terça-feira, 28 de junho de 2022

MEMÓRIA DA SEGURANÇA PÚBLICA DO AMAPÁ: ANTIGOS INSPETORES DA GUARDA TERRITORIAL

 Este registro histórico nos foi compartilhado pelo amigo Obdias Araújo.

Trata-se de uma foto com sete dos antigos inspetores da gloriosa Guarda Territorial, do tempo do Território Federal do Amapá.

A partir da esquerda: Inspetor Alencar (à paisana); Inspetor Obdias Araújo; Inspetor M. Correia; Inspetor Monteiro; Inspetor Lino, Inspetor Agenor Neves; e Inspetor Inglês.

Foto: Obdias Araújo (arquivo pessoal)

segunda-feira, 27 de junho de 2022

MEMÓRIAS DA CIDADE - SONOROS DE MACAPÁ

 Por Nilson Montoril

O primeiro “sonoro” da cidade de Macapá foi instalado no dia 25 de fevereiro de 1945,

por iniciativa do jornalista Paulo Eleutério Cavalcante de Albuquerque, coordenador do Serviço de Informações do Governo do Território Federal do Amapá.

Os equipamentos para amplificação de som e voz foram assentados no subsolo da Intendência Municipal e o idealizador do sistema fazia a locução.

             Heráclides Macedo - técnico da Panair do Brasil que instalou o primeiro sonoros de Macapá, em 1945

Em pontos estratégicos da cidade foram colocados quatro alto-falantes, tipo corneta, através dos quais as informações sobre as realizações do governo territorial e as notícias da segunda guerra mundial chegavam ao conhecimento do público. A cidade era tão pequena, que, querendo ou não, todos os seus moradores ouviam as transmissões.

Este sonoro foi o embrião da Rádio Difusora de Macapá. Após a inauguração da RDM, os equipamentos do serviço de alto-falantes foram incorporados ao acervo técnico da emissora.

O segundo sonoro, instalado quando a Rádio Difusora já estava no ar, funcionou ao lado da Sorveteria Central, na esquina da Rua Cândido Mendes com a Avenida Siqueira Campos (Mário Cruz), com locução de Laurindo Banha.

Com um terraço aprazível, a sorveteria pertencente à firma Sarah Rofé Zagury atraía o pessoal apreciava sorvetes e picolés de leite, taperebá, açaí, nescau, maracujá e ameixa. E os que curtiam músicas sentimentais. Corinhos, sambas, baiões, sambas-canção, tangos, foxtrot, guarânias e outros ritmos que faziam grande sucesso no cenário nacional eram executados com muita frequência. Os frequentadores que estavam desiludidos no amor pediam composições como “Lama”, “Último Desejo”, “Dez Anos”, “Devolvi”, “Lencinho Branco” e “Madressilvas”.

Estes e outros sucessos também tocavam no alto-falante da Farmácia e Drogaria Serrano,

que revelou para o rádio amapaense o saudoso amigo Pedro Afonso da Silveira. Posteriormente surgiram as aparelhagens de som rotuladas como “picarp”, detentoras de invejáveis discotecas.

Elas se esmeravam na animação de festas dançantes, sendo a mais famosa a que pertenceu a Jefferson Pechouth, mais conhecido no seio da sociedade boêmia e festeira como Pecó. Cada sonoro festivo tinha suas peculiaridades e locutores.

O sonoro da “Casa Ribamar”, localizado no poste fronteiriço ao referido estabelecimento comercial, na esquina da Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd com a Rua Cândido Mendes, entrava no ar as 16 hora e encerrava suas atividades as 18 hora, após a execução da música “Ave Maria”.

Uma sentida mensagem religiosa era lida pelo locutor, que se intitulava como “o amigo de Vocês”. Deste sonoro saiu mais um bom valor do rádio amapaense, Bonifácio Alves. Não havia um só dia que o sonoro da Casa Ribamar não tocava uma música catastrófica, cujo início era: Sangue, Sangue, Sangue.

Na frente da Casa Ribamar, na Rua Cândido Mendes, estava edificada a Casa Dora, propriedade de Thanus Ziade. O som do alto-falante incidia agressivamente no quarto onde o Raja Ziade, filho do seu Thanus, costumava tirar uma sesta.

Um dia, cansado de ser perturbado, o Raja apanhou um rifle e detonou vários tiros contra a “garganta de ferro”. Foi o que bastou para que um novo aparelho fosse instalado, mas voltado para outro ponto. À proporção que a cidade crescia, algum dono de casa de comércio mandava instalar um sonoro para fazer a propaganda de seus produtos.

No Elesbão, área próxima ao flanco oeste da Fortaleza de Macapá, existiu um sonoro denominado Alvorada. O locutor gostava de tomar uns aperitivos antes do início das transmissões. Além do mais, seu português era sofrível. Quando o sonoro entreva no ar, ele caprichava na identificação da aparelhagem, baixando e subindo o nível de som do prefixo.

