JECONIAS ALVES DE ARAÚJO - carnavalesco, poeta e esportista, filho
de Zacarias Alves de Araújo e Odália Vieira de Araújo, era paraense, natural de
São Miguel do Guamá, onde nasceu a três de dezembro de 1941. Estava com seis
anos de Idade quando seus pais decidiram mudar para Macapá. Seu Zacarias era
correeiro(feitor de correias) de méritos inegáveis e estava encontrando dificuldades para
desempenhar suas atividades de curtir couros bovinos em São Miguel do Guamá. A
transferência da família aconteceu em 1947, ocasião em que os trabalhos de
restauração da Fortaleza já estavam quase concluídos e diversas atividades
governamentais eram desenvolvidas na fortificação. Foi em busca de melhores
condições para sustentar a família. Sem ter onde morar ficou alojado em duas quartinas
(casamatas) da Fortaleza São José. Ao lado do forte, entre os baluartes Madre
de Deus e São Pedro funcionava o matadouro da cidade, local onde Seu Zacarias
visitava frequentemente para recolher o couro das rezes abatidas a fim de
curti-los. No citado monumento histórico estava instalada a oficina do Jornal
Amapá, órgão de imprensa do Governo do Território Federal do Amapá. Ainda
criança, Jeconias se encantou com as máquinas e com as atividades dos gráficos.
Moleque esperto passou a prestar diversos serviços aos funcionários, de recados
à compra de merenda. Ao completar 12 anos foi admitido como aprendiz e chegou
ao posto de diretor, cargo no qual se aposentou. A família Alves de Araújo já
residia perto da sede dos Escoteiros do Mar Marcilio Dias, no Trem, quando
Jeconias ingressou no Atlético Latitude Zero, como goleiro. Alto, mas desengonçado ganhou o apelido de Pintão
(ou filhotão de pinto). Nem a tradição Pentecostal cultivada principalmente por
sua genitora impediu que Jeconias gostasse dos folguedos populares, notadamente
do carnaval. Seu nome é sinônimo de folia na Associação Piratas da Batucada.
Excelente compositor contribuiu para que a escola sempre brilhasse em suas
apresentações. Adorava fazer versos, entre eles os que relatam passagens
marcantes de Macapá. Por recomendação médica precisou deixar de lado muitas das
suas atividades e decidiu ir morar em Mazagão Velho. Na vila histórica do rio
Mutuacá construiu uma nova casa. Ele foi o idealizador do prédio fez os
primeiros tijolos de cimento e orientou os pedreiros a que sequenciassem a produção.
Para poder tocar a obra estafante, Jeconias morava na casa do Cristiano
Barreto, que foi juiz de futebol. No dia 20 de outubro de 2007, por volta das 12h15min,
Jeconias partiu para a eternidade. Seu corpo foi velado na Capela Santa Rita e
sepultado no Cemitério São José (Buritizal), após as 16 horas. Ele iria fazer
66 anos de idade.
Texto de Nilson Montoril de Araújo, adaptado ao Porta-Retrato
Fonte: Facebook
E verdade saudades do meu meu boêmio pai era um homem muito inteligente mas também muito cabeça dura mas eu o amava desse jeito agora só restou às doces lembranças desse paraense de São Miguel do Guamar obrigado montoril pela homenagem.
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