domingo, 10 de novembro de 2013

Mestre Raimundo Pantoja Lobo - 83 anos de vida

Nosso ilustre amigo e mestre Raimundo Pantoja Lobo, vira a folhinha neste domingo, 10, e completa seus 83 anos de vida.
RAIMUNDO PANTOJA LOBO - Filho de Lauro de Sousa Lobo e Rosa de Lima Pantoja Lobo, nasceu no Distrito de Aporema - que atualmente faz parte do município de Tartarugalzinho - no dia 10 de novembro de 1930. É uma bela região, onde a natureza presenteou o homem com rios, lagos e uma fauna diversificada. Foi nesse cenário paradisíaco que Raimundo Pantoja Lobo foi criado e, pesquisando no vasto livro da natureza, aprendeu a construir uma inteligência racional e cheia de respeito pelo meio ambiente. Só quando estava com 18 anos, Raimundo Lobo aprendeu a ler e escrever na Escola de Iniciação Agrícola da Base Aérea do Amapá. Isso no ano de 1948. Já de 1951 a 1954, concluiu o 1º. grau na Escola Normal de Macapá. Em 1968, o Ministério da Educação e Cultura conferiu-lhe o certificado de Professor, função que ele exerceu no Colégio  Amapaense, dando aulas de língua portuguesa, até o ano de 1987, quando foi aposentado.
O professor Lobo é um autodidata que fez dos estudos e pesquisas sobre o vernáculo o seu maior objetivo, sendo o maior conhecedor do idioma nacional no Amapá. Ele é amiudemente consultado por alunos, professores, advogados, escritores e todos aqueles que precisam de uma explicação sobre o correto uso da língua portuguesa. Casado com a Sra. Josefa de Lima Lobo, pai de 5 filhos, católico, costuma citar Os Sertões, de Euclides da Cunha e os trabalhos do filósofo Will Durant como as obras que mais o influenciaram. O professor Lobo, que só começou a estudar depois dos 18 anos, enfrentando todas as dificuldades, é um exemplo de obstinação, perseverança e amor ao saber. O seu autodidatismo, entretanto, revelou-lhe o mundo da linguagem e da filosofia, pois ele, mais do que ninguém, merece ser chamado de filósofo, pois vem demonstrando, ao longo de sua vida, ser um autêntico amigo do conhecimento.

Obras publicadas:
(Imagem: Reprodução Facebook/Paulo Tarso Barros)
Respingos de Filosofia e Ecologia (Imprensa Oficial, 1982); Respingos de Ecologia Empírica (Editora Gráfica O Dia, 1993) e Pensamentos sobre o Amor (2000).

Nessas obras, o professor Lobo nos repassa parte da rica experiência vivida na região de Aporema, além da compilação de pensamentos extraídos de poetas, cientistas, escritores e políticos. Ele registra, com a sua linguagem elegante, principalmente o comportamento dos animais e nos convence de que a natureza é sábia e perfeita.
Desde fevereiro de 2001 o professor Lobo faz parte da Associação Amapaense de Escritores - APES. (Paulo Tarso Barros)

 Fonte: Pensamentos sobre o Amor - José Pantoja Lobo

Um comentário:

  1. ÉDI PRADO -O comentário do professor Lobo sobre a expressão paquerar, muito em voga na década de 70, quando fui aluno dele, no Colégio Amapaense: Paquerar, em vigor significa ir à caça de uma paca. Um animal de carne apreciadíssima, mas muito arisco e é preciso artimanhas para capturar, de preferência viva. Quem prova desta caça e gosta quer repetir sempre até os últimos instantes, porque o amor é eterno enquanto duro.

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