Nosso amigo historiador e blogueiro, Nilson Montoril,
publicou em sua página no Facebook, um oportuno comentário sobre QUAL A FUNÇÃO
DE UM FAROL?, em que citou antigo farol da Fortaleza de Macapá:
Segundo ele, “por volta de 1900, um farol foi instalado
no baluarte Nossa Senhora da Conceição, com a missão precípua de alertar os
viajantes quanto ao praião existente na frente da pequena cidade de Macapá e a
possibilidade de uma embarcação chocar-se contra o platô onde está edificado o
patrimônio bélico.
Mesmo depois que a Fortaleza foi abandonada, década de 1920,
o farol, mais simples que o mostrado na foto desta postagem continuou
funcionando. Macapá não tinha energia elétrica naquela época e o faroleiro
acendia o pavio do farol às 18 horas, apagando-o as 6 horas da manhã do dia
imediato. Este procedimento só mudou a partir de 1953, quando cilindros de gás
foram instalados junto a base do mirante (a haste que sustentava a passarela
encimada e o eclipsor ). A Marinha passou a contar com a colaboração da ICOMI,
depois do balizamento do canal norte do Rio Amazonas. Sem o balizamento, os
navios cargueiros, que vinham embarcar o minério de manganês, no Porto de
Santana correriam grande risco de encalhar.
A escada do farol deveria servir
unicamente ao faroleiro, mas todo mundo queria subir seus degraus para alcançar
o topo do mirante. Praticamente ninguém se deu conta do perigo, haja vista, que
o bloco de concreto que fixava, com uso de grossos parafusos da base do farol,
estava sob o aterro do baluarte e a terra não era tão compactada como pensavam
os "turistas". Que era gostoso ficar lá no topo do farol recebendo o
vento gostoso da enchente da maré, era. Em 1978, no governo do general Arthur
Henning, a Fortaleza passou por uma nova operação de manutenção e reparos, a
Marinha sentiu que era oportuna a retirada do farol. Ele apenas ilustrava a
paisagem."
Nos comentários, o
amigo Luiz Lopes Neto, contemporâneo do Nilson, quis saber que fim levou esse
farol?
Nilson respondeu que “o farol propriamente dito, parte que tem o
iclipsor (que faz a luz acender e apagar), o Serviço de Sinalização Náutica do
Norte/DDNN, sediado em Santana, perto do estádio Augusto Antunes, instalou na
ilha de Santana, de frente para a Fazendinha. Ali, ele permanece em atividade.
O mirante está guardado no Distrito SSNN- 41. Aquela conversa de que o Barcellos
o teria levado para o Rio de Janeiro é
balela. Eu estive na sede da Capitania da Marinha e vi o que estou relatando. A
Marinha se dispõe a montar uma réplica, em dimensão reduzida para ficar na
Fortaleza, mas os difamadores não se interessaram. "
Fotos: Reprodução de arquivo
Foi muito importante o resgate da verdade pelo Nilson. Como disse pra ele, também ouvi sobre a historia do Barcelos. Não se pode difamar as pessoa com balelas. Luiz Neto
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