do Trem.

Voz grave e a boa dicção foram referenciais para o seu ingresso no Rádio, em 21 de abril de 1966, iniciando suas atividades no prefixo ZYE-2 Rádio Difusora de Macapá como locutor comercial, apresentador do Grande Jornal Falado E-2 e apresentador de vários programas musicais.

Era o início de uma trajetória bem sucedida, com passagens por várias emissoras. Construiu uma sólida carreira e se tornou a "voz-padrão" de chamadas e vinhetas, pelas emissoras que passou.

Em 1975, a convite de Zaire Filho, locutor esportivo da Rádio Clube do Pará, foi contratado por essa emissora através do seu presidente, Edir Proença, como locutor comercial e apresentador de jornal falado da PRC-5 Rádio Clube do Pará. Após um ano retornou à cidade de Macapá.

Com o arrendamento da Rádio Guajará por um grande grupo de produção de celulose, se iniciou um processo de seleção de novos profissionais para seu elenco.

Dentre esses recursos humanos recrutados, estava   o veterano Advaldo Castro, que assumiu a direção geral da emissora, chamando dentre tantos radialistas - Antunes de Carvalho e Luiz Anaice, detentores de grandes audiências em seus respectivos programas.

Anaice, sugeriu o nome do Silva, que foi aceito e se transferiu imediatamente para a nova emissora, substituindo Douglas Marques num programa de linha musical jovem que ia ao ar de 16h as 18h.

Ao ouvi-lo ao vivo AD, com sua audição apurada, foi enfático em afirmar “esse rapaz tem talento para trabalhar em qualquer emissora do Brasil”.

Colocou outro locutor no programa da tarde e Rodrigues da Silva, como ficou conhecido junto aos ouvintes paraenses, passou a compartilhar à apresentação do informativo relâmpago com Antunes de Carvalho.

Mas o AD, tinha um propósito maior que foi realizado. Colocar a emissora entre as mais ouvidas. A nova proposta foi um programa de saudade, com músicas dos anos 40/50 para um público sênior.

Rodrigues da Silva se encaixava no perfil. O programa iniciava as 21h - mesmo horário em que o Eloy Santos começava um congênere na Marajoara.

O quantitativo de cartas e telefonemas comprovou o(target) à pesquisa de opinião pública. O programa tinha alcance em audiência considerável; boa cobertura diária por zonas geográficas, e o tempo médio de audiência estável.

O radialista deputado, que liderou por quase uma década a audiência, passou a dividi-la com Rodrigues da Silva, que tratava o ouvinte de forma compreensível e saudável.

Aliás, uma das funções do radialista é espalhar magia, formas de apreensão do real que os ouvintes vão internalizando e difundindo; que instituem uma percepção que beira o surreal.

O locutor não tem cara, tem voz, e isso ajuda a povoar o imaginário dos ouvintes. A melodia verbal flui a emoção, que completa a fantasia.

Uma nova emissora na grande Belém estava em fase de ajustes de equipamentos. Fernando Arthur, responsável técnico da Guajará, foi quem montou todo o sistema irradiante da Rauland FM e quem apresentou Rodrigues da Silva à direção artística da nova emissora.

Quando a Rádio entrou no ar em caráter definitivo, dividia seu tempo em ambas emissoras. Alguns meses depois, deixou a Guajará vinculando-se à Rauland FM, onde permaneceu por um curto período na divulgação de comerciais para a emissora.


Problemas pessoais fizeram-no retornar à Macapá em julho de 1980, retomando suas atividades na Rádio Difusora de Macapá e, posteriormente, na extinta Rádio Educadora São José de Macapá.

Com a inauguração da Rádio Cidade FM 101,9 – do Jornalista Eraldo Trindade, foi convidado por José Machado – diretor à época a fazer parte do cast da emissora para a apresentação oficial do Jornal da Amazônia FM.

Em 1981 foi concursado como funcionário do CEAG Amapá. Em 1992, já como funcionário público federal, retornou à Rádio Difusora de Macapá, assumindo o cargo de Diretor de Rádio e Jornalismo, onde permaneceu até o ano de 1993, quando assumiu o cargo de técnico em contabilidade na Secretaria da Fazenda-SEFAZ.

A opção por uma atividade que lhe permitisse melhor padrão de vida, o levou ao magistério. Graduou-se em Letras/Francês pela Universidade Federal do Amapá - UNIFAP e Pós graduou-se em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira e Portuguesa pelo IBPEX.

Preserva sua privacidade e, por isso, está fora das redes sociais, qualquer contato só através das redes sociais da esposa e dos filhos.

Não é vanguarda nem tradição, convive com esse paradoxo e, tem consciência disso, tenta na sua travessia diária, seguir na contramão desse sistema.

Segue o curso da vida discretamente, gozando da merecida aposentadoria, dedicando-se a escrever poesia uma de suas grandes paixões desde a juventude. Quem sabe um dia possa publicá-las.

Afastado do rádio há alguns anos, mas ao contrário de muita gente que passa em brancas nuvens, ele deixou um belo legado para o público.


