Hoje nossa terceira homenageada do Largo dos Inocentes, é Dona Cacilda da Cruz Pimentel.
Mulher de
fibra, fé e ternura, Dona Cacilda pertenceu a uma geração que não apenas viveu
o Formigueiro, mas o inventou com o suor, a coragem e a solidariedade do
cotidiano. Com sua presença marcante, ajudou a formar as primeiras famílias que
deram origem ao centro da cidade, costurando laços de vizinhança e esperança em
tempos de poucos recursos, mas de abundante humanidade.
No compasso
dos dias simples, Dona Cacilda fez de sua casa um abrigo e um ponto de
encontro. Ali se acolhiam os que precisavam de conforto, ali se partilhavam
rezas, saberes, alimentos e alegrias. Era o lar onde se teciam as relações de
respeito e união que, ainda hoje, ecoam entre descendentes e vizinhos.
Sua
generosidade tornou-se referência para muitos nas horas difíceis, e sua
memória, um símbolo de solidariedade. Seu exemplo transcendeu o tempo — não
apenas como lembrança familiar, mas como herança viva na cultura popular, nas
festas, nas orações e nas tradições que seguem pulsando no Largo dos Inocentes - Formigueiro.
Relembrar Dona
Cacilda é celebrar a força das mulheres que, com gestos simples e fé profunda,
ergueram os alicerces invisíveis da cidade. É reconhecer que a história também
se escreve com afeto e que a memória, quando preservada, continua a iluminar
o presente.
Fontes: – Totem informativo instalado na Praça do Largo dos Inocentes - Formigueiro, projeto de revitalização da Prefeitura Municipal de Macapá, 2025.
Depoimento do ex-Prefeito João Henrique Pimentel
– Registro fotográfico de @paulotarsobarros.
Texto integrante do acervo histórico do blog Porta-Retrato – Macapá.

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