quarta-feira, 13 de outubro de 2021

PROFESSORA ELSA TEÓFILO KÖHLER DA CUNHA – 96 ANOS, BEM VIVIDOS!

Elsa Teófilo Köhler, filha única de Ricardo Köhler e Julia Theophilo Köhler, nasceu na terça-feira, 13/10/1925, em Manaus, capital do Amazonas.

Em 1942, concluiu o curso secundário no Colégio Dom Bosco, em Manaus/AM, dois anos depois, concluiu o Curso de Piano, na Escola Musical Ana Carolina, apresentando um recital de piano, no Teatro Amazonas. A Escola era reconhecida pelo Conservatório de Música Joaquim Nabuco, de Manaus/AM, tendo como professora a Sra. Aline Marçal de Carvalho Ferreira.

Casou-se em 27/05/1944, com Antenor Ferreira da Cunha, bancário e formado em Contabilidade, passando a assinar, Elsa Teófilo Köhler da Cunha. Ele exerceu o cargo de Subgerente e Gerente, no Banco da Amazônia, em várias cidades da Região Norte e Nordeste, inclusive, em Macapá, cidade que aprendeu a amar, e lá permaneceu até os seus últimos dias de vida.

Antenor e Elsa tiveram 7 filhos: Themis Köhler da Cunha Kuribayashi (Miss Amapá 1963), Pedro Ricardo Köhler da Cunha (in memorian), Thelma Köhler da Cunha, Celene Köhler da Cunha, Ava Köhler da Cunha Souza, Elizabeth Köhler Cunha de Toledo(Miss Amapá 1977) e Evanita Köhler da Cunha.

Em razão do cargo que seu marido ocupava, professora Elsa teve de residir em diversas cidades diferentes.

Em 1955, professora Elsa assume a Diretoria do Jardim da Infância Hipólito Corrêa, em Parintins/AM.

Em 15/02/1962, chega a Macapá, quando o Amapá, ainda era Território Federal.

Em 1963, é designada ao cargo de Diretora do Conservatório Amapaense de Música, pela então Diretora da Divisão de Educação, Prof. Aracy Miranda de Mont’Alverne, no governo de Terêncio Furtado de Mendonça Porto, quando exerceu, ao mesmo tempo, a função de Professora de Piano, devido à escassez e dificuldade de encontrar profissionais qualificados na época.

Ao longo dos anos, no cargo de direção, promoveu vários recitais de piano, realizados por alunas e professoras, com participação especial em número de canto lírico com sua belíssima voz. Mais tarde, foram sendo introduzidas apresentações de violão e coral.

Entre suas atuações, destaca-se sua participação na Comissão Julgadora no I Salão de Artes Plásticas do Amapá, em 1973 e no I Festival Juvenil da Canção Amapaense, em 1975; participou com número de canto na Festa Anual da Escola de Música Walkiria Lima, antigo Conservatório Amapaense de Música, em 1985.

Elsa Köhler, dirigiu o Conservatório Amapaense de Música, até 1980, e continuou como professora até sua aposentadoria, em 1985.

Em 1988, fica viúva, com o falecimento do senhor Antenor Ferreira da Cunha.

Em 1990, a Escola Walkiria Lima dedica seu recital de final de ano, exclusivo a ela e no ano seguinte (1991) coroa suas homenagens com a entrega de um documento oficial, destacando e agradecendo seu brilhante trabalho e colaboração aos anos dedicados àquela entidade.

Professora Elsa Teófilo Köhler da Cunha, um exemplo de força, coragem e determinação, continua firme, forte, com amorosa dedicação à sua família aumentada com mais 14 netos e 20 bisnetos.

Ao completar 96 anos de vida, prof. Elsa recebe os parabéns e o carinho de todos – familiares, colegas, amigos e conhecidos – pelo muito que fez pela difusão da cultura do Amapá.

O editor do Blog Porta-Retrato envia felicitações e um abraço forte à ilustre aniversariante, com votos de vida longa ao lado de todos que lhe são caros.

Fonte: Família Köhler da Cunha

Fotos: Arquivo pessoal

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Foto Memória do Esporte Amapaense: Seleção Amapaense de Basquetebol

Foto memória, com data estimada dos anos 1953/1954, do acervo da família Borges de Oliveira, repassada à amiga Tica Lemos, é uma verdadeira raridade histórica e de um valor inestimável.

Time da Seleção Amapaense de Basquetebol, nos bons tempos do Território Federal do Amapá.

Segundo o historiador Nilson Montoril de Araújo a partir da esquerda, em pé:  Altair Lemos(14), Piqueira(12), Propércio(7), Edilson Borges(6) e Avertino Ramos(11).

Agachados, no mesmo sentido: Silvio Castilho(Vivi-7), Humberto Santos(6), Expedito Ferro(91-9), Epifânio Martins (10-Pigmeu) . 

Todos praticavam (e bem), várias modalidades esportivas.

Fonte: Web - Rede social

sábado, 18 de setembro de 2021

FALECIMENTO: Tia Biló – marabaixeira - morre aos 96 anos em Macapá

Tia Biló - única filha de Julião Ramos que ainda vivia entre nós, faleceu na madrugada do sábado 18 de setembro de 2021.

Segundo a família, ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Macapá e teve falência múltipla de órgãos.

BENEDITA GUILHERMA RAMOS, A Tia Biló, precursora, grande entusiasta e divulgadora do Marabaixo, cantando, encantando e repassando há várias gerações o legado deixado por seu pai, nasceu há 96 anos em Macapá em 10 de fevereiro de 1925. Filha de Julião Ramos, mestre do Marabaixo e Januária Ramos. Dona Biló - filha mais nova de 05 filhos, mãe de 7 filhos que lhe agraciaram com 16 netos e 20 bisnetos.

Seu primeiro emprego foi como zeladora em uns dos banheiros públicos, construídos por Janary Nunes; trabalhou também na Escola Azevedo Costa, foi transferida para o Colégio Amapaense e logo em seguida para o IETA – Instituto Educacional do Território do Amapá, onde hoje está instalada a UEAP – Universidade Estadual do Amapá.

Tia Biló, como era carinhosamente chamada, trouxe no DNA, a paixão pelo Marabaixo, herdada do seu pai, Mestre Julião Ramos.

Foi uma das precursoras dos grupos de Marabaixo que atualmente encantam várias gerações de amapaenses com esse ritmo contagiante e expressão maior da nossa cultura.

Teve o privilégio de conviver com grandes compositores de Marabaixo, dentre eles, Raimundo Lasdislau.

Seu corpo descansa em Paz, no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Centro da cidade.

Fontes: G1 e Memorial Amapá

Foto: Márcia do Carmo (Diário do Amapá)

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

MEMÓRIAS DA CIDADE DE MACAPÁ: AMAPÁ – 78 ANOS MERCADO CENTRAL – 68 ANOS

Crônica de Humberto Moreira

Como não poderia deixar de ser fui ao Bar du Pedro tomar uma cervejinha em comemoração ao aniversário da Cidade que me viu nascer. Vi por lá uma ótima movimentação de pessoas, principalmente de jovens. A juventude precisa se inteirar da história deste lugar para poder ter orgulho do que ele representa para todos nós.

