sexta-feira, 21 de junho de 2019

MEMÓRIA DA CIDADE DE MACAPÁ: ACADEMIA AMAPAENSE DE LETRAS, 66 ANOS DE FUNDAÇÃO

Há exatos 66 anos, era fundada em Macapá, a Academia Amapaense de Letras.
O histórico acontecimento ocorreu no domingo 21 de junho de 1953, na sala de estudos da Biblioteca Clemente Mariani, do Grêmio Literário e Cívico Rui Barbosa, entidade estudantil, que congregava alunos do Ginásio Amapaense, então instalado em dependências do Grupo Escolar Barão do Rio Branco.
A Academia Amapaense de Letras, foi composta inicialmente por 12(doze) sócios efetivos e cinco sócios honorários.
SÓCIOS EFETIVOS
1- Benedito Alves Cardoso (Professor de Português e Literatura)
2 - Gabriel de Almeida Café (Técnico da Educação e Professor de História)
3 - João Elias Nazaré Cardoso (Professor)
4 - Nelson Geraldo Sofiatti (Químico e Professor)
5 - Heitor de Azevedo Picanço (Contabilista e Professor)
6 - Amilcar da Silva Pereira Médico e Diretor do Ginásio Amapaense) 
7 - Célio Rodrigues Cal (Delegado de Polícia e Professor)
8 - Uriel Sales de Araújo (Juiz de Direito e Professor) 
9 - Oton Accioly Ramos (Promotor Público e Professor)
10 - Mário Medeiros Barbosa (Médico e Professor)
11 - Lício Mariolino Solheiro (Professor) 
12 - Jarbas Amorim Cavalcante (juiz de Direito e Professor))
SÓCIOS HONORÁRIOS
1 – Janary Gentil Nunes (Governador do Território Federal do Amapá)
2 - Coaracy Gentil Monteiro Nunes (Deputado Federal)
3 - Hildemar Pimentel Maia (Promotor Público e Suplente de Deputado Federal)
4 - Diniz Henrique Botelho (Secretário do Ginásio Amapaense)
5 - Altino Pimenta (Diretor do Conservatório Amapaense de Música)
PRIMEIRA DIRETORIA
1 - Presidente : Benedito Alves Cardoso(Professor de Português e Literatura)
2 - Secretário : Gabriel de Almeida Café(Professor de História e jornalista)
3 - Tesoureiro : Amilcar da Silva Pereira(Médico e Professor de Ciências).
4 - Bibliotecário :Heitor de Azevedo Picanço ( Contador e Professor de Contabilidade)
A posse da Diretoria aconteceu no dia 5 de julho, no Cine Teatro Territorial (anexo ao Grupo Escolar Barão do Rio Branco), ocasião em que o Governador Janary Gentil Nunes fez um belo discurso. Por mais de 30 anos o Silogeu ficou desativado, sendo reinstalado em agosto de 1988. Neste dia 21 de junho de 2019, a Academia Amapaense de Letras completa 66 anos de fundação. Já faleceram 33 dos seus membros. Atualmente o colegiado tem 22 sócios titulares. A atual Diretoria está assim constituída: Presidente- Nilson Montoril de Araújo; Vice-Manuel Bispo Correa; Secretário - Fernando Pimentel Canto;Tesoureiro- Antônio Carlos da Silva Farias; Diretor de Biblioteca - Luiz Alberto Costa Guedes.
O professor e historiador Nilson Montoril de Araújo, atual presidente, explicita em detalhes o surgimento da entidade:
“Estimulados por membros da Academia Paraense de Letras, notáveis servidores públicos do Território Federal do Amapá decidiram fundar um Silogeu com as mesmas finalidades da congênere parauara, na cidade de Macapá. Isso ocorreu no dia 21.6.1953, comemorando a passagem do aniversário do escritor Machado de Assis. Surgia dessa forma, a Academia Amapaense de Letras, uma entidade civil, sem fins lucrativos, que tem por finalidade implementar o desenvolvimento literário, cultural, científico e artístico do Brasil, conforme o estabelecido em suas normas internas. Decorrente de sua própria natureza, a Academia Amapaense de Letras funcionará por prazo indeterminado. Com sede e foro na cidade de Macapá, a AAL tem três categorias de sócios: titulares, correspondentes e honorários. Apenas o sócio titular goza do direito de votar e ser votado. A admissão de sócio titular, de caráter efetivo e perpétuo, dar-se-á por eleição, em escrutínio secreto, entre candidatos de qualquer sexo, inscritos previamente para preenchimento de vagas abertas com o falecimento de ocupantes anteriores, de uma das cadeiras indicadas no parágrafo 2º do Art. 4, ou que tenha mudado de categoria, ou abdicado de ser acadêmico, que tenha trabalhos publicados ou não, de reconhecido valor literário, cultural, cientifico, artístico ou histórico. Cada cadeira terá um patrono reconhecido como vulto ligado a história e cultura do Amapá. A solenidade de fundação do Silogeu amapaense aconteceu na sala de estudos da Biblioteca “Clemente Mariani”, do Grêmio Literário e Cívico Rui Barbosa, entidade constituída por estudantes do então Ginásio Amapaense, instalada no Grupo Escolar Barão do Rio Branco.
