sexta-feira, 4 de junho de 2010

"Seu" Genésio e seus causos folclóricos

(Reprodução)

Ano 1968 - No flagrante registro fotográfico, à esquerda, todo de branco - era uma característica de seu traje - vemos o lendário e folclórico cidadão Genésio Antonio de Castro, na época conceituário comerciante (hoje seria empresário), proprietário da Casa Líbia que situava-se, atrás do Macapá Hotel, bem na esquina do Beco da Alameda Serrano com a Av. Cora de Carvalho. Quando a Casa Líbia fechou, ele mudou para o ramo hoteleiro, salvo engano.
Na foto acima ele, e mais tres amigos, conversam no interior do antigo prédio do Macapá Hotel. Observem a tacinha inox de sorvete sobre a mesa.
Genésio era figura conhecida nas rodas sociais da cidade. Contava causos com um semblante sério e, caso o interlocutor demonstrasse dúvida, quanto à veracidade do que estava sendo narrado, ele se apressava em garantir que o assunto era pura verdade. Se alguém souber de algum desses casos, pode contar nos comentários.

10 comentários:

  1. Lázaro, tem aquela que ele de carro fez uma curva tão rápido que conseguiu ver o número da chapa traseira: a outra , é que em sua casa tinha moscas em grande quantidade, já tinha usado todo tipo de veneno e nada de acabar com a praga. Aí ele teve uma idéia supimba: colocou uma bacia grande em cima da mesa e dentro da mesma colocou uma pedra de bom tamanho, em seguida derramou chachaça até a borda e na borda derramou açúcar: as moscas comiam o açúcar, bebiam a cachaça e ao voar, porre, batiam com de cabeça na pedra e morriam. Seu Genésio era uma figura. Milton Sapiranga Barbosa

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  2. Eu conhecia essas duas também.
    Tem uma outra do relógio: ele foi para o mato - não lembro onde nem o que foi fazer - levou, no pulso, um relógio daqueles automáticos antigos, que o movimento do braço, acionava a corda, automaticamente.
    Chegando ao local, pendurou o relógio num galho de árvore a acabou voltando e esquecendo do mesmo no galho.
    Algum tempo depois - não sei exatamente quanto – ele voltou ao local e encontrou a árvore bastante crescida e com o dito relógio, ainda em funcionamento, no mesma posição em que deixara antes.
    Realmente ele era fenomenal.
    Valeu...Sapiranga!
    grande abraço

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  3. O Genésio foi nadar e tomar umas cervejas com amigos na práia da Vacaria.
    Como seu relógio não era a prova d'água,deixou o mesmo num ramo de mato e foi nadar.
    No outro dia, não lembrava onde havia perdido seu precioso relógio.
    Passado algum tempo volta a práia da Vacaria.
    Depopis de muitas cervajas e algumas braçadas,Genésio exausto resolve tirar uma soneca encostado em uma árvore.Quando ouve um barulho familiar: tic tac tic tac e ao olhar pra cima avista seu relógio pendurado no galho da árvore.
    Foi uma festa, o relógio continuava funcionando e marcando a hora certa.
    Ele jurava que era verdade.

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  4. Fiquei feliz e emocionada ao ver o meu pai entre os registros da Macapá antiga.

    Cresci ouvindo essas histórias, seja dele próprio para a caçula (leia-se, eu); seja nas rodas de amigos dele, no Macapá Hotel.

    Soubesse eu, há época, da importância que tudo isso hoje me representaria, certamente teria escrito um livro. Quem sabe a Esperança Bessa (minha sobrinha - filha da Nazareth), que é jornalista, possa assumir esse intento.

    A propósito, eu gostava muito de um desses "causos":

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    Conversando com um amigo, a frente da cidade, este (pensando estar abafando) perguntou-lhe:

    - Genésio, você está vendo aquele carapanã ali no monumento de São José?

    E ele respondeu-lhe:

    - Qual? O de óculos ou o sem óculos.

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    Um abraço em todos. Que Deus os abençoem.