O Mercado Central é um local icônico da cidade. Antes da proliferação dos supermercados, quando só havia um açougue em cada bairro, era no Mercado que a cidade se encontrava para adquirir o alimento diário. Hoje quem tem condições faz estoque, mas naquela época as compras eram feitas todo santo dia. Na companhia de minha avó ou do meu pai (aos fins de semana) lá ia eu carregando uma sacola de pano onde eram colocados os gêneros comprados nos talhos daquele prédio. A cidade era menor e as pessoas quase sempre se encontravam durante as compras. Por causa do costume diário dava para saber os nomes de açougueiros famosos como: Joselito, Zeca Filomeno, Navegante entre outros, que trabalhavam na venda da carne verde que vinha do matadouro municipal em Fazendinha. Os Japoneses que traziam a verdura para a comercialização também eram bastante conhecidos. Os Fukuoka, Fujishima, Kawakami plantavam uma variedade muito grande de legumes. É correto dizer que nossa população cabocla nunca foi muito de comer hortaliças, mas durante muito tempo as famílias japonesas tentaram mudar essa tradição. Infelizmente não conseguiram e os que permaneceram aqui buscaram outros meios de vida.

Nascido no bairro do Trem eu tinha uma relação bem próxima com o Mercado porque minha avó morou por muitos anos na curva que liga a Feliciano Coelho com a Tiradentes. Janary Nunes deu a ela a casa que servira, antes do advento do frigorífico, de local para salgar a carne que sobrava do abate diário. O imóvel foi residência da família por muitos anos e continua sendo patrimônio de parentes. De lá para a Doca da Fortaleza era um pulo. Para um garoto de oito anos era muito fácil descer pela Pedro Baião até a esquina da Casa Califórnia, na São José. Por ali também funcionava a escola do professor Alzir Maia, uma das poucas escolas particulares da cidade. De lá era só seguir em frente e entrar no Mercado. Pela parte da tarde era chegada a hora da víscera. A partir das 03hs da tarde o caminhão do matadouro chegava trazendo coração, fígado, rim e bucho devidamente limpos para serem vendidos à população. A procura era grande pois os preços eram acessíveis às famílias de menor poder aquisitivo. Minha mãe me escalava uma vez por semana para ir ao mercado para comprar fígado ou coração e outros miúdos. Logo após às 13hs eu corria para a fila que se formava na lateral do prédio. Interessante que se marcava a vaga com uma pedra dentro do paneiro e ninguém mudava. Enquanto o caminhão não chegava dava para ir até a prainha por detrás da Fortaleza, para um banho refrescante. No Mercado também havia os fiscais da Delegacia de Economia Popular que estavam de olho nos preços praticados pelos talhos e açougues. Gente como Capa Branca e Praxedes ficavam de olho. Além do Bar Du Pedro, tradicional reduto da Boemia macapaense até hoje, havia também no mercado a Farmácia do Seu Bruno, a Barbearia e uma lojinha de venda de produtos de Umbanda que liberava no ar um cheio de defumação, que ficava queimando sob o balcão. No lado de dentro funcionava o Café do Seu Alberto, onde algumas vezes, já adulto, tomei o café da manhã na companhia do Bebeto Nandes. A gente havia emendado junto com Mário Lucien ou Rudnei Monteiro depois de tocar um baile com os Milionários e descíamos para o Mercado. O pai do Bebeto nos recebia sempre muito bem. Na administração esteve por muitos anos o Seu Marituba. Raimundo Pessoa Borges ficava num deck elevado, de onde observava tudo que acontecia. Ex-jogador do Amapá Clube, Marituba foi também durante anos juiz de futebol da antiga Federação Amapaense de Desportos. Depois dele veio o Laxinha, figura conhecida no bairro por sua ligação com o Trem Desportivo Clube.

E foram tempos maravilhosos em que a cidade era, sem dúvida, mais aconchegante. Nunca perdi minha ligação com o Mercado Central e seus personagens. Olhando agora de dentro do Bar du Pedro as lembranças desfilam na minha saudade. Para fechar vou citar aqui alguns nomes inesquecíveis que são a própria história do bairro:

Belarmino Paraense de Barros, José Malcher, Walter Banhos, Zeca Banhos, Chico Salles, Zé Crioulo, Celso Mariano, Miguel Pinheiro Borges, Durval Mello, Romeu Harb, Abdalla e Stephan Houat, Aziz Gamachi, Nely de Matos, Eurico Vilhena, Franquinho, Zê Valente, Walber Damasceno, Nonato Leal, Seu João do Brunswick, Inspetor Eli Ramalho, Seu Abalen, Seu Anaice, Professor Onualdes Feijão, Vadoca, Turíbio Guimarães, Professor Ricardone, Elza Franco, Dona Doninha... e muitos, muitos outros como o português da saboaria, cujo nome se perdeu nas brumas da minha memória.

Fonte: Facebook (reprodução)

sábado, 11 de setembro de 2021

MEMÓRIA DO RÁDIO AMAPAENSE: JACY DUARTE TAMBÉM PASSOU PELA DIFUSORA

 ICÔNICA PERSONAGEM DO RÁDIO

Por José Machado

Jacy Duarte (Arquivo pessoal)

JACY DUARTE, está entre os inúmeros personagens que contribuíram com seu talento e profissionalismo para a historiografia da Difusora de Macapá, 

Iniciou sua carreira profissional em radionovelas em Belém/Pa. São mais de sessenta anos ininterruptos de microfone e, representa talvez a mais longa e permanente carreira do rádio no Norte do país.

O fenômeno das radionovelas dívididas em capítulos, tinha como principal público-alvo o feminino, e havia total fascínio que a fantasiada ficção proporcionava.

As jovens e senhoras, se postavam junto ao receptor em dias alternados à espera da novela que teve grande popularidade e imensa aceitação, atraindo cada vez mais ouvintes. Vendia ilusões e esperanças em arrebatados dramalhões. 

Seguidos das radionovelas, surgiram os seriados que ressignificavam experiências emocionais, no melhor estilo folhetinesco que passavam a se mesclar ao imaginário dos ouvintes, já fidelizados a este novo veículo de difusão da indústria cultural.

Eram o carro-chefe das programações radiofônicas e, as emissoras iniciaram um processo de adaptação que o tempo exigia. Se no início os seriados e novelas eram importados, suas produções passaram a ser locais, gerando um novo nicho de mercado para escritores e jornalistas e aspirantes a carreira de rádio atores e atrizes.

À época, a carência de recursos humanos qualificados, obrigava as emissoras a selecionarem dentre seu próprio quadro de locutores, candidatos a essa modalidade profissional. 

Pauxy Gentil Nunes, então governador do Território Federal do Amapá e, colega de faculdade de Edir Proença (Rádio Clube do Pará), ao fazer uma visita ao amigo, manifestou a intenção de criar o cast de rádio atores (atrizes) da Difusora de Macapá.

Autorizado pelo governador, Mário Quirino, diretor da RDM á época, manteve gestões junto a direção da Rádio Clube, que liberou dois funcionários.

Foi assim, que em meados de 1955, indicados por Proença, os jovens (em idade) mas veteranos radialistas Jacy Duarte e Lindolfo Pastana, migraram para Macapá.