Certa vez, por ocasião de uma animada festa dançante, o locutor quis deixar patente que seu equipamento era melhor que os demais e sapecou esta preciosidade: “Estão ouvindo o Sonoro Arvorada, o único que não tem ruído, não tem zumbido e não tem porra nenhuma. São 250 kilowatts de saída e respeite a porrada nas caixas”. Os fofoqueiros que se encarregaram de espalhar está suposta louvação juram que ela de fato aconteceu.

Fonte: Diário do Amapá

quinta-feira, 23 de junho de 2022

MEMÓRIAS DE MACAPÁ – HISTÓRIAS DE PIONEIROS - NILDE CECILIANO SANTIAGO

Mais um importante registro do Jornalista João Silva, contando 

HISTÓRIAS DE PIONEIROS

Por João Silva

O mato-grossense Nilde Ceciliano Santiago chegou ao Amapá em 1974 como diretor do Projeto Rondon, projeto ligado à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRJ; foi responsável pela construção do parque florestal, hoje bioparque; trabalhou também como responsável pelo desenvolvimento do setor rural e pecuário do Amapá; isso lhe  credenciou ao cargo de Representante do Ministério do Interior no Amapá, assumindo a responsabilidade da fiscalização do governo federal no Território Federal do Amapá.

Nilde Ceciliano Santiago ainda foi diretor da CODEASA, Presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá, Secretário Municipal de Serviços Públicos da Prefeitura de Macapá na administração Annibal Barcellos, Vereador do Município de Macapá, Deputado Constituinte, Relator da Primeira Constituição do Amapá, Presidente da ALEAP e Prefeito eleito do Município de Itaubal do Pirirím.

Nilde Ceciliano também fez incursão pelo futebol e foi Presidente do Esporte Clube Macapá

O homenageado da nossa seção 'Histórias de Pioneiros' nasceu na cidade de Cuiabá-Mato Grosso, no dia 23 de novembro de 1937; faleceu na Capital amapaense no dia 14/06/2005, e foi sepultado na nossa cidade; 

era casado com a senhora Maria Tereza Quintas Santiago com quem gerou os filhos Ana Paula Quintas Santiago e Paulo Ricardo Quintas Santiago.

Nota do Editor:

Nos comentários o jornalista Aníbal Sérgio complementa informando que Nilde Santiago, junto com outros técnicos do Projeto Rondon, com sede ali no Laguinho, também foi responsável pelo gramado do novo estádio Glycério Marques, quando foi reinaugurado com luminárias e recebeu o jogo Seleção de Novos x Seleção Amapaense, 1x1 o placar.

Fotos: João Silva e Arquivo
Via Facebook   

quarta-feira, 22 de junho de 2022

FOTO MEMÓRIA DO FUTEBOL AMAPAENSE: ESPORTE CLUBE MACAPÁ

Uma relíquia fotográfica publicada em 21 de junho de 2015, na rede social, trazida de volta pelo Facebook, está entre as LEMBRANÇAS DO BAÚ do jornalista João Silva.

Preciosa foto, mostrando uma das primeiras formações do Esporte Clube Macapá, já na era Glycério Marques, pós era Panair, como se chamava o grêmio azulino antes, quando o futebol do Amapá dava seus primeiros passos na Praça São Sebastião, depois Assis de Vasconcelos, finalmente Praça Veiga Cabral. Não foi possível precisar o dia, mas foi na década de 50, presume-se que em 1958.

Esse time, formando, da esquerda para a direita, em pé, com: Bibito, Perigoso, Guloso, Sabá, Aristeu e Expedito; agachado na mesma ordem com João Leite, Mafra, Palito, Edésio e Avertino, enfrentou nesse dia o Nacional de Manaus no Estádio Municipal Glycério Marques e conseguiu empatar de zero a zero contra o Campeão Amazonense, honrando as tradições do futebol amapaense, como consta na dedicatória da foto de mais de 60 anos atrás. Bibito, Guloso, Expedito, Sabá, Aristeu, João Leite, Perigoso, Avertino  Palito, Edésio e Mafra subiram; zagueiro Expedito Dias brilhou no futebol amapaense, pelo Macapá, e no futebol paraense, vestindo a gloriosa camisa do Clube do Remo, e é até hoje lembrado pela torcida azulina de Belém do Pará. Palito chegou a fazer teste no Vasco e por isso era considerado por muitos como o Pelé Branco do Futebol amapaense.

Via Facebook

terça-feira, 21 de junho de 2022

MEMÓRIA DA CIDADE DE MACAPÁ: ACADEMIA AMAPAENSE DE LETRAS, 69 ANOS DE FUNDAÇÃO

Há exatos 69 anos, era fundada em Macapá, a Academia Amapaense de Letras.

