(Foto: Reprodução de livro)
Isaac Menahem Alcolumbre - grande pioneiro do Amapá - nasceu na cidade de Belém-PA, no dia 23 de maio de 1913. Filho de Alberto Alcolumbre e de Sarah Brigite Alcolumbre naturais da cidade de Tânger, no Marrocos.
Emigraram para o Brasil no ano de 1905, fugidos da guerra, estabelecendo-se em Belém do Pará. Isaac tinha estudado nas escolas de Belém e com a idade de 12 anos começou a trabalhar de auxiliar no Serviço Especial de Saúde Pública - SESP como "mata mosquitos", sendo mais tarde transferido para Porto Velho na mesma função. No ano de 1939, conheceu a jovem Alegria Peres com quem se casou no dia 11 de junho de 1941 e lhe deu os filhos Sarah, Alberto, Salomão, Ana, Menahem, Nissim, José, Sime, Julia, Sonia e Pierry. Em 1941 foram para Macapá e se estabeleceram no comércio de troca de gêneros alimentícios por ouro, pele de animais, óleos vegetais e látex de seringueira. O comércio foi crescendo e deram o nome de "Casa Fé em Deus".
Com o advento do Território do Amapá, Isaac Alcolumbre passou a ser o fornecedor do governo e a atender os funcionários, anotando as compras nas cadernetas. Por diversas vezes o Governo Federal atrasou a remessa de recursos, e Isaac cedia ao Capitão Janary as importâncias de que necessitava para fazer o pagamento de pessoal com um simples bilhete ou um pedido verbal.
Gostava de jogar futebol e fez parte da equipe do Panair Esporte Clube, formada pelos funcionários da empresa de aviação Panair do Brasil S/A. Quando estourou a guerra entre os países aliados contra a Alemanha, a empresa foi extinta e os jogadores se reuniram sob a presidência do Sr. Emanuel Tarcillo Duarte de Moraes no dia 18 de julho de 1942 e, mudaram o nome para Esporte Clube Macapá, cujo time de futebol era composto dos seguintes atletas: Isaac Alcolumbre, Brasil e Lacinho; Humberto Dias Santos, Edilson Olvieira e José Maria Chaves; Cláudio Jucá, Ubiracy Picanço, Pintor, Herundino dos Espírito Santo e Manoel Oliveira.
Isaac era um homem simples, apesar de ter sido manchete da revista "O Cruzeiro" com a reportagem intitulada "O Rei do Ouro".
Gostava de andar de chinelos, camisa aberta ao peito, cumprimentando sorridente quem passava por perto. Adorava jogar bilharito no ''Café Continental", deixando D. Alegria comandando o comércio.
Seu falecimento ocorreu em Belém, em 1971, durante uma intervenção cirúrgica, para tristeza da família enlutada e do grande número de amigos que conquistou.
(Fonte: Livro Personagens Ilustres do Amapá Vol. 1, de Coaracy Barbosa - edição 1997).
Amigo meu primo Léo Platon e eu jogamos muito bilharito com o Alcolumbre no Café Continental, em frente à livraria Zola.
ResponderExcluirMeu tio filho mais velho do senhor Isaac Menahen Alcolumbre ( filho anterior ao casamento ) faleceu em 2019 no HE com 76 anos, ele foi reconhecido pelo pai em vida, foi apresentado a "familia" mas, na verdade o reconhecimento afetivo de seus familiares ele nunca teve, apesar do pai requerer a aproximação com filho anos depois. Meu tio precisou de uma cirurgia na cabeça, devido um AVC isquemico, precisávamos sair do estado, sabiamos que uma cirurgia desse porte na idade de 76 anos aconteceria somente por um milagre. Na minha inocência ainda procurei um dos irmãos, sem sucesso. Todos sabiam da existência de meu tio, mas fui indagada quem era ele? Não o conheciam, nem reconheciam. Meu tio faleceu tão sereno, em paz, sem dor, sem sofrimento, passou por essa vida me deixando tantos aprendizados.. Meu tio não teve filhos pra não seguir o exemplo de seus ancestrais que andavam pela Amazônia enganando e fazendo filho nas jovens ribeirinhas. MARIO PRESENTE!!
ResponderExcluirComprendo a sua dor, mas seu relato é repello de amargura e rancor, sentimento que, pelo que descreveu de seu tio, não seria apreciados por ele. Que a memória de seu tio seja abençoada. Shalom.
ExcluirCorreção: Comprendo a sua dor, mas seu relato é repleto de amargura e rancor, sentimentos que, pelo que descreveu de seu tio, não seriam apreciados por ele. Baruch Dayan Ha'Emet, que a sua recordação seja uma bênção. Shalom.
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