Jacy, à época integrante da Força Aérea Brasileira, pediu transferência para um destacamento avançado da FAB em Macapá, a fim de conciliar ambas as atividades.

Foi um período de intenso trabalho, mas bastante produtivo, inclusive na montagem da grade de programação da emissora, que funcionava no estilo “vitrolão” (música, prefixo) e poucas propagandas. Montaram um elenco com estreantes, que surpreenderam pela versatilidade e exponencial artístico.

Concluída suas missões, Lindolfo Pastana permanece mais alguns anos em Macapá e, Jacy Duarte, retorna a Rádio Clube do Pará PRC-5 e, cria “o Regatão vem aí”, sua marca registrada, que o tornou conhecido em toda a Amazônia e ficou na história da radiofonia paraense.

Inspirado no mascate que viajava pelos rios da Amazônia, comercializando gêneros de primeira necessidade com os ribeirinhos, na base do “escambo” (troca de produtos regionais, agrícolas e extrativistas), JACY, viu sua audiência subir vertiginosamente.

Teve grande aceitação pelo estilo irreverente, coloquial e regionalista de se comunicar, e o repertório sertanejo, entremeado com pequenas esquetes que ficaram consagradas no rádio.

Personagens memoráveis como o velho caboclo, de origem nordestina (muito esperto), o padre, o sacristão, tudo isso intervalado pela leitura das cartas dos ouvintes dos mais longínquos lugares da Amazônia e do exterior, como Noruega e Suíça, ouvido através dos clubes de rádio escuta. 

Tipos folclóricos que ficaram na memória dos ouvintes, tudo   feito de improviso. Um dos programas mais duradouros da emissora e líder absoluto de audiência no horário.

Há 65 anos no ar, “O Regatão vem Aí”, acompanhou a evolução tecnológica e adaptou-se a modernidade do rádio e da mídia digital.

Totalmente “repaginado” em seu conteúdo, as   viagens agora são limitadas pelo sinal da Rádio FM Cultura, e duram o tempo de uma hora.

Jacy, colocou o seu talento e conhecimentos que experienciou ao longo de sua carreira, à compreensão da cultura popular e da alma do povo amazônida através do rádio. 

Um ser humano especial, durante contatos que mantivemos, confirmou o perfil que haviam traçado sobre ele. Um indivíduo educado, atencioso e modesto.

Quando lhe, pedi que falasse sobre sua atuação na Difusora de Macapá, tamanha foi sua surpresa de como soubera dessa fase de sua carreira e, que poucos tomaram conhecimento e que ele julgava perdida no tempo.

Falei do meu propósito de homenageá-lo nesta data, quando do aniversário da RDM. Chegou a enfatizar, que pelo curto período, e o trabalho desenvolvido, não se achava merecedor de homenagens.

Não habituado com modéstia, fiquei surpreso, haja vista que poucos seres humanos estão à prova da vaidade de uma atenção interessada.

Preservar a memória da emissora, torna possível a compreensão dos períodos anteriores, da identidade e da cultura, além do trabalho que envolveram os seus colaboradores.

É importante pontuar que a consolidação, prestígio e conceito conquistados pela RDM perante seus milhares de ouvintes, foi graças ao cast transato, vanguarda de nossas alegrias e orgulho.

Essas figuras icônicas, abriram à várias gerações o campo de expressão artística local, um circuito voltado para o mercado nacional.

Não foram apenas o grande público e os artistas que ganharam, sobretudo, foi notável seu papel na formação de profissionais.

JACY DUARTE, é graduado em Direito e Administração de empresas. Aos 83 anos de idade bem vividos, esbanjando saúde, divide seu tempo entre a produção e apresentação de seu programa, e a Direção da agência de publicidade da família.

E, nas vagas horas, se dedica a Literatura. Publicou “Banco de Praça” que presenteou o articulista com um exemplar (foto) abaixo.

JACY DUARTE, é daqueles indivíduos, que sua   identidade biográfica confrontada com a travessia do tempo, ultrapassou os limites biológicos da finitude e da existência.

Ao ensejo dos 75 anos da Rádio Difusora de Macapá completados hoje, prestamos esta justa e mais que merecida homenagem, a uma icônica e eclética personagem, ainda atuante no rádio paraense e, talvez no Norte do Brasil.

JACY DUARTE, figura entre aqueles que com talento e profissionalismo, ajudaram a escrever a história, deram sentido e feição à pioneira da radiofonia amapaense. Seu contributo foi imensurável para a trajetória de sucesso da RDM, cuja história se confunde com a do Amapá.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

MEMÓRIAS DO RÁDIO AMAPAENSE – RADIALISTA DINA FIGUEIRA

 MUITO ALÉM DE UMA BONITA VOZ.

Texto: José Machado

O acaso fez o ingresso no Rádio, de OSVALDINA FIGUEIRA BARROS, conhecida artisticamente como “Dina Figueira”, levada pelo radialista Edvar Mota.

Meados dos anos 60, quando ao ser atendido por aquela jovem vendedora, com um timbre de voz característico em níveis harmônicos e padrão sônico atrativo, o veterano locutor de apurada audibilidade, teve a certeza de que estava à frente de uma grande promessa como locutora.

Convite aceito e aprovada no teste Osvaldina, integrou a equipe da ZYD-11 Rádio Equatorial, recém-inaugurada, hegemonicamente masculina. Se revezava ao microfone, com grandes profissionais da nova emissora, que foram alinhavando sua carreira.  -

Com a intervenção Federal, parte dos recursos humanos e do acervo técnico foram absorvidos e incorporados à Rádio Difusora de Macapá.

Algum tempo depois, sentindo que Macapá estava pequena para os seus sonhos Dina, buscou outras plagas, onde pudesse expandir seu talento.


Apostou na afirmação de sua carreira profissional, que lhe oportunizou transitar por outros meios de comunicação. E, em 16 de abril de 1967, foi contratada pela PRC-5 Rádio Clube do Pará.

Sua melíflua voz, passava uma sensação de tranquilidade e, ganhou destaque na radiodifusão paraense, uma grande comunicadora, um misto de dicção perfeita (alternâncias rítmicas das ênfases, clareza e expressividade).

Sabia usar a entonação certa que o texto exigia: forte, suave ou emocional-tendências estilísticas de uma boa locução que ampliaram as oportunidades e, passou a gravar comerciais para rádio e TV.

Começou a ser cobiçada por outras emissoras e, foi assim, que migrou para a RBA-Rede Brasil Amazônia, atuando na Rádio e Televisão daquele Grupo de Comunicação.

Em junho de 1974, Dina contraiu matrimônio e deixou o rádio paraense, fixando residência em São Paulo. Naquele mesmo ano, tentou ingresso nas Rádios: MULHER e AMÉRICA, optando pela segunda, que lhe oferecia maiores vantagens salariais e em termos de mobilidade – próxima de seu apartamento.

Com o tempo, a impossibilidade de conciliar maternidade e trabalho, Dina optou então por um afastamento, temporário, que se tornou definitivo, frustrando suas perspectivas profissionais. Sua trajetória, apesar de intensa, foi encerrada prematuramente.

Apesar da dificuldade de protagonismo Dina, foi uma figura proeminente que conseguiu, se destacou e marcou época. Abriu caminho para que outras mulheres viessem ingressar em um mercado predominantemente masculino, sob grande intimidação social.