Os sócios fundadores foram: Benedito Alves Cardoso (Presidente), Gabriel de Almeida Café (Secretário), João Elias de Nazaré Cardoso, Nelson Geraldo Sofiatti, Heitor de Azevedo Picanço (Bibliotecário), Amilcar da Silva Pereira (Tesoureiro), Uriel Sales de Araújo, Célio Rodrigues Cal, Oton Accioli Ramos, Mário de Medeiros Barbosa, Lício Mariolino Solheiro e Jarbas Amorim Cavalcante. Cinco sócios honorários foram distinguidos: Diniz Henrique Botelho, Altino Pimenta, Deputado Coaracy Nunes, Dr. Hildemar Pimentel Maia e tenente coronel Janary Gentil Nunes, governador do Amapá. A instalação do colegiado e a posse de seus membros aconteceu no dia 5 de julho. Os sócios fundadores exerciam o magistério do Ginásio Amapaense. Em pouco tempo a entidade deixou de atuar regularmente e nenhum trabalho de estruturação foi realizado. 
No início do ano de 1988, fui procurado pelo Dr. Georgenor Franco Filho, Juiz do Trabalho de Macapá e membro da Academia Paraense de Letras, que demonstrou interesse em soerguer o Silogeu e gostaria de contar com minha ajuda. Tinha tratado do assunto com o advogado Antônio Cabral de Castro, que lhe falou a meu respeito.
Eu exercia a Presidência do Conselho Territorial de Educação e pude dispor do plenário do órgão para a realização da reunião preparatória visando à organização da Academia Amapaense de Letras. 
Na solenidade de posse dos membros da Academia Amapaense de Letras,
ocorrida no Salão Nobre do Palácio do Setentrião, em agosto de 1988,
o Governador Jorge Nova da Costa faz uso da palavra para enaltecer
a bela iniciativa e desejar sucesso ao Silogeu. Á sua direita vemos
 o Juiz do Trabalho, Dr. Goergenor Franco Filho.
Á esquerda, vislumbramos o Professor e
Adm. Nilson Montoril de Araújo, Presidente da novel instituição.
No dia 31 de agosto, às 20h:30min, na Sala de Sessões Plenárias Mário Quirino da Silva, estiveram reunidos: Georgenor de Souza Franco Filho, Nilson Montoril de Araújo, Antônio Cabral de Castro, Dagoberto Damasceno Costa, Estácio Vidal Picanço, Fernando Pimentel Canto e Manuel Bispo Corrêa. Analisamos um modelo de estatuto apresentado pelo Dr. Georgenor, relacionamos os patronos das cadeiras e decidimos que, inicialmente a Academia funcionaria com apenas 20 sócios titulares, salvaguardando-se o direito dos sócios fundadores. Dentre eles, somente Heitor de Azevedo Picanço residia em Macapá. Posteriormente, outros valores literários foram incorporados ao grupo, que ficou constituído por 22 membros. Até o presente momento, 12 sócios faleceram: Alcy Araújo Cavalcante, Aracy Miranda de Mont’Alverne, Estácio Vidal Picanço, Hélio Guarany Pennafort, Elfredo Távora Gonçalves, Jorge Basile, Arthur Nery Marinho, Heitor de Azevedo Picanço, Isnard Brandão Filho, José de Alencar Feijó Benevides, Amaury Guimarães Farias e Antônio Munhoz Lopes. Os sócios restantes são: Nilson Montoril de Araújo, Georgenor Franco Filho, Antônio Cabral de Castro, Antônio Carlos Farias, Paulo Fernando Batista Guerra, Don Luiz Soares Vieira, Dagoberto Damasceno Costa, Fernando Pimentel Canto, Manoel Bispo Correa e Luiz Alberto Guedes. Dia 12 de setembro, no Salão Nobre do Palácio do Setentrião, em sessão presidida pelo Governador Nova da Costa, 15 acadêmicos tomaram posse.