ACADEMIA AMAPAENSE DE LETRAS

(*) Por Nilson Montoril

               Estimulados por membros da Academia Paraense de Letras, notáveis servidores públicos do Território Federal do Amapá decidiram fundar um Silogeu com as mesmas finalidades da congênere parauara, na cidade de Macapá. Isso ocorreu no dia 21.6.1953, comemorando a passagem do aniversário do escritor Machado de Assis. Surgia dessa forma, a Academia Amapaense de Letras, uma entidade civil, sem fins lucrativos, que tem por finalidade implementar o desenvolvimento literário,cultural,cientifico e artístico do Brasil,conforme o estabelecido em suas normas internas. Decorrente de sua própria natureza, a Academia Amapaense de Letras funcionará por prazo indeterminado. Com sede e foro na cidade de Macapá, a AAL tem três categorias de sócios: titulares, correspondentes e honorários. Apenas o sócio titular goza do direito de votar e ser votado. A admissão de sócio titular, de caráter efetivo e perpétuo, dar-se-á por eleição, em escrutínio secreto, entre candidatos de qualquer sexo, inscritos previamente para preenchimento de vagas abertas com o falecimento de ocupantes anteriores, de uma das cadeiras indicadas no parágrafo 2º do Art. 4, ou que tenha mudado de categoria, ou abdicado de ser acadêmico, que tenha trabalhos publicados ou não, de reconhecido valor literário, cultural, cientifico, artístico ou histórico. Cada cadeira terá um patrono reconhecido como vulto ligado a história e cultura do Amapá. A solenidade de fundação do Silogeu amapaense aconteceu na sala de estudos da Biblioteca “Clemente Mariani”, do Grêmio Literário e Cívico Rui Barbosa, entidade constituída por estudantes do então Ginásio Amapaense, instalada no Grupo Escolar Barão do Rio Branco.

              Os sócios fundadores foram: Benedito Alves Cardoso (Presidente), Gabriel de Almeida Café (Secretário), João Elias de Nazaré Cardoso, Nelson Geraldo Sofiatti, Heitor de Azevedo Picanço (Bibliotecário), Amilcar da Silva Pereira (Tesoureiro), Uriel Sales de Araújo, Célio Rodrigues Cal, Oton Accioli Ramos, Mário de Medeiros Barbosa, Lício Mariolino Solheiro e Jarbas Amorim Cavalcante. Cinco sócios honorários foram distinguidos: Diniz Henrique Botelho, Altino Pimenta, Deputado Coaracy Nunes, Dr. Hildemar Pimentel Maia e tenente coronel Janary Gentil Nunes, governador do Amapá. A instalação do colegiado e a posse de seus membros aconteceu no dia 5 de julho. Os sócios fundadores exerciam o magistério do Ginásio Amapaense. Em pouco tempo a entidade deixou de atuar regularmente e nenhum trabalho de estruturação foi realizado. No inicio do ano de 1989, fui procurado pelo Dr. Georgenor Franco Filho, Juiz do Trabalho de Macapá e membro da Academia Paraense de Letras, que demonstrou interesse em soerguer o Silogeu e gostaria de contar com minha ajuda. Tinha tratado do assunto com o advogado Antônio Cabral de Castro, que lhe falou a meu respeito.

                Eu exercia a Presidência do Conselho Territorial de Educação e pude dispor do plenário do órgão para a realização da reunião preparatória visando à organização da Academia Amapaense de Letras. 

Na solenidade de posse dos membros da Academia Amapaense de Letras, ocorrida no Salão Nobre do Palácio do Setentrião, em agosto de 1988, o Governador Jorge Nova da Costa faz uso da palavra para enaltecer a bela iniciativa e desejar sucesso ao Silogeu. Á sua direita vemos o Juiz do Trabalho, Dr. Goergenor Franco Filho.Á esquerda, vislumbramos o Professor e Adm. Nilson Montoril de Araújo, Presidente da novel instituição.

No dia 31 de agosto, às 20h:30min, na Sala de Sessões Plenárias Mário Quirino da Silva, estiveram reunidos: Georgenor de Souza Franco Filho, Nilson Montoril de Araújo,Antônio Cabral de Castro,Dagoberto Damasceno Costa,Estácio Vidal Picanço,Fernando Pimentel Canto e Manuel Bispo Corrêa. Analisamos um modelo de estatuto apresentado pelo Dr. Georgenor, relacionamos os patronos das cadeiras e decidimos que, inicialmente a Academia funcionaria com apenas 20 sócios titulares, salvaguardando-se o direito dos sócios fundadores. Dentre eles, somente Heitor de Azevedo Picanço residia em Macapá. Posteriormente, outros valores literários foram incorporados ao grupo, que ficou constituído por 22 membros. Até o presente momento, 12 sócios faleceram: Alcy Araújo Cavalcante, Aracy Miranda de Mont’Alverne, Estácio Vidal Picanço,Hélio Guarany Pennafort, Elfredo Távora Gonçalves, Jorge Basile,Arthur Nery Marinho,Heitor de Azevedo Picanço,Isnard Brandão Filho,José de Alencar Feijó Benevides, Amaury Guimarães Farias e Antônio Munhoz Lopes. Os sócios restantes são: Nilson Montoril de Araújo, Georgenor Franco Filho, Antônio Cabral de Castro, Antônio Carlos Farias, Paulo Fernando Batista Guerra, Dom Luiz Soares Vieira, Dagoberto Damasceno Costa, Fernando Pimentel Canto, Manoel Bispo Correa e Luiz Alberto Guedes. Dia 12 de setembro, no Salão Nobre do Palácio do Setentrião, em sessão presidida pelo Governador Nova da Costa, 15 acadêmicos tomaram posse.