Àquelas que ousavam pensar em trabalhar como locutoras, temiam as críticas maledicentes. Embora não houvesse nenhum caso explicitamente declarado, sempre havia uma insinuação de uma vida íntima mundana.

Histórias como da Dina, eram casos rotineiros em um País, que tinha forte “localismo” - apego a um conservadorismo demagogo de costumes sociais e culturais, opondo-se a qualquer tipo de movimentos progressistas.

E, quanto menor a cidade, maior os tabus e preconceitos, baseados em justificativas e padrões sociais construídos sob a ótica, de uma suposta   superioridade masculina.

Sua decisão, causou em sua família num primeiro momento, reprovação que o tempo, se incumbiu de provar que a preocupação era infundada.

Assim como Edna Luz, que ingressara um pouco antes na Difusora - Dina, experimentou o conflito do exercício da profissão, da crítica, às facetas do preconceito associados a esse meio de comunicação.

Encarou com denodo, todo tipo de tolhimento que as mulheres enfrentaram para alcançar seus sonhos e, de romper com os padrões estigmatizantes.

Entre recuos e avanços, Dina foi escrevendo a história de uma batalhadora, que se livra de todas as amarras opressoras sozinha e, se faz como uma mulher vitoriosa.

Fez carreira, história e dividiu as fainas diárias com seus colegas homens, sem sofrer nenhum tipo de hostilização ou constrangimentos.

Dina, viveu historicamente um período difícil profissionalmente e, precisou de ousadia para adentrar espaços de exclusão feminina.

Osvaldina Figueira, está entre as maiores revelações do rádio no Norte do Brasil. Profissional eclética, destacou-se como (DJ), apresentadora de jornais falados e informativos

Transitou e residiu em várias capitais, acompanhando o esposo que era bancário. Após esses exílios voluntários, retornou à Belém onde fixou residência e, atualmente goza de merecida aposentadoria.

A mesma personalidade forte, extrovertida que demonstrava diante do microfone ao vivo, também era vista por amigos e familiares.

O afeto e o carinho com que tratava os colegas e ouvintes, a exaltação do amor pela vida, não por acaso, explicava a paixão que ela sentia pela profissão.

OSVALDINA FIGUEIRA BARROS (Dina), uma moça simples, humilde que lutou contra as adversidades da vida, que se reinventou buscando conhecimento, à conquista de seu espaço e, se fez importante para muitos.

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Nota do Editor:

Muito oportuna e gratificante homenagem que o veterano companheiro José Machado faz à Osvaldina Figueira Barros, uma colega radialista que tive o privilégio de conhecer desde os primeiros dias nessa envolvente profissão.

Lembro, claramente, de Dina Figueira como locutora e discotecária, na antiga ZYD-11 – Rádio Equatorial de Macapá-(AM), a segunda emissora de amplitude modulada, que existiu na capital amapaense, no início dos anos 60.

Após o fechamento da emissora, que era clandestina, reencontrei essa brilhante profissional na Rádio Difusora de Macapá., desempenhando as mesmas funções na discoteca e ao microfone.

Com este meu testemunho, venho corroborar de forma contundente e irrefutável, a importante contribuição de Dina Figueira, ao Rádio amapaense, magnificamente homenageada por nosso confrade, neste belo texto, que, com prazer, trazemos aos leitores do blog Porta-Retrato. (João Lázaro)

Fotos: Reprodução (arquivo pesoal)

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

MONUMENTO A CABRALZINHO - O HERÓI DO AMAPÁ

Registro fotográfico de dezembro de 1976 perpetua para a história, quando a loja Maçônica Acácia do Norte doou a estátua de Cabralzinho para o povo do município de Amapá.

Cabralzinho foi maçon.

Esse monumento encontra-se erguido no local onde ocorreu o encontro entre Cabralzinho e o capitão Lunier - em dia 15 de maio de 1895 - na cidade de Amapá-AP, distante 312 quilômetros da capital, Macapá

Foto publicada por João Ataíde, reproduzida do Facebook.


domingo, 1 de agosto de 2021

MEMÓRIA ESTUDANTIL DO AMAPÁ: JORNAL "O BALUFA".

 JORNAL "O BALUFA".

