LAGUINHO, 76
ANOS – DE HISTÓRIAS E TRADIÇÕES
Por Édi
Prado. Maio 2021
Foto rara dos
anos 60. Imagens do inspetor Waldelor da Silva Ribeiro, em pé, à esquerda. Ao centro de camisa escura, Sr.
Queiroga, aponta sinais de trânsito para um candidato à motorista e à direita,
sentado, o agente Murilo, que antes de ser guarda territorial trabalhou no Elite
Bar do Sr. João Assis, na esquina da Praça Veiga Cabral.
Meu pai, o inspetor Waldelor da Silva Ribeiro, veio do Afuá em 1948, junto com minha mãe, Maria de Nazaré Prado Ribeiro. Foram morar nas palafitas, no remanso. Nas mediações da Fortaleza São José de Macapá, comum no começo do Território Federal do Amapá. Lá nasceram Edilson José Prado Ribeiro, o Canhoto, que foi vítima do incêndio em 1972, no cais em Santana, quando o Rio Amazonas pegou fogo. Edvaldo de Jesus Prado Ribeiro, delegado da Polícia Civil e Elisabeth Maria Ribeiro Corrêa, professora.
Em 1954, o então governador Janary Nunes, que estava transferindo os negros das mediações da Igreja São José, para o Laguinho, ofereceu ao meu pai, um lote na Rua General Rondon, 618, quase esquina com a então Nações Unidas.
Lá ele ergueu a casa de madeira e foi onde nasci. Laguinense legítimo.
Cerca de
98% era de família negra. Nossos vizinhos, eram o Seu Ramiro e D. Zefinha e a
família do Seu Balô, branco, casado com uma negra. Vó Isabel, avó do José
Cardoso Neto, Cutica e os primos Wanderlei e Genésio. Em frente de casa morava
o Seu Pedro Monteiro, ou Pedro da Lina, fundador do América Futebol Clube e nos
fundos, na Av. Nações Unidas, o irmão dele, o Seu Zé da Lina, acendedor das
lâmpadas no centro da cidade.
Tem
muitas histórias. Muitos causos. Mas o espaço é curto. Vou escrever umas boas
histórias depois. Hoje vamos enumerar alguns nomes de pessoas que nasceram ou
vieram para o Laguinho, formar este grande timaço.
Eis
alguns nomes lembrados, muitos serão adicionados, mas por segurança, vamos
registrando os que vieram a mente.
Eu era
conhecido como Lia. Não sei a origem. Nem a mamãe lembrava. Meu nome é
Edevonildo Nazaré Prado Ribeiro. Quando fui para o Rio de Janeiro, estudar
jornalismo, meu nome foi abreviado para facilitar. Passaram a me chamar de Édi
Prado. Convenhamos, melhor que Edevonildo. O Laguinho faz 76 anos. Em 1954,
quando nasci, já estavam as famílias da Vó Bel, João e Joana Pil, família do
Dedé, Manhabuco, Raimunda Rodrigues Carvalho, conhecida como Raimunda Zefa, mãe
do Vedete, Seu Totonho, carroceiro e o filho Zé Maria Pires, Família Quipilino,
Seu Ramiro e D. Zefinha, donos da
amassadeira de açaí. Sabá Ataíde, Boquinha, Henrique, D. Joaquina Bruno, João
de Paula, Abdon Lima, Odilardo, Pedro Uriel, Rui Lima, Oneide Lima, que casou
com o Manoel Bispo, professor e artista plástico, poeta e laguinense.
O Antônio
Rodrigues Carvalho, o Vedete, quando consultado para rever lembranças, foi
citando os nomes completos: José Maria do Espírito Santos ( Quipilino ), José
Cardoso Neto ( Cutica ) , Joaquim da Silva Ramos ( munjoca ), Raimundo Nonato Ataíde
de Lima ( boquinha ), Sebastião Ataíde de Lima
( Sabá ); os filhos do seu Pedro
da Lina com D. Astrogilda, Pedrinho, Zeca, Bernardo, Ediberto (Dida) também a
D.Dulce, irmã da D. Astrogilda com o Seu Álvaro, com os filhos Alvanéia,
Aldomaro, Agostinho e Kátia .