                A posse da primeira diretoria se deu no dia 17 de outubro: Presidente, Nilson Montoril de Araújo; Vice-Presidente, Dom Luiz Soares Vieira; Secretária, Aracy Miranda de Mont’Alverne; Tesoureiro, Antônio Carlos da Silva Farias;Diretor de Biblioteca, Dagoberto Damasceno Costa;Comissão de Contas:Antônio Cabral de Castro,Antônio Munhoz Lopes e Paulo Fernando Batista Guerra.Infelizmente, o euforismo inicial cedeu lugar a acomodação da maioria dos sócios.Isso gerou sérios problemas para o pleno funcionamento da instituição. Podendo deliberar com a presença de pelo menos 5 membros, o Silogeu raríssimas vezes atingiu este número.Na sexta-feira,dia 22 de maio, apenas os acadêmicos Montoril,Guerra e Munhoz marcaram presença a uma reunião solicitada por um dos sócios,que não compareceu. Mesmo assim, apreciações importantes foram feitas e deverão ser discutidas com demais sete acadêmicos, se eles aparecerem ao próximo encontro. A Academia Amapaense de Letras está em perfeitas condições para funcionar. Para fazê-lo plenamente, basta que os sócios restantes pensem seriamente na instituição e não nos seus interesses individuais.

(*) Presidente da Academia Amapaense de Letras (2022)

segunda-feira, 20 de junho de 2022

MEMÓRIA DA MACAPÁ DE OUTRORA: O MESTRE JOAQUIM ERA UM LUXO!

Trago hoje para os leitores do blog Porta-Retrato – Macapá, um texto publicado, inicialmente, há cinco anos, no domingo 18 de junho de 2017, no Grupo MMM (Meio do Mundo Macapá), onde o cronista João Silva, destaca a simplicidade e a maneira peculiar do trajar desse ilustre amapaense - Mestre Joaquim Miguel Ramos, um dos cinco filhos de Julião Tomaz Ramos, o Rei Negro do Marabaixo.

CRÔNICA - O MESTRE JOAQUIM ERA UM LUXO!

Por João Silva

Começo pelo começo. O Mestre Joaquim Ramos, filho de Julião Ramos, o Rei Negro do Marabaixo, era um luxo de simpatia, doce, um cara diferente, um gentlemen, gente fina.

Eu o conheci bem: ele era um operário surreal, depois eu explico. Trabalhava na Usina de Força e Luz, ao lado da casa dos Picanço e Silva. Por muitos anos foi freguês de caderno, comprava mantimento pra pagar por mês na mercearia do velho Duca Serra - 'Negro correto' - papai vivia dizendo, e eu vivia ouvindo o que dizia sobre freguês pontual no pagamento da despesa mensal. Era sair a grana do pessoal da Usina, o mestre Joaquim vinha pagar o que devia, diferente de uns e outros que davam trabalho ao velho Duca.

Precisava ver como chegava pra trabalhar na termoelétrica que acendeu o primeiro bico de luz no Amapá, aliás um ambiente cheio de graxa, barulho, fumaça, água quente, óleo queimado saindo dos filtros e motores...Vinha todo no linho, impecável, surreal para um trabalhador do pesado: calça, camisa, sapato, tudo branco, na pinta como se fosse a um casório.

Então tirava aquele traje 'de gala', vestia a roupa de trabalho que trazia na sacola...Quando saía do serviço, vestia de volta a roupa com que chegara.

Joaquim Ramos e Duca Serra eram tão amigos, que papai o lisonjeou com um convite que aceitou na hora: virar padrinho de batismo de um dos seus filhos, Paulo Sérgio, hoje médico pneumologista.

Claro que a áurea desse afrodescendente ilustre, exímio tocador de caixa de marabaixo,  também brilhou nas noites de festa do Laguinho.

Olha ele aí com Francisca Venina da Trindade escancarando aquele sorrisão de 'dindinho' do mano Tachachado...Imagino o que essas duas figuras iluminadas do Laguinho e do marabaixo estariam conversando antes de nos deixar...Coisa triste não era!

Via GRUPO MMM (MEIO DO MUNDO MACAPÁ) - Facebook

domingo, 19 de junho de 2022

FOTO MEMÓRIA DE MACAPÁ: RARIDADE HISTÓRICA: ANTIGOS CAMINHÕES DE ALUGUEL

Encontrei na grande rede, esta preciosidade postada pelo amigo Luiz Nery, que hoje comanda o lendário Bar Du Pedro.

Uma foto emblemática de grande relevância, para a memória de nossa Macapá.

Não podemos precisar a data, mas, tudo nos leva a crer que esse registro fotográfico, que é uma raridade histórica, seja do final dos anos 50 ou início da década de 60.

