DAS ONDAS DO RÁDIO À REDE MUNDIAL: JOÃO LÁZARO EM FINA SINTONIA COM O SEU TEMPO
Texto: Paulo Tarso Barros (*)
João Lázaro chegou ao Amapá pelas mãos da eminente professora Esther da Silva Virgolino, sua prima e mãe de criação no ano de 1950, com 2 anos – numa época em que Janary Nunes e sua equipe se desdobravam para criar a infraestrutura do futuro Estado.
Texto: Paulo Tarso Barros (*)
João Lázaro chegou ao Amapá pelas mãos da eminente professora Esther da Silva Virgolino, sua prima e mãe de criação no ano de 1950, com 2 anos – numa época em que Janary Nunes e sua equipe se desdobravam para criar a infraestrutura do futuro Estado.
Paraense, João Lázaro da Conceição e Silva, nasceu em Belém, no dia 26 de maio de 1948, sendo seus pais João Clímaco José da Silva e Maria Raimunda da Conceição. Estudou no Alexandre Vaz Tavares (primário) que na época tinha como diretora outra pioneira, a professora Maria Carmelita do Carmo. Posteriormente, passou pela Escola Normal, depois denominado de IETA – Instituto de Educação do Território do Amapá para fazer o antigo curso ginasial. Também estudou no Colégio Amapaense e concluiu o segundo grau em Administração na Escola Comercial Gabriel de Almeida Café. É licenciado em Letras pela Universidade Federal do Pará e pós-graduado pela Universidade Salgado de Oliveira, do Rio de Janeiro.
A trajetória de João Lázaro possibilitou-lhe vivenciar experiências que contribuíram bastante na sua formação. Desde criança foi atraído para a Comunicação, sendo um ouvinte assíduo da programação da emissora estatal (RDM) nos anos 60 – tanto que passou a observar da janela a atuação dos artistas que se revezavam nas rádio-novelas e peças de teatro da época, tudo feito ao vivo. E foi em 1962, ao ingressar no movimento escoteiro, no grupo Veiga Cabral, do Laguinho sob a liderança do Chefe Clodoaldo Nascimento, que João Lázaro teve sua iniciação através do serviço de auto-falante - PRH 3 - do Centro Educacional do Laguinho, o que o credenciou a apresentar o programa radiofônico A Voz Estudantil (1963), da Escola Normal, sob a responsabilidade do Grêmio Literário e Cívico Barão do Rio Branco, que era transmitido pela Rádio Equatorial de Macapá (ZYD-11), já extinta. A partir dessa experiência, sua vocação o levou a uma profícua carreira de comunicador que deixou seu nome inscrito nos anais da comunicação do Estado do Amapá, sempre se destacando pela seriedade, profissionalismo e criatividade com que exerceu seu ofício.
A trajetória de João Lázaro possibilitou-lhe vivenciar experiências que contribuíram bastante na sua formação. Desde criança foi atraído para a Comunicação, sendo um ouvinte assíduo da programação da emissora estatal (RDM) nos anos 60 – tanto que passou a observar da janela a atuação dos artistas que se revezavam nas rádio-novelas e peças de teatro da época, tudo feito ao vivo. E foi em 1962, ao ingressar no movimento escoteiro, no grupo Veiga Cabral, do Laguinho sob a liderança do Chefe Clodoaldo Nascimento, que João Lázaro teve sua iniciação através do serviço de auto-falante - PRH 3 - do Centro Educacional do Laguinho, o que o credenciou a apresentar o programa radiofônico A Voz Estudantil (1963), da Escola Normal, sob a responsabilidade do Grêmio Literário e Cívico Barão do Rio Branco, que era transmitido pela Rádio Equatorial de Macapá (ZYD-11), já extinta. A partir dessa experiência, sua vocação o levou a uma profícua carreira de comunicador que deixou seu nome inscrito nos anais da comunicação do Estado do Amapá, sempre se destacando pela seriedade, profissionalismo e criatividade com que exerceu seu ofício.