Por Nilson Montoril.
Partiu do ginasiano Carlos Oliveira Nery, a ideia da criação de um jornalzinho independente no Colégio Amapaense. Fui o primeiro a ser informado de tal pretensão, haja vista que integrávamos a 4ª série ginasial B e éramos bons amigos. Isso aconteceu no dia 10 de setembro de 1962, após uma aula de Português, ministrada pelo Professor Raimundo Pantoja Lobo, o popular Aporema.
Ao comentar a respeito do primeiro jornal a circular no Brasil, “A Gazeta”, do Rio de Janeiro, no ano de 1808, o ilustre mestre também se lembrou do Jornal “O Castelo”, periódico que circulou sob a coordenação do Grêmio Literário e Cívico Rui Barbosa. Entusiasmado com o assunto, o Carlos Nery decidiu concretizar sua idéia. Rapidamente formou um grupo constituído por ele, Nilson Montoril de Araújo, Pantaleão Gonçalves de Oliveira, Aldony da Fonseca Araújo, José Maria “Gato”,João Eudes Freitas,Raul Soares e Lucas Vale. Em 1962, o Colégio Amapaense era dirigido pelo Engenheiro e Professor de Matemática Manuel Nogueira, que se propôs a nós apoiar, desde que, divulgássemos coisas deveras importantes. A mesma atitude adotou o Professor Murilo Ferreira, que o substituiu em 1963. A cordialidade dos Professores Nogueira e Murilo nos deu ânimo redobrado e nos levou à presença do Professor Antônio Munhoz Lopez, Diretor da Divisão de Educação, nomeado pelo Governador Terêncio Furtado de Mendonça Porto, a 19 de agosto de 1963. Na época, a Divisão de Educação funcionava em um anexo do Grupo Escolar Barão do Rio Branco, atrás da Biblioteca e Arquivo Público. Fomos bem recebidos e aproveitamos para reivindicar a doação de papel, tinta e stêncil para mimeógrafo. Firmamos a importante parceria convidando o Professor Munhoz para nos honrar com artigos sobre literatura e cinema. O Carlos Nery era um craque em pedir. Tinha uma conversa capaz de derrubar avião. Dentre os nossos mais frequentes colaboradores, despontava o Carlos Nilson da Costa, que era aluno do Curso Científico, reconhecidamente “bom de caneta”. Em dado momento, lembramos que o jornal ainda não tinha nome.
Como o nosso grupo era muito ativo e levava tudo na brincadeira, além de ter a pecha de anarquista, decidimos usar o apelido do Aldony da Fonseca Araújo: “Balufa”. Ele era bem gordinho e alguém lhe sapecou o adjetivo “Balofo”, que significa muito volumoso em relação ao peso. Acontece que nosso amigo Aldony não se importava com a alcunha ou se ela estava correta. Todos o chamavam de Balufa. A brincadeira virou coisa séria e não faltaram colaboradores. O jornal falava de literatura, cinema, história, educação, esportes, poesia, crônicas, entrevistas, aniversários, humor e algumas fofocas.
Em julho de 1963, a equipe do jornal integrou a embaixada do Grêmio do Colégio Amapaense, que realizou uma visita a Serra do Navio, a convite da Gerência da Indústria e Comércio de Minérios S.A. O exemplar do jornal não era vendido. Dava um trabalho danado deixá-lo no ponto de ser rodado no mimeógrafo. O conteúdo tinha que ser datilografado no stêncil, corrigido e impresso. Nossos parceiros nessa empreitada eram o Ernani Marinho e a Iria Lúcia. O jornal nunca criticou gestores públicos e se manteve alheio às questões políticas. Mesmo assim, sua impressão foi interrompida após a intervenção militar de 31 de março de 1964. O mesmo fato ocasionou o fechamento da sede do Grêmio Literário e Cívico Rui Barbosa, a destituição de sua diretoria e a clandestinidade da associação. Dentre os fundadores do jornal “O Balufa”, apenas o Pantaleão Oliveira, o Nilson Montoril de Araújo e o Raul Soares vivem em Macapá. O João Eudes, que até pouco tempo residia no Estado de São Paulo, parti para a eternidade.Os demais já faleceram. O Carlos Nery, em 1965, mudou-se para Belém, onde cursou medicina. O Lucas Vale foi residir em Brasília, onde forças de repressão o teriam eliminado, por considerá-lo comunista. O José Maria “Gato” retornou a Manaus. O Aldony Araújo, Balufa para os amigos, que simplificaram sua alcunha para Babá, andou por Belém, mas depois retornou a Macapá e aqui morreu.
Antes do surgimento do Jornal “O Balufa”, outro periódico denominado “O Castelo”, obteve enorme aceitação nos meios educacionais do Amapá. Circulou pela primeira vez no dia 5 de novembro de 1951, como órgão de publicidade do Grêmio Literário e Cívico Rui Barbosa, criado por um grupo de alunos do Ginásio Amapaense, para progredir nas atividades literárias e jornalísticas. O Ginásio Amapaense funcionava no Grupo Escolar Barão do Rio Branco. A 1ª edição do jornal “O Castelo” colocava em destaque a memória de Rui Barbosa e continha crônicas, poesias e notícias diversas. O jornal tinha 12 páginas e boa ilustração, principalmente a de um castelo em azul e vermelho, ainda hoje símbolo do “Colosso Cinzento”. Vários alunos que o idealizaram e nele publicaram obras literárias, pararam de fazê-lo após a conclusão de curso ginasial. Porém, o jornalismo amapaense ganhou importante participes.
A foto acima, data de julho de 1963, batida junto a Estrada de Ferro do Amapá, em Serra do Navio, momentos antes do nosso regresso a Macapá, numa segunda feira. No sentido horário identificamos os integrantes da embaixada do Colégio Amapaense. Em pé: José Maria Franco, Janete Góes, Esmeralda, Nestlerino Valente, João Nascimento(Bulão), Ernani Marinho, Aldony Araújo(Balufa), João Eudes(Cabeludo), Edilson Brito, Lucas Vale, Raul Soares, Nilson Montoril, Mércia Souza, Arthur Rafael, Dário(Presidente do Grêmio), Asdrubal Andrade, Paulo Armando Andrade, Pedro Assis. Agachadas: Consuelo, Rosa Gillet, Iracema Mendes, Léa Assis, Ronely Souza, Eloisa Gazel, Elcy Lacerda, Leide Picanço, Lauriza Jucá e Vera Pinon. Sentado ao lado do trilho: Dadir Ferreira. Por trás do João Nascimento vemos o Relações Públicas da ICOMI.
Fotos: Arquivos do blog

segunda-feira, 28 de junho de 2021

MEMÓRIAS DE MACAPÁ: GAROTOS, QUE COMO EU, AMAVAM OS “BEATLES”...

NOSSA LIVERPOOL ERA ALI

Cléo Farias de Araújo (*)

Final dos anos 60 para começo dos 70. Depois de mais um embate futebolístico contra o leãozinho do Palhinha, irmão do Leorivaldo Furtado, no campo onde depois construíram o CCA e a Pediatria, eu e uns amigos íamos para a casa do Prof. Mário Quirino, na esquina da Rua Leopoldo Machado com a Avenida Machado de Assis, por detrás do CCA, tomar água gelada. Afinal, passávamos boa parte das tardes macapaenses jogando futebol. Lógico que, após tanta correria, buscássemos o precioso líquido em algum lugar, já que nossas casas guardavam certa distância do campo.

Aquelas visitas tornaram-se hábito, o que resultou num amistoso entrosamento, a ponto de aprendermos os nomes das pessoas que ali residiam. Assim sendo, quando acabavam as peladas, já chegávamos na casa da esquina, chamando o Serjão, pra pedir água. As costumeiras visitas, aliadas à curiosidade infanto-juvenil, ensejaram escutarmos, em certa tarde, umas músicas em inglês, que pensamos estarem sendo tocadas na Difusora. Mas o Márcio (o mais novo dos irmãos) veio dos fundos da garagem com umas capas de discos, que logo identificamos como dos Beatles. Naquela tarde, o papo se estendeu um pouco mais e pudemos ouvir outras canções, com a reunião se encerrando à noite. Essa descoberta nos levou a fazer três coisas naquela casa: beber água gelada, bater papo e ouvir Beatles, na garagem. Isto aumentou nosso interesse por música.

Alguns de nós já engatinhávamos alguns acordes. Mas tínhamos dificuldade em “tirar” as músicas, ouvindo apenas rádio. Discos eram muito caros e o que ganhávamos, vendendo picolé, pastel ou cobre/alumínio, dava malmente pra irmos ao cinema. Contudo, “os irmãos quirino”, como na época, o Frank Asley chamava pro Delrio, Serjão e Márcio, eram muito legais. Eles possuíam os discos e não se importavam em repetir interminavelmente as músicas, até “aprendermos” a pronúncia (copiando-a, ao nosso modo) e alguns solos mais simples.

Aquela garagem ficou pequena e passamos a nos reunir no muro que guarnecia a casa. Em nosso clube, compareciam assiduamente, além dos três beatlemaníacos que lá residiam: Eu, Antônio Maia, Francisco de Assis, que ali foi batizado de Frank Asley, Vital Júnior, Chico Semana, Euclides Farias, Osmoar, ou "Boto de Santo André"(um paulista que veio morar em Macapá, na casa de seu cunhado Sabá “apressadinho”, funcionário do BB), Álvaro Gomes, Manoel Cordeiro, Aldomário, Aloisio Cantuária, Aurélio Cantuária,  Dilson Ferreira, Quibiga, Pixata, Robertão e tantos outros semiroqueiros. Em um tempo de Macapá sem entraves às pessoas de bem, nossos pais sabiam onde a gente estava e confiavam nesse “bate ponto” diário.

Ante a agregadora fama que se espalhou pela cidade: Ali, tocávamos: Beatles, Creedence, Johnny Rivers, Blue Ridge Rangers, Elvis Presley e alguns outros sucessos do momento. Lá, era a esquina musical que estava em moda. Durante o tempo em que os Quirinos moraram naquele ponto, nenhuma outra confluência de ruas era mais famosa e/ou visitada, que a que concentrava naquela casa.