Nas imagens vemos, em primeiro plano, cinco caminhões de aluguel estacionados na área da Esplanada da Fortaleza de São José. Os veículos são de diversas marcas e venciam a concorrência com as carroças de tração animal, quando a carga a ser transportada era mais volumosa e pesada. Bem atrás dos mesmos podemos observar o telhado do Cliper Bar, que se constituía numa parada de ônibus. Mais atrás vemos o Mercado Central, um prédio de muita importância na venda de carne bovina, suína, peixes, verduras, lanches, além de secos e molhados. O Mercado foi inaugurado a 13/9/1953 e sua área frontal passou a ser denominada Praça Manuel Theodoro Mendes, Comandante da Fortaleza e Intendente Municipal de Macapá, entre 1896 e 1905.

Foto: Álbum da família Maciel Pires

Via Paneiro de Lembranças - Facebook - (Com informações de Nilson Montoril)

sábado, 18 de junho de 2022

MEMÓRIA DE MACAPÁ: Sepultamento de Herádito de Azevedo Coutinho, filho do Coronel Matheus de Azevedo Coutinho.

Encontrei na grande rede, uma foto memória de relevância histórica publicada pelo professor e escritor João Wilson Savino Carvalho, que tomo a liberdade de reproduzi-la no blog Porta-Retrato-Macapá.

Segundo a legenda trata-se do registro da cerimônia de sepultamento de Herádito de Azevedo Coutinho, membro de tradicional família macapaense, filho do Coronel da Guarda Nacional Matheus de Azevedo Coutinho. Casado com Dona Raimunda Almeida Coutinho, pai de Raimundo, Hugo, Mariquinha, Dulce, Mirtes, Matheus e José. Ocupou o cargo de Secretário Municipal nas Prefeituras de Mazagão (na época em que o prefeito era Francisco Torquato/1943 a 1946) e Macapá. Tio da Professora Raimunda Mendes Coutinho, a Guíta, Palmira e José Mendes. Grande amigo da família do historiador Nilson Montoril. A Mariquinha(Maria) é a única filha viva do Seu Herádito. Tem 97 anos.

A foto sem data definida, mostra nas imagens, em primeiro plano, Dr. João Telles e Sr. Francisco Torquato de Araújo, conduzindo o corpo do bisavô dos filhos de João Wilson, à sua última morada. Ruth, primeira esposa de João Wilson é uma das filhas de Matheus, já falecido.

João Wilson lembra ainda, que Matheus de Azevedo Coutinho é a denominação de uma das mais curtas avenidas do centro de Macapá.

Via Facebook (Com informações de Nilson Montoril)

terça-feira, 7 de junho de 2022

MEMÓRIA DA ELETRICIDADE AMAPAENSE: SEGUNDA USINA DE FORÇA E LUZ DE MACAPÁ (CORREÇÃO E ATUALIZAÇÃO)

O historiador Nilson Montoril de Araújo, publicou em sua página na Rede Social,  uma observação de grande valia para a Memória da Eletricidade do Amapá. 

FOTO REVELADA INVERTIDA

Por Nilson Montoril

A fotografia da 2ª Usina de Força e Luz, que tomei emprestada do João Lázaro, teve sua configuração alterada no momento em que foi revelada. Esse cenário eu conheci muito bem. Ao lado da Usina ficava a Garagem Territorial e, a exemplo dos outros meninos da Matriz, eu gostava de ver os mecânicos do governo consertando os carros que apresentavam defeito. A Garagem ficava do lado direito da Usina, na área que aparece tomada pelos "refrigeradores dos motores". Na verdade, a estrutura de madeira que aparece à direita da foto ficava no lado esquerdo, bem perto da cerca do quintal do casal Duca Serra e Antonica Picanço. No cimo da estrutura, que parecia uma torre feita de gamelas, havia um cano, uma espécie de ladrão, por onde o excesso de água era jogado fora. A molecada tomava banho com essa água. Tempo bom, porque eu jogava bola no campo dois da Praça Veiga Cabral e depois corria pra Usina, a fim de tomar um refrescante banho. No dizer do sertanejo: "pra que coisa mais melhor." Naquele tempo, em todos os órgãos públicos hasteavam a Bandeira do Brasil, como podemos ver na fotografia.
Via Facebook
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NOTA DO EDITOR:
Agradecemos a colaboração do Nilson por nos dar a oportunidade de corrigir uma falha histórica e evitar assim a informação equivocada sobre a Memória do Amapá!
A foto já foi colocada na posição correta. 
(João Lázaro)

