Encontrei esse registro fotográfico no blog Memorial Santanense, postado pelo amigo Emanoel Jordânio.
Trata-se da foto do pequeno ancoradouro da ICOMI, nos anos iniciais de sua instalação em Santana, no final da década de 1940.
Essa relíquia marca o “período inicial da história de Santana”. Segundo Jordânio, o registro aconteceu de maneira casual, em 1949, quando técnicos enviados da empresa Indústria e Comércio de Minérios S/A (antiga ICOMI) estiveram visitando o então Território Federal do Amapá para efetuar os primeiros levantamentos para construção de um porto dedicado exclusivamente a escoar o recém descoberto minério de manganês da região de Serra do Navio.
De acordo com depoimentos colhidos de ex-funcionários da mineradora ICOMI e com base em históricos documentos da extinta administração territorial amapaense, o então governador Capitão Janary Nunes (que governou o Amapá no período de janeiro de 1944 a fevereiro de 1956) já vinha cogitando, desde meados da década de 1940, construir o futuro Porto Comercial de Macapá numa área onde hoje está situada a Área Portuária de Santana, mas devido uma cláusula, descrita no acordo feito entre a mineradora ICOMI, o Governo Federal e o Governo amapaense, ficou decidido que uma extensa área de terras de Santana seria temporariamente cedida para a mineradora (a longo prazo), o que obrigou o governador Janary Nunes a buscar uma nova alternativa geográfica para seu grandioso projeto.
Com isso, o prédio visto (ao fundo) nessa foto foi na verdade levantado pela Divisão de Obras do Governo Territorial do Amapá em 1949 com intuito de servir de armazém público, mas acabou sendo entregue para a ICOMI no ano seguinte, funcionando como Almoxarifado da mineradora por quase três décadas, até ser novamente devolvido ao Governo do Amapá que posteriormente cedeu o local para a extinta Brumasa (fabricante de compensados da região) por um curto período de uso, e atualmente vem abrigando alguns setores de atendimento da área da saúde municipal de Santana (clínico geral, pediatria, cardiologia, etc).
Fonte: Memorial Santanense
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