Cada
família tem uma boa e memorável história. Tem a Tia Zefa, mãe de Aureliano Da
Silva Ramos ( Neck) José Isaías da Silva Ramos (Bomba d’água) Pedro da Silva
Ramos ( Pedro ). Os filhos do
Manhabuco, temos que lembrar os nomes. Perguntei para a Graça, filha do
Vagalume. Na hora: Manhabuco e D. Joaquina, Pedro, João, Graça, se lembrar de
mais mando, disse ela. Tem tempo para resgatar.
A Graça
lembrou do Seu Ladislau e D. Joaquina José, Maria, Joaquina, Joana, a Maria que
eles criaram casou com o Domingos que o Seu Biluca criou. Citou o Libório. O
cheio de breque que bebia umas? Esse. Tinha o Perigoso, o pai do Nonato, que
morava onde é o Waldir, que tem o Bar Calçadão.
Seu
Arinho. D. Ondina, tiveram o Marinho, Zé Buchinha, Zezé e a filharada. Seu Ramiro e dona Zefinha
Joaquina, Maria, Antonina, Ramirinho, José, Deco. Dona Onória, mãe do José
Querozene, Raimundinha, Sené e outros. Lembra do Seu José Perigoso e Suza, Paulinho,Dudeca,
Budeco , Teotônio e Dona Nenê, filhos Geralda e Zé Maria. Dona Joaquina Bruno,
Bruno, Fatima, Raimundinha, Sebastião, Silvia, Aroldo, Raimundinho, Nazaré. D
Biló e a filha a Lurdes. D Aurora e
família. D. Serena, Gorete, Vasquinho.
Vamos
lembrar do Seu Herculano e D Otília os pais do Budeco, José, Joāo, Graça e outros. João Falconere e D Raimunda Diquita,
Joãozinho, Braziléa. Seu Guitinho e Dona Maria, Filomena, Graça, Raimundo,
José, Izabel. Piedade, Felízia a
Fefé, Genésio, Wanderlei, José Cutiquinha.
D Josefa
mãe do Sené, D Agda mãe da Deuza, D Ondina do Dedé, José e Deuzarina.. /2021]
Graça. Laguinho: Família Bispo, Manoel Neldon, Ana Laura Neucinda. Família
Bacessar, Sebastiana, Ana Lúcia, Graça. João
de Paula e D Maria, Joana, Joãozinho, Mozart, Meire, Manoel, Graça. D Biló,
Munjoca, Maria, Raimundo, Bilozinha,
Socorro e Josefa. Tia Filipa
Ramos e Graça Ramos. Raimunda Ramos, Graça,
José Raimundo, Joaquina, Jovem, Márcia Eyd.
D.
Dolores e Raimundo Ardasse,
Deuzuite, Raimundo, José, Rosália, Aroldo, Adolfo, Joana irmā do Folconere, esposo e filhos. Seu Manelão e a Marcina
Clotilde e o Bira. Seu Manelão e D
Marcina tiveram três filhas quando lembrar o nome delas te mando. Mestre Bené e D Luzia fil ,Nicinha, Luzia .
Os pais do Adolfo Valente. José Valente e não lembro do nome da esposa
dele. Família Canto: Fernando, Juvenal, Zé Eduardo. Walmir Cabeludo, Augusto
Bazuca e Macaco, Carlito Cachorro de Roça, Joca, Naza, Carlos Moreno, Milton
Corrêa, Mário Corrêa, Miltinho.
Por hoje,
são só esses...
Édi Prado – jornalista amapaense, fundador e parceiro do blog Porta-Retrato-Macapá.
Imagem pequena de arquivo.
Foi um repente. Precisamos resgatar a história do Lembrar os nomes assim,de repente, não é uma tarefa tão imediata assim.Pedi ajuda pro Cutica, que só não é meu irmão consanguíneo, mas vivemos como irmãos, Vedete, Cecília Amorim, Graça do Vagalume e pro Zé Maria Pires, filho do Sr.Totonho, carroceiro, que nunca atendeu o telefone. Não é uma história completa. É só o começo. Gratíssimo pela excelente publicação. Valeu muito
ResponderExcluirRelembrar é bom demais! Obrigada por citar a minha família: casal Raimundo(Batoré) e Dolores.
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