segunda-feira, 6 de junho de 2022

MEMÓRIA DA CIDADE DE MACAPÁ: MÁRIO HENRIQUE DA SILVA – O BOLA

Trazemos hoje para o leitores do blog Porta-Retrato - Macapá, um texto do jornalista João Silva, narrando um pouco da vida de Mário Hilton Henrique da Silva, um ilustre personagem amapaense que lutou, venceu e morreu precocemente:
A HISTÓRIA DE UM GAROTO POBRE 
Por João Silva 
Mario Hilton Henrique da Silva, mais conhecido como Bola nasceu em Macapá, em 02 de março de 1952, filho de Maria Perpétua de Sousa Silva e Hamilton Henrique da Silva; faleceu em 1999 com 47 anos de idade, deixando muita saudade no seio da sua família e vasto círculo de amigos. Desde muito pequeno o filho do piloto Hamilton Silva trabalhou duro nas ruas de Macapá lavando carros, consertando pneus de veículos na via pública; na sua mocidade Bola sempre tinha uma grana no bolso para prover suas necessidades; de dia trabalhava nas ruas, mas à noite estudava no GM (Ginásio de Macapá), infelizmente muitas dificuldades o impediram de concluir seus estudos, conta a filha Heleni. Mas nada conseguiu parar aquele jovem de pouca estatura diante da paixão pelo esporte, pelo basquetebol; Bola tinha baixa estatura, mas tinha as mãos certeiras! Foi um grande cestinha do basquetebol amapaense. Começou brilhando nos Jogos Escolares, mais tarde jogou no Trem Desportivo Clube, no América do Pedro da Lina, no Esporte Clube Macapá e na Seleção Amapaense; era um jogador que empolgava a torcida quando estava em quadra, lembra Celso Façanha que foi um dos maiores alas do basquetebol tucujú nos anos 60 e 70. A filha Heleni falando saudosa sobre o pai, lembra que um dia, depois do seu trabalho na rua, conheceu o dono do Cartório Jucá que o convidou para trabalhar na firma, tornando-se depois de algum tempo primeiro oficial de títulos daquele estabelecimento; sua função era protestar os títulos que lá estavam, o que fazia com enorme dedicação. Bola casou-se muito cedo com a dona Maria Rute Monteiro da Silva, e o casal foi morar na Av. Almirante Barroso 3003 – Bairro do Alvorada; tiveram cinco filhos: 4 mulheres e 1 homem: Helaine Monteiro da Silva, Hamilton Henrique da Silva Neto, Heliane Monteiro da Silva, Helenir Monteiro da Silva e Helen Monteiro da Silva; ao falecer em 1999, deixou viúva Dona Maria Rute, professora do governo federal, que se encarregou de criar seus filhos, encaminhando todos na vida, sem perder nenhum deles. 
Entre filhos e netos, ela se orgulha de ter professores, advogada, gerente de loja, secretária executiva, gente que trabalha e honra a memória do trabalhador de rua que foi oficial de títulos do Cartório Jucá e nas quadras deu muitas alegrias ao basquetebol do Amapá.
No registro abaixo, em preto e branco, da esquerda para a direita, Bola é o quarto agachado, ao lado de Jorge Barcessat, outro craque do bola-ao-cesto amapaense que faleceu este ano(2022).
A partir da esquerda em pé: 1 e 2 não reconhecidos, 3-Mário Cuia, 4-Antônio Chagas e 5-Jorge Récio. 
Agachados: 1-?, 2-Antônio de Pádua (Patinhas), 3-Jorge Basessat, 4-Bola e 5-Zezão Ardasse. Técnico: Antenor Epifânio Martins (Pigmeu)
Fotos coloridas: Arquivo da família
Via Facebook

domingo, 5 de junho de 2022

RADIALISTA CARLOS LINS CÔRTE: QUARENTA E HUM ANOS DE SUA MORTE....SAUDADES!

PAQUI, CARLITO, BAIÃO CAÇULA
Por Nilson Montoril
No dia 5 de junho de 1981, às 21 horas e 20 minutos, um câncer pertinaz, provavelmente provocado por radiação, ceifou a vida do técnico de rádio Carlos Lins Côrte.Nascido em Belém, no dia 7 de julho de 1937, Carlito foi gerado pelo casal Carlos Cantidio Côrte e Erotildes Lins Côrte. No seio da família Côrte, ele tinha apelido de Paqui, usado, principalmente, pela irmã Consolação. Os demais familiares usavam o apelativo Carlito. Entre seus colegas radialistas, ele ganhou um apelido bem pitoresco, "Baião Caçula".
Carlito tinha 21 anos quando iniciou seu trabalho na Rádio Difusora de Macapá, em 1954, na condição de auxiliar técnico de Raimundo Veras, Manuel Veras e Mariano, pessoal que lidava com o transmissor de onda média e demais equipamentos da emissora governamental. A dedicação do Carlito era tão marcante, que ele chegava a dormir no prédio do trasmissor, para poder desligá-lo ao final da jornada diária e religá-lo às 5 horas da manhã, iniciando a irradiação da ZYE 2.
Tanto agia como técnico de transmissor, como lidava muito bem com a mesa de som. Por ser franzino e ter baixa estrutura, ganhou o apelido de "Baião Caçula", música que fazia grande sucesso em 1954. A marcante e apaixonada atuação do Carlito, na Rádio Difusora, se estendeu até o momento em que ficou impossibilitado de trabalhar. Foram 37 anos de abnegação. Aos domingos, usando uma aparelhagem de som da RDM, animava as manhãs festivas no Salão de Recreio da Piscina Territorial.
À tarde, cuidava da parte técnica que ele instalava no Estádio Glycério de Souza Marques, usada nas transmissões futebolisticas, realizadas via linha telefônica. Raras vezes foi substituído por Miguel Ramos, Luciano Amaral e Edyr Peres. No período em que Integrei a equipe de esportes da Rádio Difusora, narrando jogos de futebol, nem sempre o som da transmissão chegava ao estúdio sem interrupções. O problema decorria do fato da linha telefônica ser antiga e quebrava no trecho que passava entre mangueiras. Isso ocorria durante o inverno, por causa dos ventos e as sacudidas dos galhos. No Jeep da RDM constantemente havia pedaços de fios de telefones e rolo de fita isolante. O encargo de consertar a linha era do Edyr Peres, discípulo do Baião Caçula.
Carlito foi um dos baluartes da Difusora e sobejamente estimado por seus confrades. No plano reprodutivo, Carlito não brincou em serviço.
Foi casado com Terezinha Silva Côrte e gerou nove filhos: Maria Socorro, Célia Maria, Odete Maria, Carlos Cantidio Neto, Carmem Florência, Carlinda Maria, Thais, Célio Carlos e Carlinda Terezinha. Antes do casamento, relacionou-se com Antônia do Carmo e teve um filho, registrado como Antônio Carlos. Seus irmãos também são numerosos:Maria Célia Côrte de Castro, Maria Carmélia Côrte Pimentel, Maria da Consolação Lins Côrte, Maria Celi Côrte Oliveira, Maria do Carmo Lins Côrte e João Carlos na Lins Côrte. No bairro Infraero, zona norte de Macapá, a rua principal leva o nome do saudoso amigo: Carlos Lins Côrte. Baião Caçula também jogou futebol, inclusive realizando jogos da Segunda Divisão do Campeonato Amapaense de Futebol. Foi integrante do Guarany Atlético Clube. Não foi um craque da pelota,mas não comprometia a atuação do Bugre Laguinense.
Via Facebook

