Recebemos com profundo pesar a
notícia do falecimento em Macapá, por volta das 20 horas desta terça-feira (11/06),
do empresário, desportista, vereador e deputado estadual JARBAS FERREIRA GATO.
Foto: Arquivo pessoal |
Doente desde 2013, Jarbas Gato já
estava há duas semanas na UTI da Unimed. “Embora apresentando alguma melhora, seu quadro
se agravou nos 2 últimos dias, quando, nesse período, chegou a sofrer duas
paradas cardíacas,” conta a filha Marola. (Luiz Melo)
JARBAS GATO nasceu em Oriximiná, no
estado do Pará, em 02 de dezembro de 1931.
Foto: Reprodução / Seles Nafes |
Casado com Verônica Oliveira Gato –
de quem estava viúvo - com quem teve 7 filhos que lhe agraciaram com 20 netos e
10 bisnetos.
Estudou o curso primário e ginasial
em Belém em escola pública. Aos 14 anos aprendeu o ofício de mecânica na oficina
da Secretaria de Estrada de Rodagem nos primeiros carros americanos que
chegaram em Belém em 1945.
Chegou a Macapá em 1951, a convite
do chefe de polícia à época, Tenente Wadih Charone, para fazer um teste no Amapá
Clube, time do governador Janary Nunes.
Devido ao talento no futebol, foi
imediatamente contratado como mecânico e motorista da Guarda Territorial. Ele foi motorista do violino, um dos primeiros veículos da segurança pública do Amapá, conforme podemos ver na foto memória, acima. Ainda na década de 50, juntamente com um grupo de amigos, funda a UBMA - União Beneficente dos Motoristas do Amapá. Em
1955 ganhou o maior prêmio já pago pela loteria federal no norte do Brasil.
Saiu da polícia e comprou dois veículos para rodar na praça como táxi. Começava
aí, a carreira vitoriosa de empresário no ramo de transportes, em Macapá. Em 1960 construiu o seu primeiro
Posto de Combustível ao lado Mercado Central e em 1961 comprou seu primeiro
ônibus lotação e abriu a primeira empresa de ônibus urbano e interestadual.
Firma contrato de aluguel de veículos com a ICOMI, a primeira mineradora do
Amapá, para levar os funcionários da capital para o distrito de Santana onde
trabalhavam. Depois ampliou seus negócios com a compra de Kombis e caminhões
para prestar serviço à BRUMASA, multinacional holandesa que fabricava
compensado. Em 1970 resolveu voltar a estudar
para concluir o curso de técnico em contabilidade no Colégio Comercial do
Amapá, antigo CCA. Logo depois, foi eleito presidente do Grêmio Literário Rui
Barbosa. Participou do primeiro processo eleitoral para escolha de vereadores
do município de Macapá onde foi um dos mais votados. Nesta época. Durante os
mandatos como vereador do ainda Território, foi por 3 vezes eleito presidente
da Câmara de Vereadores. Assumiu várias vezes as funções de governador, vice e
prefeito de Macapá. Foi deputado estadual constituinte e até hoje é
considerando um dos políticos com maior número de mandatos consecutivos. Foram
30 anos de parlamento.
Foi presidente e reconstruiu o seu clube do coração, o
Amapá Clube. Em vários campeonatos de futebol foi técnico, e torcedor fanático
do alvinegro da Presidente Vargas.
( Foto: Reprodução / Blog Arambaé ) |
Em 1964 na época da revolução foi
passar o carnaval no Rio de Janeiro com seu amigo Amujacy (eram sócios do Bar
Gato Azul) e lá, saíram na Banda de Ipanema, e em 1965, fundaram o Bloco A
BANDA, em Macapá, com alguns amigos, para desafiar o governador da época,
General Luís Mendes da Silva.
Na singela homenagem que fez ao ilustre pioneiro, o jornalista
João Silva retirou do baú de lembranças, um registro em preto e branco feito na
sede da Federação Amapaense de Desportos recheado de dirigentes da melhor
qualidade: o Jarbas Gato, jovem senhor ainda, ao lado de Brito Lima, Ubiracy Picanço e Bento Góes de Almeida observados por Juraci Freitas nos anos 70,
a década de ouro do futebol tucuju.
Jarbas retirou-se da vida pública
com relevantes serviços dedicados ao Estado, à política e ao esporte.
Ultimamente, vivia de rendas e aposentadoria.
Seu corpo – sepultado na tarde
desta quarta-feira - descansa em Paz, no Cemitério de São José, no bairro de Santa
Rita.
JARBAS GATO, por esses feitos, é
justamente homenageado como um Notável edificador do Amapá.
Fontes: Facebook / Luiz Melo / João Silva
e Memorial Amapá
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