O girar do tempo levou alguns a se dedicarem bem mais, abrindo, entre nós, certa competição. Isso alavancou o sonho daquela turma, pois todos queriam ser “os quatro de Liverpool”, talvez na esperança de um dia poderem tocar aquelas músicas, no mínimo, como cópia borrada dos “Fab Four”.

Alguns fizeram da música, a sua profissão e nela trabalham até hoje, com alegria. Outros, viraram médicos, advogados, artistas plásticos, escritores, policiais, engenheiros, professores, etc. Todos serviram e servem à nação, positivamente, ao seu modo.

Não precisamos pixar o muro daquela esquina, pra que soubessem que ali, a casa dos Professores Mário Quirino e Deuzuíte Façanha, era lugar de aulas campais. Ali, com a matriarca daquele clã, aprendi a utilidade da vírgula e como emprega-la corretamente, na frase. Naquele local, tivemos aulas de educação, paciência, tradução inglês/português, honestidade, humildade, bom humor e dedicação aos estudos.

Boa parte do nosso alicerce moral se construiu naquele local. Todos os frequentadores sabiam: nossa liverpool...era ali!

(*) advogado, escritor e músico amapaense

Fonte: Facebook – junho de 2017

domingo, 27 de junho de 2021

MEMÓRIA DA CIDADE: A CASA MATERNAL DE MACAPÁ

                                                                         Foto: Google   

Para poder desenvolver a contento suas atividades, com foco na Campanha de Redenção da Criança e Assistência às Gestantes e Parturientes, a Legião Brasileira de Assistência, através do governo do Território Federal do Amapá, aplicou uma verba pública que lhe foi assegurada pelo governo federal, para erguer, na cidade de Macapá, os Postos de Puericultura Iracema Carvão  Nunes,(Centro) e Hildemar Pimentel Maia (Trem).  Por ressentir-se de um local apropriado para abrigar crianças carentes de tratamento, advindas do interior, a LBA reivindicou ao governo federal, a construção de um imóvel erguido próximo a Rádio Difusora de Macapá, que funcionaria como casa maternal. O pedido foi atendido, mas o propósito do uso adequado não ocorreu. O prédio acabou sendo utilizado como Palácio do Governo, a partir de marco de 1961, quando o governador Joaquim Francisco de Moura Cavalcante (2/3/1961 a 2/9/1961), constatou a precariedade das instalações do velho Senado da Câmara, edificado em  taipa de mão, ao lado direito da Igreja São José. Na desejada Casa Maternal atuaram seis governadores

   1 – Joaquim Francisco de Moura Cavalcante (agrônomo), substituído em decorrência da renúncia do Presidente da República, Jânio da Silva Quadros.

  2 – Mário Medeiros Barbosa, (médico), que geriu o Amapá entre 2/9 a 12/10/1961.

  3 – Raul Montero Valdez, (advogado) de 12/10/1961 a 26/11/1962.

  4 – Terêncio Furtado de Mendonça Porto, (coronel do Exército de 26/11/1962 a 7/5/1964.

  5 - Luiz Mendes da Silva, (general do Exército), de 7/5/1964 a 10/4/1967.

  6 – Ivanhoé Gonçalves Martins, (general do Exército), em cuja gestão, a partir do dia 10/4/1967, foi iniciada e concluída a construção do primeiro Palácio do Setentrião, imediatamente ocupado.

        Ainda em 1967, o imóvel, originalmente destinado ao atendimento de crianças, gestantes e parturientes, também abrigou o gabinete do Prefeito Municipal de Macapá, Porto Carrero.

       Em 1973, no referido prédio, técnicos da Divisão Escolar e Cultural elaboraram o Primeiro Plano Quadrienal da Educação do Território Federal do Amapá.

        Atualmente, está instalado no imóvel, o Centro de Estudo Supletivo Professor Paulo Melo, sucedâneo do Centro de Estudo Supletivo Emilio Médici. A nova designação vigora a partir de 14/4/2009, por força de lei estadual.

    Macapá, 21 de junho de 2021.

       Nilson Montoril de Araújo

Fonte: Facebook

quinta-feira, 10 de junho de 2021

MEMÓRIAS - PRECIOSIDADES DA MACAPÁ ANTIGA

 Amigo Floriano Lima, talentoso fotógrafo profissional em Macapá, nos brinda com uma preciosidade memorável, que é a Foto Memória, de hoje no blog |Porta-Retrato-Macapá.

São dois registros fotográficos, de 1965, que ele publicou na Rede Social, em 2019, bem antes da pandemia,  deixados pelo Sr. Luiz Lima, pai dele, que era comerciante e também fotógrafo amador, nas horas vagas.

A casa – grata lembrança de sua infância, feita toda em madeira de acapu, que mantém até hoje as mesmas linhas originais – fica na Av. Desidério Antônio Coelho, no bairro do Trem, (em frente ao portão da escola do SESI).

Também chama atenção a casa ao lado, coberta com palha, muito comum na época na cidade.

A pedido do blog, o próprio Floriano bateu nova foto e mostra o local hoje (2021); ele confirma que “a casa tem modificações no pátio, que era diferente; eles abriram e fizeram só uma área grande e botaram uma porta larga, mas a estrutura, o formato da casa, ainda são os mesmos; uma pena que a planta atrapalhou de se ter uma visão completa, mas é essa aí.” Floriano conclui informando que “a casa pertence à dona Floripa viúva do Seu Lima (in memoriam), que era proprietário da Vidraçaria Lima, por coincidência um outro Lima”.

Fonte: Facebook

domingo, 6 de junho de 2021

Foto Memória do Comércio Amapaense: Interior do ELITE BAR

 

Nossa foto memória de hoje, traz imagens inéditas do interior do Elite Bar, onde podemos ver o proprietário Sr. João Vieira de Assis, o antigo balcão, motor, bomboniere e alguns clientes, que, naquela época eram chamados de “fregueses”.

O Elite Bar, um movimentado estabelecimento da Macapá antiga, funcionou inicialmente numa antiga edificação conhecida como “casa amarela”, cujo primeiro proprietário foi o Tenente-Coronel Coriolano Finéas Jucá. Segundo o historiador Nilson Montoril, a casa amarela, que originalmente foi pintada de branco, fazia fundos com a residência do marroquino Leão Zagury. Os cômodos faziam frente para a antiga Rua Independência, também chamada Rua de Cima, bem em frente ao prédio da antiga, Intendência Municipal, hoje ocupado pelo Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva.

Com o passar do tempo a Rua Siqueira Campos recebeu duas denominações: Mendonça Furtado e Mário Cruz. Essa última ainda prevalece. A casa amarela foi vendida ao comerciante Moisés Zagury que mandou demoli-la para erguer a oficina mecânica dos carros Ford que ele vendia. Atualmente (2021), naquela área funciona parte da loja 246.

De lá o Elite Bar foi ocupar o espaço no antigo canto da Av. Presidente Vargas, com a Rua São José, Praça Veiga Cabral, onde hoje existe um prédio em que, nos altos funcionam salas para aluguel e na parte de baixo uma loja de confecções.

sábado, 22 de maio de 2021

Memória de Macapá: Rua do Bairro Alvorada recebe nome de dentista pioneiro dos anos 50

Luiz Albuquerque Queiroz Brasiliense, agora, tem uma rua em sua homenagem.

A Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac) oficializou a mudança do nome da via no dia 19 de maio de 2021, com a instalação da placa nova.

A mudança é resultado de um Projeto de Lei do de autoria do vereador Carlos Murilo (PSL) e substitui o nome da Rua 02, no bairro Alvorada.

No ato de instalação da placa, os filhos do homenageado estavam presentes.

História

Em 1953, a convite do então governador do Território Federal do Amapá, Dr. Amílcar da Silva Pereira, o odontólogo Luiz Albuquerque Queiroz Brasiliense, nascido em Belém, chega para exercer a profissão e trabalha em vários municípios do estado. Sua principal atuação foi na capital Macapá, onde conquistou muitos amigos, dentre eles, o farmacêutico Rubim Aronovitch e o médico Alberto Lima.

Conhecido como Dr. Brasiliense, tinha como características marcantes alegria, competência e dedicação ao trabalho, tendo atuado em todos programas de saúde dentária nos municípios e localidades. Teve 9 filhos, aposentou-se em 1989. Faleceu dia 19 de maio de 1995, em Belém. Se estivesse vivo, completaria 100 anos dia 20 de outubro de 2021.

Fotos: SMCS

BIOGRAFIA

O pioneiro Luiz Albuquerque Queiroz Brasiliense nasceu em Belém, Estado do Pará, em 20 de outubro de 1921. Filho do odontólogo e farmacêutico pernambucano Dr. Luiz Queiroz Brasiliense e da cearense D. Marieta Albuquerque Brasiliense. Estudou o 1º e 2º graus no Colégio Nazaré em seguida ingressou na Faculdade de Odontologia do Pará, formando-se em Odontologia em 1941. Ingressou posteriormente na Escola de Instrução Militar em 1º de Abril de 1942, atuando até 04 de agosto de 1949, na cidade do Rio de Janeiro quando deu baixa com a patente de capitão R-2, do Exército Brasileiro, tendo prestado serviços na função de dentista, atendendo soldados aquartelados no 26º Batalhão de Caçadores (26ºBC) e recrutas convocados para o Exército praticando exames de saúde bucal. Atuou como dentista em Belém do Pará, no consultório de seu pai, que também foi odontólogo e farmacêutico, e com seu único irmão Dr. Humberto Albuquerque Queiroz Brasiliense, também odontólogo. No ano de 1945, antes do final da Segunda Guerra Mundial, serviu como comandante do Destacamento Militar na cidade de Óbidos, no oeste do Pará, às margens do rio Amazonas, onde conheceu Nilce Farias Brasiliense, de tradicional família obidense, com quem veio a casar-se em 09 de janeiro de 1946, com a qual teve 09 filhos: Luiz Queiroz Brasiliense Neto, hoje morando em Brasília, no DF; Iria Lúcia Brasiliense Leite, que foi governadora do Lions no Ano Leonístico 2000/2001 e mora em Macapá, Amapá; Maria Nilce Brasiliense Peruffo, médica e residente em Porto Alegre, Rio Grande do Sul; Paulo Eduardo Farias Brasiliense, administrador de empresas, mora em Belém do Pará; Nelson Fernando Farias Brasiliense, engenheiro civil, residente em Macapá; Sérgio Roberto Farias Brasiliense, comerciante, mora em Macapá; Isa Helena Farias Brasiliense, médica, ginecologista, residente em Brasília, Distrito Federal; Ronaldo Brasiliense, conceituado repórter e jornalista reconhecido nacionalmente; Maria do Socorro Brasiliense Zortea, administradora de empresa, residindo em Porto Alegre, Rio Grande do Sul e Renato Silva Brasiliense, de outra relação conjugal. Sua esposa, Nilce Farias Brasiliense, faleceu em 1962. Com isso, o doutor Luiz Brasiliense ficou viúvo aos 40 anos com nove filhos menores. Luiz Albuquerque Queiroz Brasiliense chegou ao então Território Federal do Amapá em 1953, a convite do Governador à época, o Dr. Amílcar da Silva Pereira, amigo e companheiro de Exército, ingressando no quadro de funcionários do governo do Território em 10 de fevereiro de 1954, na Divisão de Saúde, na função de dentista, indo inicialmente prestar serviços na cidade de Oiapoque, onde nasceu seu filho Sérgio Roberto Brasiliense. Em 1955, foi transferido para Mazagão. Em 1956, foi removido para Macapá enquanto aguardava a vinda do Dr. Armando Limeira de Andrade para a capital quando iria substituí-lo na cidade de Amapá, onde prestou seus serviços odontológicos em 1957 e 1958. Finalmente, em 1959, foi residir de forma definitiva em Macapá. O doutor Brasiliense, como era conhecido, foi uma pessoa alegre, competente e dedicada. Andou por todos estes rincões das terras amapaenses, conquistando ao longo destes anos um grande número de amigos, dentre os quais o farmacêutico Rubim Brito Aronovitch, os médicos Mário de Medeiros Barbosa, Alberto da Silva Lima, Antônio Tancredi dentre outros; os dentistas Armando Andrade, Sylla Salgado; os enfermeiros Joaquim Bandeira e Margarida Freire, e toda a equipe de Hospital Geral de Macapá. Participou de todos os programas de saúde dentária nos municípios e localidades, tendo atendido 12.402 pacientes interioranos fazendo extrações e obturações durante o ano de 1956 acompanhando seus companheiros Armando Andrade e Sylla Salgado. Sua ligação de amizade com Sylla, dizem que parecia de cão e gato, falando alto e encrencando um com o outro por ocasião de suas partidas de pontinho ou canastras todas as noites ao longo de tantos anos, quando também se divertiam muito. Aposentou-se em 1989, transferindo sua residência para Belém do Pará, onde faleceu em 19 de maio de 1995. Foi um excelente profissional, um grande amigo, e um destacado pioneiro na História do Amapá.

Redação original de Coaracy Sobreira Barbosa, extraída do Livro “Personagens Ilustres do Amapá, Vol. III” – Edição digitalizada, não impressa graficamente.

A pedido do editor, o texto foi gentilmente revisado e atualizado pela Sra. Iria Lúcia Brasiliense Leite, filha do biografado, antes de publicarmos no blog Porta-Retrato.

terça-feira, 18 de maio de 2021

MEMÓRIAS DA CIDADE DE MACAPÁ: HISTÓRIAS E CAUSOS CONTADOS POR UM LAGUINENSE DA GEMA

LAGUINHO, 76 ANOS – DE HISTÓRIAS E TRADIÇÕES

Por Édi Prado. Maio 2021

Foto rara dos anos 60. Imagens do inspetor Waldelor da Silva Ribeiro, em pé, à esquerda. Ao centro de camisa escura, Sr. Queiroga, aponta sinais de trânsito para um candidato à motorista e à direita, sentado, o agente Murilo, que antes de ser guarda territorial trabalhou no Elite Bar do Sr. João Assis, na esquina da Praça Veiga Cabral.