sábado, 4 de junho de 2022

MEMÓRIAS DA CIDADE DE MACAPÁ: TRAPICHE “ELIÉZER LEVY”

O VELHO TRAPICHE “ELIÉZER LEVY”

Por Alcinéa Cavalcante

O velho Trapiche Eliézer Levy, de muitas histórias, causos e lendas.

Nele atracavam embarcações de bandeiras de vários países e os gringos aproveitavam para tomar um sorvete, servido em taça de inox pelo famoso garçom Inácio, no Macapá Hotel.

Era desse trapiche que saíam os navios com destino a Belém. No final das férias iam lotados de universitários que voltavam para as faculdades (não havia ensino superior no Amapá).

Nas tardes de domingo o velho trapiche era a passarela da juventude. Depois da sessão da tarde nos cines João XXIII e Macapá os jovens iam como em procissão passear ali. Era um passeio obrigatório.

À noite era comum ver na ponta do trapiche um pescador solitário. Um pescador de peixes, ou de estrelas, ou de poesia ou de raios da lua.

A foto é do tempo em que ainda existia a tão cantada em verso e prosa “Pedra do Guindaste” de muitas lendas. Uns diziam que meia noite a pedra se transformava num navio de ouro maciço enfeitado com diamantes e esmeraldas. Outros contavam que era uma princesa encantada. E tinha gente que jurava ter visto “com esses olhos que a terra há de comer” a pedra se transformar em princesa quando o relógio marcava meia-noite em ponto.

Um dia colocaram a imagem de São José, padroeiro de Macapá, em cima da pedra. Pouco tempo depois um navio chocou-se com ela destruindo-a. 
No lugar foi construído um pedestal de concreto para São José, colocado de costas para a cidade, mas abençoando todos que aqui chegam pelo majestoso rio Amazonas.

A imagem do santo padroeiro é uma obra de arte do escultor português Antônio Pereira da Costa. Ele também esculpiu os bustos de Tiradentes (na Polícia Militar) e Coaracy Nunes (no aeroporto) e os leões do Fórum de Macapá (atual sede da OAB).

ATUALIZAÇÃO: 

Espaço na cabeceira do trapiche será expandido — Foto: PMM/Divulgação

De acordo com a Secretaria de Obras e Infraestrutura Urbana foi elaborado um novo projeto arquitetônico que prevê 4 pontos de observação inspirados nos baluartes da Fortaleza de São José de Macapá; o Trapiche Eliézer Levy, na orla do Rio Amazonas, passará por um processo de revitalização e ampliação.

O ponto turístico que foi fechado para reforma há pelo menos 6 anos, voltou a ser aberto em 2018 mas novamente foi interditado.

O governo do Amapá passou a responsabilidade do local para a prefeitura de Macapá em julho de 2021, por meio de um termo de concessão, com a autorização para o uso do espaço por 20 anos.

Trapiche Eliézer Levy, na orla de Macapá, no Amapá — Foto: Maksuel Martins/GEA/Divulgação

A obra integra o projeto Orla Viva, que prevê a revitalização de toda a frente da cidade.

Com o projeto será feita a reforma de toda a base já existente e do restaurante que fica na cabeceira, mas haverá novidades como a ampliação do deck, instalação de iluminação em "led" e píer que permitirá que pequenas embarcações atraquem.

Trapiche Eliézer Levi será reformado com arquitetura inspirada nos baluartes da Fortaleza de São José de Macapá — Foto: PMM/Divulgação

Será um espaço livre para feiras e eventos culturais.

