A festa dos 261 anos de Macapá, em 2019, foi marcada por um misto
de religiosidade e cultura.
Dia 4 de fevereiro, registrou este ano, um evento inédito: logo após a Santa Missa, rezada na Matriz de São José, com a presença de autoridades das esferas estadual, federal e municipal, aconteceu o tradicional encontro das bandeiras, que contou com diversos grupos de marabaixo.
Dia 4 de fevereiro, registrou este ano, um evento inédito: logo após a Santa Missa, rezada na Matriz de São José, com a presença de autoridades das esferas estadual, federal e municipal, aconteceu o tradicional encontro das bandeiras, que contou com diversos grupos de marabaixo.
Esse tipo de manifestação misturando religiosidade e cultura
já fora tentado em outras eras, na capital do Amapá.
Nos arquivos históricos da cidade existem registros
fotográficos dessa manifestação cultural, publicados em livros antigos sobre a
memória das atividades dos moradores das primeiras comunidades.
Tempos de outrora, os foliões do marabaixo entravam dançando
na Igreja de São José de Macapá, e alguns rapazes subiam até a torre para tocar
o sino, festivamente.
As manifestações de sincretismo
religioso da comunidade afrodescendentes, eram estimuladas pelo governador à
época Janary Nunes.
Houve um período de conflito entre representantes da igreja
católica e do marabaixo. Missionários de origem europeia, com visão
extremamente ortodoxa, não conheciam o catolicismo popular, onde o marabaixo se
enquadrava. O marabaixo foi considerado como "macumba" e visto como
um evento de batuque e bebedeira, com exploração de dinheiro. Alguns padres que
pensavam assim foram o Pe. Júlio Maria Lombard e Dom Aristídes Piróvano. Combateram o marabaixo publicamente e não
permitiam a entrada na igreja, causando revolta em alguns momentos.
Isso é o que está contado na obra Modernidade e Marabaixo
(breve ensaio) do Pe. Aldenor Benjamim dos Santos.
Um dos locais preferidos dos adeptos dessa arte, era, justamente,
a frente da Igreja Matriz de São José de Macapá, considerada o prédio mais
antigo de Macapá.
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