Meu pai, o inspetor Waldelor da Silva Ribeiro, veio do Afuá em 1948, junto com minha mãe, Maria de Nazaré Prado Ribeiro. Foram morar nas palafitas, no remanso. Nas mediações da Fortaleza São José de Macapá, comum no começo do Território Federal do Amapá. Lá nasceram Edilson José Prado Ribeiro, o Canhoto, que foi vítima do incêndio em 1972, no cais em Santana, quando o Rio Amazonas pegou fogo. Edvaldo de Jesus Prado Ribeiro, delegado da Polícia Civil e Elisabeth Maria Ribeiro Corrêa, professora.

Em 1954, o então governador Janary Nunes, que estava transferindo os negros das mediações da Igreja São José, para o Laguinho, ofereceu ao meu pai, um lote na Rua General Rondon, 618, quase esquina com a então Nações Unidas. 

Lá ele ergueu a casa de madeira e foi onde nasci. Laguinense legítimo.

Cerca de 98% era de família negra. Nossos vizinhos, eram o Seu Ramiro e D. Zefinha e a família do Seu Balô, branco, casado com uma negra. Vó Isabel, avó do José Cardoso Neto, Cutica e os primos Wanderlei e Genésio. Em frente de casa morava o Seu Pedro Monteiro, ou Pedro da Lina, fundador do América Futebol Clube e nos fundos, na Av. Nações Unidas, o irmão dele, o Seu Zé da Lina, acendedor das lâmpadas no centro da cidade.

Tem muitas histórias. Muitos causos. Mas o espaço é curto. Vou escrever umas boas histórias depois. Hoje vamos enumerar alguns nomes de pessoas que nasceram ou vieram para o Laguinho, formar este grande timaço.

Eis alguns nomes lembrados, muitos serão adicionados, mas por segurança, vamos registrando os que vieram a mente.

Eu era conhecido como Lia. Não sei a origem. Nem a mamãe lembrava. Meu nome é Edevonildo Nazaré Prado Ribeiro. Quando fui para o Rio de Janeiro, estudar jornalismo, meu nome foi abreviado para facilitar. Passaram a me chamar de Édi Prado. Convenhamos, melhor que Edevonildo. O Laguinho faz 76 anos. Em 1954, quando nasci, já estavam as famílias da Vó Bel, João e Joana Pil, família do Dedé, Manhabuco, Raimunda Rodrigues Carvalho, conhecida como Raimunda Zefa, mãe do Vedete, Seu Totonho, carroceiro e o filho Zé Maria Pires, Família Quipilino, Seu  Ramiro e D. Zefinha, donos da amassadeira de açaí. Sabá Ataíde, Boquinha, Henrique, D. Joaquina Bruno, João de Paula, Abdon Lima, Odilardo, Pedro Uriel, Rui Lima, Oneide Lima, que casou com o Manoel Bispo, professor e artista plástico, poeta e laguinense.

O Antônio Rodrigues Carvalho, o Vedete, quando consultado para rever lembranças, foi citando os nomes completos: José Maria do Espírito Santos ( Quipilino ), José Cardoso Neto ( Cutica ) , Joaquim da Silva Ramos ( munjoca ), Raimundo Nonato Ataíde de Lima ( boquinha ), Sebastião Ataíde de Lima  ( Sabá );  os filhos do seu Pedro da Lina com D. Astrogilda, Pedrinho, Zeca, Bernardo, Ediberto (Dida) também a D.Dulce, irmã da D. Astrogilda com o Seu Álvaro, com os filhos Alvanéia, Aldomaro, Agostinho e Kátia .

Cada família tem uma boa e memorável história. Tem a Tia Zefa, mãe de Aureliano Da Silva Ramos ( Neck) José Isaías da Silva Ramos (Bomba d’água) Pedro da Silva Ramos ( Pedro ).   Os filhos do Manhabuco, temos que lembrar os nomes. Perguntei para a Graça, filha do Vagalume. Na hora:  Manhabuco e D.  Joaquina, Pedro, João, Graça, se lembrar de mais mando, disse ela. Tem tempo para resgatar.

A Graça lembrou do Seu Ladislau e D. Joaquina José, Maria, Joaquina, Joana, a Maria que eles criaram casou com o Domingos que o Seu Biluca criou. Citou o Libório. O cheio de breque que bebia umas? Esse. Tinha o Perigoso, o pai do Nonato, que morava onde é o Waldir, que tem o Bar Calçadão.

Seu Arinho. D. Ondina, tiveram o Marinho, Zé Buchinha, Zezé  e a filharada. Seu Ramiro e dona Zefinha Joaquina, Maria, Antonina, Ramirinho, José, Deco. Dona Onória, mãe do José Querozene, Raimundinha, Sené e outros. Lembra do  Seu José Perigoso e Suza, Paulinho,Dudeca, Budeco , Teotônio e Dona Nenê, filhos Geralda e Zé Maria. Dona Joaquina Bruno, Bruno, Fatima, Raimundinha, Sebastião, Silvia, Aroldo, Raimundinho, Nazaré. D Biló e a  filha a Lurdes. D Aurora e família.  D. Serena, Gorete, Vasquinho.

Vamos lembrar do Seu Herculano e D Otília os pais do Budeco, José,  Joāo, Graça e outros.  João Falconere e D Raimunda Diquita, Joãozinho, Braziléa. Seu Guitinho e Dona Maria, Filomena, Graça, Raimundo, José, Izabel.  Piedade, Felízia a Fefé,  Genésio,  Wanderlei, José Cutiquinha.

D Josefa mãe do Sené, D Agda mãe da Deuza, D Ondina do Dedé, José e Deuzarina.. /2021] Graça. Laguinho: Família Bispo, Manoel Neldon, Ana Laura Neucinda. Família Bacessar, Sebastiana, Ana Lúcia, Graça.  João de Paula e D Maria, Joana, Joãozinho, Mozart, Meire, Manoel, Graça. D Biló, Munjoca, Maria, Raimundo, Bilozinha,  Socorro  e Josefa. Tia Filipa Ramos e Graça Ramos.  Raimunda Ramos, Graça, José Raimundo, Joaquina, Jovem, Márcia Eyd.

D. Dolores e Raimundo Ardasse,  Deuzuite,  Raimundo,  José, Rosália, Aroldo, Adolfo,  Joana irmā do Folconere,  esposo e filhos. Seu Manelão e a Marcina Clotilde e o Bira.  Seu Manelão e D Marcina tiveram três filhas quando lembrar o nome delas te mando.  Mestre Bené e D Luzia fil ,Nicinha,  Luzia .  Os pais do Adolfo Valente. José Valente e não lembro do nome da esposa dele. Família Canto: Fernando, Juvenal, Zé Eduardo. Walmir Cabeludo, Augusto Bazuca e Macaco, Carlito Cachorro de Roça, Joca, Naza, Carlos Moreno, Milton Corrêa, Mário Corrêa, Miltinho.

Por hoje, são só esses...

Édi Prado – jornalista amapaense, fundador e parceiro do blog Porta-Retrato-Macapá.

Imagem pequena de arquivo.

MEMÓRIA DA CULTURA AMAPAENSE > DONA VENINA, GRANDE DAMA DO MARABAIXO DO AMAPÁ

Tia Venina marcou a história das mulheres da família e do Quilombo do Curiaú, situado na Zona Rural de Macapá. A sua trajetória é uma inspir...