E o próprio aniversariante do dia comenta, com exclusividade para o Porta-Retrato, sobre a emoção de chegar aos 80 anos:
“Parece mentira...ainda não acredito. Será mesmo? Mas como o tempo é implacável, deve ser mesmo. (...) Mas a verdade, que não posso negar, é que nasci no dia 10 de fevereiro de 1932, em Belém do Pará, chegando a Macapá no início de outubro de 1959, e onde já estou mais de meio século. (...) E onde sei que sou querido. (...) ...não quero pensar na morte. Quero é aproveitar ao máximo o que me resta de vida, eu que sou um privilegiado. Vou a Belém para um jantar com meus nove irmãos e logo depois volto para cá, onde vivo há 52 anos. Foi a partir da minha chegada a Macapá que a minha vida passou a ter um sentido maior. No mais profundo de mim mesmo, tenho medo da morte porque ainda amo a vida, com o que ela tem de bom e bela. O que sou hoje, e tudo que vi e vivi, devo aos amapaenses, embora nada tenha recebido de graça. Tudo que fiz na vida, até agora, foi fruto do meu trabalho, do meu esforço do meu suor. Lembro, agora, de algumas homenagens que recebi: 1) Na noite de 15 de junho de 1999, recebi o título honorífico de 'Cidadão de Macapá' "como reconhecimento pelos relevantes serviços prestados ao Município de Macapá e ao seu Povo”.2) Em 04 de fevereiro de 1989, o Jornal do Dia conferiu-me o diploma Destaque 1988, pelos relevantes serviços prestados ao Amapá, no setor educacional. 3) Em 12 de setembro de 1988, recebi da Academia Amapaense de Letras, o diploma de sócio titular, efetivo e perpétuo, como ocupante da cadeira nª 38, tendo como patrono Vicente Portugal. 4) Em 06 de agosto de 1997, durante o I Encontro Internacional de Magistrados da Amazônia, recebi o Colar do Mérito Judiciário, tendo a comenda sito entregue pela Procuradora Geral da Justiça, Dra. Raimunda Clara Banha Picanço, minha ex-aluna. 5) No dia 28 de abril de 2003, da Assembleia Legislativa do Amapá recebi o título de 'Cidadão Amapaense', sendo o diploma entregue pela profª Zaide Soledade, com um jantar depois no Ceta Ecotel. 6) Na manhã do dia 31 de outubro de 2008, no auditório multiuso da Universidade Federal do Amapá, das mãos do reitor José Carlos Tavares Coutinho, recebi a Medalha do Mérito Universitário “pelos relevantes serviços prestados à nossa Instituição Federal de Ensino Superior”. Não esqueço de que fui o único aplaudido de pé. 7) No dia 24 de outubro de 2011, recebi o troféu 'Equinócio da palavra' das mãos do governador Camilo Capiberibe, e, no dia 28, participei de um diálogo literário, no 1º Corredor Literário na 48ª Expofeira. Pelo título de 'Cidadão Amapaense', no dia 28 de abril de 2003, recebi de Silvana Salerno e Fernando Nuno Rodrigues, editores de São Paulo, uma felicitação nos seguintes termos: ”Honra você mais a esse nosso belo Estado setentrional, que o Estado a você, ao aceitar a láurea. Ou de outra forma: sai mais engrandecido o Amapá por lhe oferecer essa honra do que você por recebê-la pois o Munhoz é maior sem que o Amapá seja pequeno”. Também recebi da Biblioteca Pública Estadual Elcy |Lacerda o diploma 'Amigos da Biblioteca', “pelo excepcional e permanente carinho dedicado a esta Instituição, divulgando-a e participando das ações nela desenvolvidas.” O Rotary Club de Macapá me entregou no dia 21 de junho de 1996, o Diploma de Honra ao Mérito, “como reconhecimento pelo laborioso trabalho na educação da juventude amapaense, ao longo destas 5 décadas”. No dia 21 de dezembro último, encontrando o senador Sarney, pedi um autógrafo, no seu livro “Os Marimbondos de Fogo” edição portuguesa da Bartrand Editora, 1986, que eu comprei em Lisboa. Ele escreveu: “Ao professor Antônio Munhoz Lopes, um afetuoso abraço e minha admiração pelo seu amor às letras”. Num velho caderno que o cupim quase destrói, encontro: ”Aqui em Macapá ninguém ousa fazer qualquer movimento de cultura sem a sua participação. Seria uma falta de bom senso” – Elson Martins < A Voz Católica, de 13 de agosto de 1969. É o cúmulo do exagero: “Antônio Munhoz é uma das pessoas mais inteligentes que conhecemos, Um QI altíssimo” – Vera Cardoso Santos < O Liberal, 22 de dezembro de 1974. E por último o que disse Alcy Araújo, “O Estado do Amapá, 06-01-81: “Antônio Munhoz, esse monumento de cultura que é hoje um dos patrimônios dessa terra”. É exagero, é, mas é exagero de amigo. Melhor exagerar para o bem do que para o mal. Um sentimento mau é horrendo."
Trechos extraídos de duas cartas, escritas de próprio punho pelo professor Antônio Munhoz Lopes, e enviadas ao editor do blog datadas, respectivamente, de 08 e 29 de janeiro de 2012.
Parabens professor munhoz, tive a honrra de ser seu aluno no CA, Deus o Abençoe, parabens Lázaro pela materia!
ResponderExcluir