quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

MEMÓRIA DA GUARDA TERRITORIAL: INSPETOR ANTÔNIO DE SOUZA OLIVEIRA

O sagitariano Antônio de Souza Oliveira, o quarto de 6 filhos do casal Raimundo Manços de Oliveira e Maria de Souza Oliveira (falecidos), nasceu dia 24 de novembro de 1928, um sábado, na ilha de Breves, Município de Afuá/PA.  Iniciou o curso primário no Grupo Escolar de Afuá e o concluiu no Grupo Escolar Augusto Montenegro, no bairro do Telégrafo, em Belém. Em Macapá, onde chegou em 05 de outubro de 1952, fez o curso Básico Comercial e posteriormente o Curso Técnico em Contabilidade, ambos, no Colégio Comercial do Amapá-CCA. Em complementação fez o Curso de Educação Física, que o credenciou a atuar como professor dessa área, na Secretaria de Educação do antigo Território Federal do Amapá. Foi Professor de Educação Física na Escola Coaracy Nunes. Antônio Oliveira, possuía conhecimentos musicais por ter sido aluno da Escola de Música do mestre Lavico, na cidade de Afuá, onde aprendeu a tocar pistom, trompete e bombardino. Era um exímio pistonista e conhecia com segurança a teoria musical, lia e escrevia música. Sua entrada para a Guarda Territorial foi intermediada por seu irmão Adamor Oliveira, que o apresentou ao Inspetor Miguel Alves da Silva, maestro da Banda de Música da corporação no Amapá. Submetido a um teste de conhecimentos foi aprovado e contratado de imediato. Fez curso interno para o cargo de Inspetor da Guarda Territorial e foi classificado em primeiro lugar; o inspetor da Guarda Territorial era equivalente a Sargento no militarismo. Passou a ser então, o Sub-regente da Banda de Música da GTA.

Após a extinção desta, exerceu as funções de Delegado de Polícia Civil e Comandante do Grupamento de Combate a Incêndio-GRUCI, hoje Corpo de Bombeiros Militar.
Como profissional da música, no campo particular organizou um conjunto musical, denominado “Os Tropicais”, o qual, durante muitos anos, animou festas em Macapá, Santana, Porto Grande, Serra do Navio, Porto Platon, Afuá, Ilha Viçosa e outros lugares adjacentes. O Sr. Antônio Oliveira professava a religião católica; era Maçon da Loja Acácia do Norte, onde chegou ao grau de Venerável Mestre. 

Inspetor Antônio Oliveira constituiu família ao unir-se em matrimônio com Maria Yolanda do Nascimento Oliveira. Na época as cerimônias civil e religiosa eram realizadas em horários e locais diferentes. No sábado, 23 de novembro de 1957, às 15 horas, no Fórum de Macapá, (antigo Fórum dos Leões) aconteceu a cerimônia civil, e a religiosa, às 17 horas do mesmo dia, na Igreja N.S. da Conceição, no bairro do Trem. Dessa união nasceram 8 filhos, sendo 4 homens e 4 mulheres: pela ordem Carmem Sílvia, Edna Lúcia, Telma Sueli, Ana Iza, Paulo Antônio (in memoriam), Carlos Eduardo, Márcio Aurélio e Fábio Luís. Antônio Oliveira era um cidadão honesto, solidário, obstinado com seus projetos; um pai amoroso, cuidadoso, carinhoso, atencioso e severo na disciplina com os filhos; com seus 8 netos foi um avô dedicado e muito amoroso. Inspetor Antônio Oliveira faleceu em Macapá, aos 61 anos, dia 28 de novembro de 1989, vítima de câncer no pâncreas, e seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério São José, no bairro Santa Rita, em Macapá. Dona Yolanda, viúva, aos 87 anos, continua lúcida sob cuidado dos filhos, residindo no mesmo endereço na Av. Feliciano Coelho, bairro do Trem.

Fonte consultada: Para montagem desta biografia contamos com a colaboração especial da amiga Edna Oliveira, uma das filhas do biografado, que prestou apoio ao nosso colega Édi Prado, em Macapá, na coleta de dados e fotos para composição da matéria, a quem agradecemos.

