(Foto: Reprodução de livro)
João Freire da Silva, nasceu em
Belém, Estado do Pará, no dia 8 de outubro de 1929, filho de Franquilino Freire
da Silva, funcionário público (falecido) e de D. Hildebranda de Araújo Salgado.
Iniciou os estudos no Grupo Escolar da vila de Mosqueiro (PA). Acompanhou seu
pai, já viúvo, quando se transferiu para o Amapá, chegando no dia 12 de setembro
de 1944. Nos primeiros meses de 1945, seu pai entrou na Guarda Territorial e foi
servir como Guarda Civil na Base Aérea do Amapá, matriculando seu filho na
escola daquela localidade. Ainda em 1945, com a interferência de seu pai começou
a trabalhar como auxiliar de balconista no Clube dos Oficiais da Marinha
americana. Com o fim da guerra em 1945, e com o regresso dos norte-americanos para
o seu país, perdeu o emprego e retomou aos estudos na escolinha dirigida pelo
professor Alzir da Silva Maia e, ao terminar o primário, viajou para a cidade
de Macapá, participando do Curso de Férias, promovida pelo governo. Em 18 de
dezembro, chegou a Macapá com a finalidade de conseguir emprego. Depois de uma
audiência com o Governador, capitão Janary Nunes, foi contratado na função de
servente na Divisão de Educação, em 2 de janeiro de 1948, quando era dirigida
pelo Dr. Marcílio Filgueiras Viana e secretariada pelo Sr. EmanueI Pinheiro. No
final do mesmo ano passou a exercer a função de protocolista. Em 1950 através
do Sr. Emanuel, foi removido para o Cine-Territorial que, naquela época era o
ponto de encontro dos macapaenses. Aprendeu de tudo e realizava todas as
tarefas, desde a limpeza do salão, a programação, o preparo dos filmes, a
publicidade na Rádio Difusora de Macapá. Adorava o que fazia e esse trabalho durou
14 anos, quando o Governador José Francisco de Moura Cavalcante desativou o
cinema, causando a indignação dos frequentadores. João Freire chorou
decepcionado e viveu, durante muito tempo, triste, executando a função de datilógrafo
na seção de folhas de pagamento. O sistema, na época, pedia 3 tipos de folhas
diferentes. Era um serviço que não tinha fim. Terminavam de datilografar o mês
findo começava o outro. A folha continha descontos de adiantamentos de compras
em casa de comércio e até de jogos de futebol, feitas no mês anterior. Em 1972
foi removido para o Serviço de Administração Geral, no setor de pessoal, João
Feire terminou no ano de 1978, o curso no Instituto de Educação e no Colégio
Comercial do Amapá, diplomando-se em Contabilidade. Nesse mesmo ano foi designado
para exercer a função gratificada de Chefe da Seção de Cadastro e Registros Funcionais,
permanecendo até a sua aposentadoria. João Freire casou-se com D. Alencarinha
Alencar da Silva no dia 8 de outubro de 1981 e nasceram os filhos Elizabeth
(falecida), Cléia, Vera Lúcia, Sônia Edna, TeIma, Elza, Maria de Nazaré, Maria
Áurea, Terezinha de Jesus, Margarete e ÂngeIa. Fez parte do grupo de Escoteiros,
dirigido pelo tenente Glycério de Souza Marques; tentou organizar um time de
futebol, comprou camisas, elegeu a Diretoria, mas não deu certo. Não era bom de
bola. Sua presença na galeria dos personagens ilustres do Amapá se deve ao seu
pioneirismo no Cine Territorial e nas funções que desenvolveu para o bem-estar
de sua família e dos amapaenses. Sr. João Freire da Silva, hoje aposentado, com 82 anos,
reside com a família em Macapá.
Fonte: Livro "Personagens
Ilustres do Amapá Vol. II", de Coaracy Barbosa - 1998
Nenhum comentário:
Postar um comentário