Com a iniciativa, será possível reavivar a memória da população, que vê no trapiche a representação de parte da cultura e da história macapaense. (G1)

quarta-feira, 1 de junho de 2022

MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO AMAPAENSE: 60 ANOS DA ESCOLA ESTADUAL BARROSO TOSTES

Há 60 anos, em 1º de junho de 1.962, era inaugurada em Santana-AP, a E. E. Prof. José Barroso Tostes, uma homenagem ao Professor José Barroso Tostes, do governo do Dr. Raul Montero Valdez e secretário de educação o prof. Lucimar Amoras Del Castillo. A Escola recebeu o nome de GRUPO ESCOLAR PROFESSOR JOSÉ BARROSO TOSTES, tendo como primeira diretora a professora Gentila Anselmo Nobre. Nesta época a escola tinha apenas 03 salas de aula e funcionava apenas o Ensino de 1ª à 4ª séries primárias em dois turnos, num simples prédio tipo bandola. Entre 1974 a 1983 foi implantada a 5ª série, e passou a Escola de 1º Grau Professor José Barroso Tostes. Em 1984 foi implantado o Ensino Médio, 1º ao 3º Ano. Hoje a escola é registrada com o nome de ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ BARROSO TOSTES, funcionando com três modalidades de Ensino: ENSINO FUNDAMENTAL (8ª série), ENSINO MÉDIO INOVADOR, ENSINO MÉDIO REGULAR, NOVO ENSINO MÉDIO  e ENSINO MÉDIO INTEGRADO TÉCNICO EM INFORMÁTICA.

A E. E. Prof. José Barroso Tostes, fica situada na Av. Sete de Setembro, 186 – Área Central, Santana – AP

Fonte: Blog da escola

Foto Memória de Macapá: Janary Nunes e os motoristas

Por Nilson Montoril

Ciente de que os motoristas desempenhariam um marcante trabalho no desenvolvimento do Território Federal do Amapá, o capitão Janary Nunes lhes deu amplo apoio e os orientou a tratar com muito respeito, os habitantes da zona rural. 

Mesmo os locais ainda desprovidos de estradas deveriam ser acessados através de caminhos abertos nas áreas de cerrado. Nós lugares onde houvesse o mínimo de quinze crianças em idade escolar, o governo foi construindo escolas isoladas mistas, com turma reunindo meninos e meninas, com aulas ministradas por, pelo menos um professor ou uma professora. Na zona rural de Macapá, onde morava a maior parte dos munícipes, os professores(as) leigos prontificaram. Eles não tinham formação pedagógica, mas possuíam bom nível educacional. Cada professor(a) passava dois anos no interior, vindo para Macapá após esse período. As professoras pedagógicas, fornadas na Escola Normal de Belém, atuaram, inicialmente, nos Grupos Escolares de Macapá, Amapá e Mazagão. Depois, trabalharam nas sedes dos demais novos município, Oiapoque(1945) e Calçoene(1957). Muitas professoras leigas obtiveram qualificação pedagógica no Curso Normal Regional, que depois evoluiu para Escola Normal e Instituto de Educação. Cito como exemplo de casamento alicerçado no convívio de professora e motorista, o celebrado entre Maria Isaias de Castro Araújo com o meu tio paterno Gilberto Jucá de Araújo. Ele a conheceu quando ela lecionava e morava na Escola Carombert Pereira da Costa, na localidade de Ilha Redonda. O patrono da escola foi Ministro da Guerra, do presidente Getúlio Vargas. 

Foto: Acervo de /Amiraldo /Bezerra

Na foto acima (1966), Janary Nunes aparece entre motoristas que o apoiavam politicamente. 

Via “Paneiro de Lembranças” - Facebook

Nota do Editor: 

Janary Gentil Nunes(de branco) e Dr. Dalton Lima(de óculos) em meio a motoristas e inúmeros populares pioneiros.

Atrás do Coronel Janary  o comerciante Wadih El Achi, da Casa do Linho Puro no Mercado Central; entre o Cel. Janary e Dr. Dalton estão o Sr. Armindo Zagalo (pai do professor Carlos Zagalo), um dos primeiros motoristas do Governo do Amapá  e atrás o Sr. Otaciano Bento Pereira (fundador do Jornal do Dia); do outro lado o Sr. Alfredo La Roque (marido da Bebé (tacacazeira) e pai do Sérgio e do Abél La Roque); no canto direito o ex-policial e atleta Quarentinha; e ao fundo (de bigodinho) o açougueiro Mafra que trabalhava no Mercado Central.

Também aparece na foto, de óculos, o Sr. Wilson Malcher, que trabalhou por muitos anos nos Correios.

Fotos: Arquivo do blog

ATUALIZAÇÃO: Post repaginado e atualizado 

MEMÓRIA DA CULTURA AMAPAENSE > DONA VENINA, GRANDE DAMA DO MARABAIXO DO AMAPÁ

Tia Venina marcou a história das mulheres da família e do Quilombo do Curiaú, situado na Zona Rural de Macapá. A sua trajetória é uma inspir...