(01/02/2024 - Atualizado às 09h35)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

MEMÓRIA DA GUARDA TERRITORIAL - INSPETOR ÍTALO MARQUES PICANÇO

O Guarda Territorial Ítalo Marques Picanço, nasceu dia 01 de abril de 1919, na cidade de Macapá, quando este município pertencia ao Estado do Pará. Muito novo ainda, aos 5 anos de idade, ficou órfão de seu pai Sr. Raimundo Tomé Calixto. Em razão disso, foi morar na casa de seu tio, o vereador João Batista Picanço. (Não está informado na forte pesquisada o nome da genitora dele). Menino de uma família muito pobre, mesmo assim completou o curso primário nas escolas de Macapá. Vislumbrava ingressar na vida militar. Com este propósito, em 1942, viajou até Belém do Pará, e se apresentou no Posto de Recrutamento Militar – PRM, do vizinho estado. Serviu como soldado, enquanto aguardava vaga para entrar na Força Expedicionária Brasileira - FEB, mas não obteve êxito nos exames e foi mandado de volta para o Território Federal do Amapá, sendo admitido no quadro de funcionários do governo do Amapá, no dia 04 de dezembro de 1944, como integrante da Guarda Territorial do Amapá.

Desfile de 7/09/1963, em Macapá 

Após alguns anos, foi readaptado para a função de inspetor (1966), até galgar ao grau de Comandante da Corporação.

Foto tirada há 74 anos por Roberto Maia, repórter-fotográfico da Revista “O Cruzeiro” e publicada na edição de 04 de novembro de 1950, mostra imagem do Inspetor Ítalo Picanço na função de municiador, quando coloca a bala, em um dos canhões da velha Fortaleza de São José de Macapá.

O GT Ítalo sofreu, em 1956, um acidente grave na Fortaleza, quando participava de solenidade com disparos de canhão, durante comemorações alusivas à Semana da Pátria, um 7 de setembro. O incidente, de extrema gravidade, ocasionou sérias lesões com queimaduras por todo o corpo do Inspetor, que, desacordado, teve que ser levado às pressas para Belém-PA, e lá permaneceu, por quase um mês, na Santa Casa de Misericórdia, em tratamento de saúde. Após esse período, o Inspetor Ítalo assumiu o comando da Guarda Territorial. Decreto assinado pelo Governador Ivanhoé Gonçalves Martins, concedeu aposentadoria ao servidor Ítalo Marques Picanço, ocupante do cargo de Inspetor da Guarda Territorial, a contar de 30 de janeiro de 1967. Inspetor Ítalo já é falecido, mas na fonte não há registro da data de tal ocorrência.

FONTE: Texto elaborado com base em dados constantes no Livro Memória da Briosa Guarda Territorial do Amapá / Verônica Xavier Luna, Elke Daniela Rocha Nunes, Bruno Markus dos Santos de Sá. - Macapá: Editora UNIFAP, 2023.

domingo, 14 de janeiro de 2024

MEMÓRIA DO FUTEBOL AMAPAENSE: CRAQUES IRMÃOS FAUSTINO E JANGITO

Amigo João Silva compartilha em sua rede social um registro memorável de “dois campeões, dois irmãos, dois craques que deram muitas alegrias ao torcedor amapaense: o quarto-zagueiro Faustino e o centroavante Jangito. A foto é dos anos 60, quando os dois irmãos bons de bola foram campeões pelo CEA Clube, antes de se transferirem para o futebol paraense, para o Clube do Remo. Faustino foi titular absoluto e jogou mais tempo no Leão Azul, Jangito jogou menos; depois foi levado para o futebol acreano onde brilhou intensamente atuando pelo Juventus e Independência. Jangito começou no campinho da Matriz, no Juventus Esporte Clube..., fundado pelos padres do PIME. Faustino, depois do Remo, foi jogar no futebol amazonense, pelo Nacional e SulAmérica, sagrando-se bicampeão amazonense de futebol; o quarto-zagueiro clássico faleceu em 1998 em Manaus, como funcionário da Andrade Gutierres; João do Carmo Tavares, o Jangito é economista, e funcionário aposentado do Banco do Brasil; na ativa chegou a assumir a gerência local do BB, e depois que pendurou as chuteiras virou técnico da Sociedade Esportiva e Recreativa São José; era um atacante inteligente, de chute forte, artilheiro nato; é casado, tem filhos, está vivo, vai completar 81 anos e mora com a família em São Paulo. Os dois também jogavam basquetebol com bom desempenho."

Foto: Acervo do João Silva

Fonte:Facebook


MEMÓRIA DA CULTURA AMAPAENSE > DONA VENINA, GRANDE DAMA DO MARABAIXO DO AMAPÁ

Tia Venina marcou a história das mulheres da família e do Quilombo do Curiaú, situado na Zona Rural de Macapá. A sua trajetória é uma inspir...