Era dele a gravação da primeira vinheta de encerramento das atividades da Difusora (1966), voz firme, densa, com ressonância de locução adequada para o horário. Calma, tranquila como se estivesse declamando um poema.

Muitos ouvintes RDMistas nunca chegaram a conhecê-lo, mas ainda é lembrado pela série de comerciais e vinhetas gravadas; vários programas apresentados, com especificidade “Nos Braços da Saudade”, “Canet Social” e o “Grande Jornal Falado E-2”.

Conquistou uma legião de fãs pelas emissoras que passou, mesmo não sendo em horários nobres.

Leontiev, psicólogo soviético, em seu texto "O Homem e a Cultura" diz que o pensamento do adolescente é engendrado pelas relações, condições sociais e culturais do momento.

Na falta de definição e referências claras de futuro 'do que ser', concentra seus pensamentos e modo de vida no presente, sente necessidade de fantasiar.

Certa vez, ambos adolescentes: o perfilado e o articulista “num papo cabeça” disse, que amava fazer locução. E não é que o homem tinha razão?

(...) quando eu soltar a minha voz, por favor entenda é apenas o meu jeito de dizer o que é amar (Gonzaguinha)

(*) radialista e jornalista amapaense 

(especial para o blog Porta-Retrato-Macapá)

sábado, 17 de outubro de 2020

Foto Memória de Macapá: JANARY NUNES EMBARCA PARA A TURQUIA, EM MISSÃO DIPLOMÁTICA

Em 1958, o Cel. Janary Gentil Nunes, foi nomeado Embaixador do Brasil na Turquia, pelo Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Nessa época, Pauxy Nunes, irmão dele, era o governador do Amapá.

Essa foto histórica, registrada no Cais do Porto do Rio de Janeiro, quando Janary Nunes e família, embarcavam no navio espanhol Cabo San Roque para Gênova, na Itália.

Foram com ele: Dona Alice Déa, esposa; os filhos Guairacá e Rudá, além de Ceminha, filha do primeiro casamento com Iracema Carvão Nunes.

Nas imagens em primeiro plano Janary, os filhos, e Dona Alice (chapéu branco).

Por trás, de terno claro atrás de Janary Nunes, o pioneiro Antônio Gillet; ao lado dele, de terno escuro e óculos atrás do Guairacá, o Dr Amilcar Pereira e esposa Oneide, e atrás de Dona Alice, de terno escuro, o Sr. Ubiracy Gentil Nunes, irmão de Janary. A Ceminha é a de roupa clara e bolsa beje ou branca.

Informações do amigo Rudá Nunes, a quem agradecemos!

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Foto Memória de Macapá: Janary Nunes e família no Aeroporto de Macapá


Foto dos anos 1950, tirada no antigo Campo de Aviação de Macapá, na época em que a pista era no centro da cidade na área onde hoje está situada a Av. FAB.

Nas imagens o Coronel Janary Gentil Nunes e família, chegando ao antigo Aeroporto de Macapá.

Em primeiro plano, tendo ao lado um militar, o Coronel Janary (de branco) e sua esposa Alice Déa Carvão Nunes, e os filhos Rudá (menor) e Guairacá(o mais velho).

A senhora, um pouco mais atrás, é Dona Laurieta Gentil Nunes, mãe de Janary Nunes, chamada em família de Laury, e ao lado dela, o jovem  Janaryzinho, segundo filho de Janary com a primeira esposa Iracema Carvão Nunes.

Os demais acompanhantes não foram identificados.

Foto: Acervo de Paulo Tarso Barros


quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Foto Memória do Esporte Amapaense: Equipe de Aspirantes do Trem Desportivo Clube, 1972

Quão importante e gratificante, podermos compartilhar essas relíquias memoráveis dos bons tempos do ex-Território do Amapá.

Encontrei no Facebook essa raridade histórica, postada pelo amigo Osmar Marinho.

Jovens integrantes da equipe de aspirantes do Trem Desportivo Clube, no ano de 1972:

A partir da esquerda em pé: Gervásio, Balada, Cabral, Adelcio Leão, Camarão, Vitinho e Sebastiao; agachados: Zeca, Maroja, Buzina, Tupan, Amiraldo e Paulo.    

terça-feira, 6 de outubro de 2020

´Foto Memória da Educaçãdo Amapá : FORMATURA DA PRIMEIRA TURMA DE TÉCNICOS EM CONTABILIDADE - C.C.A. 1971.

Registro raro da Formatura da primeira turma de Técnicos em Contabilidade do Colégio Comercial do Amapá-CCA, no recém inaugurado prédio do estabelecimento de ensino, na Av. FAB com a Rua Leopoldo Machado, hoje Escola Estadual Prof. Gabriel de Almeida Café.

Foto: Gilberto Semblano (Facebook)

MEMÓRIA DA CULTURA AMAPAENSE > DONA VENINA, GRANDE DAMA DO MARABAIXO DO AMAPÁ

Tia Venina marcou a história das mulheres da família e do Quilombo do Curiaú, situado na Zona Rural de Macapá. A sua trajetória é uma inspir...