    Maria Elisa Bessa de Castro (elisa@bessadecastro.com.br)

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  5. Ah! Os "causos do Sr. Genésio"...Eu adorava. Lembro que contavam um em que ele dizia que falava várias línguas, mas um dia teve uma febre muito forte e esqueceu tudo. Quanta saudade dessa época! A Nazaré e a Socorro eram minhas amigas e passamos bons tempos de infância e juventude na nossa querida Macapá.
    Parabéns pelo blog. Adorei.

    Lourdinha Mont'Alverne

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  6. Olá Maria Elisa e Lourdinha...
    Bastante oportunos os testemunhos de vocês.
    Obrigado pelo incentivo e pela visita ao blog.
    grande abraço

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  7. Advogado Francisco Bessa / Orlândia-SP21 de janeiro de 2011 às 23:19

    Parabéns pelo blog João Lázaro, pois, trata-se de um verdadeiro documentário coletivo, que faz do mesmo, arquivo de pesquisa sobre macapá antiga, onde a simplicidade reinava em um meio ambiente amazônico autêntico;
    Boa época, e muita saudade;
    Genésio, visionário que era, contava das suas fazendo o tempo passar, principalmente aos turistas que no Macapá Hotel se Hospedavam,entre eles alguns cantores famosos, alguém lembra de algum ?.

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    1. TÄNIA REGINA SOARES MONTEIRO BATISTA18 de março de 2012 às 11:47

      Francisco, eu também fiquei muito feliz ao ver a foto do padrinho e também ler o depoimento de todos vocês que representam minha segunda família, pena que o tempo e a distância nos separou mesmo. Saudades de todos bjb

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  8. Luiz Celso Rocha Junior, Advogado. Filho de Maria do Socorro Bessa de Castro, Neto de Genésio Antonio de Castro e Líbia Bessa de Castro.

    Com muita satisfação, e lagrimas nos olhos que presencio esta homenagem a meu Avô. Minhas ultimas lembranças dessa pessoa tão querida, envolvem um Ford landau azul marinho, rinhas de galo e jogo de sinuca na assembléia paraense.

    Em meados de 1990/2, o Ford Landau, era o veículo que nos transportava na capital do Pará,quase que todos os dias para casa da tia Angelita, onde em belém ficavam seus tão adorados galos de briga, não tenho como dizer um numero exato, mas tenho certeza que eram mais de 60, tinha um em especial que viajava para tudo quanto é lado com ele, na verdade não sei se era um galo apenas, mas lembro que todas as vezes que ele viaja ele levava um galo de briga com ele. Minha ultima lembrança com meu avô foi na Assembléia Paraense, em um evento de sinuca, que o renomado jogador jogaria com alguns sócios, e quem era um deles? Seu Genésio! lembro que fez um confusão enorme para sair no jogo. Ele perdeu o jogo, lógico! mas no caminho para o apartamento na Av. Braz de Aguiar c/ trav. Beijamim Constant, não me saia da cabeça o por que da confusão, ai perguntei: " Vô pq o senhor brigou antes do jogo? ele responde que " meu filho, se o homem começa eu não ia dar nenhuma tacada".

    Hoje tenho uma filha de nove anos que se chama LIBIA, amor da minha vida, primeira Bisneta de Libia e Genésio de Castro.

    Um grande abraço aos meus tios Francisco Bessa e Elisa Bessa.

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  9. Puxa, esta é de arrasar qualquer coração, principalmente o meu que é saudosista; muita satisfação em ver a foto em epígrafe do meu grande amigo Genésio; fazia alguns serviços (bicos)para o mesmo e para D.libia na CASA LIBIA nos anos 60, era um jovem adolescente que precisava ir ao cinema, comprar chiclete para a namorada, etc...e assim o seu Genésio e D.Libia quebravam aquele galhão me dando algumas tarefas na loja e no hotel, muito bom; sou muito grato a familia Bessa e Castro por ter me ajudado nos momentos em que mais precisei;parte de minha vida foi convivendo com eles. Um grande abraço. Heraldo Amoras-Belém-Pa

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