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Uma das produções da pequena agricultura de Macapá foi a da farinha d’água, de mandioca, que era vendida em paneiros, forrados com folhas (foto). (você sabe como era o nome dessas folhas?)
Além dessas embalagens, havia os vendedores – grande parte do curiaú - que traziam sua produção nas costas, em sacas.
Farinha fresquinha, novinha, torradinha que complementava o chibé e o inigualável açaí.
A farinha d'água era um dos produtos econômicos apresentados nas Feiras da Fazendinha, na época do ex-Território Federal do Amapá.
Você que viveu essa época, conte também sua experiência, nos comentários.
Olá, João.
ResponderExcluirLembro bem da venda de farinha nesses paneiros, nas embarcações que atracavam no igarapé da Fortaleza, próximo ao baluarte São José, antes do aterro. As fotografias postadas em maio, sobre o igarapé e a Fortaleza, mostram bem o movimento das canoas nesse espaço.
Os vendedores usavam um pequeno instrumento para mostrar a qualidade da farinha. Esse instrumento era de metal, em forma de cone, com um pequeno orifício, numa ponta, e a outra mais larga e aberta, a partir da metade. O provador era inserido no paneiro pela parte estreita com o orifício, por onde se retirava a amostra da farinha. Depois virava-se a ponta estreita para cima e, pela parte larga a amostra era derramada na palma da mão do freguês que fazia o hoje chamamos de degustação. Caso gostasse, levava a farinha, no paneiro. Era mais ou menos assim.
Essas lembranças são do início dos anos 60, quando acompanhava meu pai para compras "lá em baixo", como se costumava dizer numa época em que a vida das cidades amazônicas estava muito ligada aos rios. Havia uma rua tortuosa que começava na Cândido Mendes e terminava junto às canoas. Salvo engano, seria um prolongamento da atual av. Coaracy Nunes. Uma das casas comerciais nas adjacências era a "Casa Caçula", do "seu" Coutinho.
Um abraço,
Olá, João.
ResponderExcluirSalvo engano, as folhas que forravam o paneiro de farinha eram de bananeira.
O meu chibé preferido era feito com água, farinha e açúcar. Mas existem variações, claro, como o chibé com água e farinha para acompanhar peixe assado, de preferência o pirarucú.
Um abraço,
Oi lázaro, oi Aloisio! Ao segundo peço desculpas, mas os paneiros eram forrados com folhas de SOROROCA, um espécie de palma que abundam nas beiradas dos igarapés. Creio que também se podia forrá-los com folhas de bananeiras, de açaizeiros, mas a ideal era a de SOROROCA. ABRAÇOS E FELICIDADES AOS DOIS.
ResponderExcluirMILTON SAPIRANGA BARBOSA
Olá, Milton.
ResponderExcluirValeu pela informação. Me tire uma dúvida: essas folhas de sororoca tem a parte final arredondada?
Um abraço,