A posse da primeira diretoria se deu no dia 17 de outubro: Presidente, Nilson Montoril de Araújo; Vice-Presidente, Dom Luiz Soares Vieira; Secretária, Aracy Miranda de Mont’Alverne; Tesoureiro, Antônio Carlos da Silva Farias; Diretor de Biblioteca, Dagoberto Damasceno Costa; Comissão de Contas: Antônio Cabral de Castro, Antônio Munhoz Lopes e Paulo Fernando Batista Guerra. Infelizmente, o euforismo inicial cedeu lugar a acomodação da maioria dos sócios. Isso gerou sérios problemas para o pleno funcionamento da instituição. Podendo deliberar com a presença de pelo menos 5 membros, o Silogeu raríssimas vezes atingiu este número."
NOVA FASE
"Na noite de 27 de outubro de 2017, a Academia Amapaense de Letras (AAL) empossou, no Centro de Convenções João Batista de Azevedo Picanço, mais 12 membros. Agora a AAL possui 22 acadêmicos imortais.
A cerimônia foi conduzida pelo presidente da AAL, professor Nilson Montoril de Araújo, com o auxílio do secretário da entidade, o sociólogo e poeta Fernando Pimentel Canto. 
Também compuseram a mesa de honra do Silogeu, o vice-presidente, Manuel Bispo Correa; e o diretor de biblioteca, Luiz Alberto Costa, todos membros da direção da Academia Amapaense de Letras.
A belíssima solenidade marcou uma nova fase na existência do Silogeu (Casa onde se reúnem associações literárias ou científicas) do Amapá, que é a vanguarda da cultura amapaense e representa respeito e reconhecimento por aquelas que produzem e reproduzem arte e conhecimento através de manifestações literárias no Estado. 
Ainda durante o evento, foi anunciado um futuro edital, para mais 18 vagas nesta Academia.
Os novos acadêmicos imortais são:
Cadeira nº 01 – Gilberto de Paula Pinheiro (Patrono: Acylino de Leão Rodrigues e Fundador: Heitor de Azevedo Picanço; Cadeira nº 07 – Benedito Rostan Costa Martins (Patrono: Deusolina Sales Farias e Fundador: Amaury Guimarães Farias); Cadeira nº 14 – Piedade Lino Videira (Patrono: Hildemar Pimentel Maia e Fundadora : Aracy Miranda de Mont’Alverne); Cadeira nº 15 – Fernando Rodrigues dos Santos (Patrono Janary Gentil Nunes e Fundador: Estácio Vidal Picanço); Cadeira nº 20 – César Bernardo de Souza (Patrono: João Távora e Fundador: Elfredo Távora Gonçalves); Cadeira nº 25 – Alcinéa Maria Cavalcante Costa (Patrono: Mendonça Júnior e Fundador: Alcy Araújo Cavalcante); Cadeira nº 28 – Cléo Farias de Araújo (Patrono: Júlio Maria de Lombaerde e Fundador: Jorge Basile); Cadeira nº 29 – Manuel Azevedo de Souza (Patrono Paulo Euletério e Fundador: Arthur Nery Marinho); Cadeira nº 31 – Paulo Tarso Silva Barros (Patrono: Paul Ledoux e Fundador: José de Alencar Feijó Benevides); Cadeira nº 33 – Francisco Osvaldo Simões Filho (Patrono: Roque Pennafort e Fundador: Hélio Guarany Pennafort); Cadeira nº 38 – José Queiroz Pastana (Patrono: Vicente Portugal e Fundador : Antônio Munhoz Lopes); Cadeira nº 40 – Carlos Nilson da Costa (Patrono: Walkiria Lima e Fundador: Isnard Brandão de Lima Filho."
Fontes: Blog Arambaé de Nilson Montoril;  Blog De Rocha de Elton Tavares e Facebook.
Fotos de Nilson Montoril

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