Em 14 de março de 1964 ele foi convidado por um dos veteranos da Rádio Difusora de Macapá para fazer um teste na emissora, onde permaneceu até julho de 1968. Em agosto de 1968 foi trabalhar na emissora católica, a Educadora São José, onde permaneceu até julho de 1970, quando ele inicia uma nova experiência profissional, ingressando na ICOMI - Indústria e Comérgio de Minérios S/A, na qual trabalhou durante sete anos e desempenhou diversas atividades na empresa de Augusto Antunes. Mesmo empregado na Icomi, João jamais deixou de fazer aquilo que sempre o fascinou: os programas de rádio, aos finais de semana, tanto na Rádio Educadora como na Rádio Difusora de Macapá, para onde retornou em maio de 1972. Em outubro de 1977 teve que se desligar da Icomi para assumir a Direção Artística e Administrativa da Difusora, que seria incorporada à Radiobrás e passaria a ser denominada de Rádio Nacional de Macapá, onde João Lázaro exerceria a função de programador e seu primeiro gerente.
Em março de 1979 o já experiente e reconhecido locutor ingressou na Prefeitura de Macapá, onde permaneceu durante 30 anos, até aposentar-se em 2009, nela exercendo relevantes funções administrativas, chefias de seções, divisões e gabinete do Prefeito, além de comandar o Departamento de Comunicação – pois é um dos sócio-fundadores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amapá e membro da Associação Amapaense de Imprensa. Por seu desempenho notável na vida social e cultural, João Lázaro integrou muitas comissões organizadoras do Carnaval de rua de Macapá bem como das comissões responsáveis pela gravação dos primeiros discos de sambas-de-enredo; atuou na organização do Arraial de São José e N. S. de Nazaré; apresentou durante muitos anos o concurso Rainha das Rainhas do carnaval Amapaense do Trem Desportivo Clube, entidade da qual é sócio-proprietário e já foi diretor social. Atuou como cerimonialista na sessão solene da Assembleia Legislativa do Amapá, em 28/12/1991, quando foi promulgada a primeira Constituição do recém-criado Estado do Amapá – além de ter participado também de cerimônias de visitas oficiais de ministros e do Presidente da Répública.
Em março de 1979 o já experiente e reconhecido locutor ingressou na Prefeitura de Macapá, onde permaneceu durante 30 anos, até aposentar-se em 2009, nela exercendo relevantes funções administrativas, chefias de seções, divisões e gabinete do Prefeito, além de comandar o Departamento de Comunicação – pois é um dos sócio-fundadores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amapá e membro da Associação Amapaense de Imprensa. Por seu desempenho notável na vida social e cultural, João Lázaro integrou muitas comissões organizadoras do Carnaval de rua de Macapá bem como das comissões responsáveis pela gravação dos primeiros discos de sambas-de-enredo; atuou na organização do Arraial de São José e N. S. de Nazaré; apresentou durante muitos anos o concurso Rainha das Rainhas do carnaval Amapaense do Trem Desportivo Clube, entidade da qual é sócio-proprietário e já foi diretor social. Atuou como cerimonialista na sessão solene da Assembleia Legislativa do Amapá, em 28/12/1991, quando foi promulgada a primeira Constituição do recém-criado Estado do Amapá – além de ter participado também de cerimônias de visitas oficiais de ministros e do Presidente da Répública.
Em 1988, o pioneiro diário do Amapá, o Jornal do Dia, concedeu-lhe o Diploma de Destaque, reconhecendo a importância do seu trabalho na radiofonia,...
...e em 2000 a Câmara Municipal de Macapá outorgou-lhe o título de Cidadão de Macapá. Também foi condecorado pelo Independente com o título de Honra ao Mérito pela sua valiosa colaboração ao clube santanense.
Católico praticante, foi coroinha (do tempo da missa em Latim), escoteiro e constituiu sua família no dia 30 de março de 1973, casando-se com a jovem Marina Melo e Silva na Igreja de N. S. da Conceição, no bairro do Trem, e desse relacionamento nasceram os filhos: Márcio José (falecido), Marcos Jean, Carlos Fabrício, Cássio Murilo, Luiz Ricardo e Alana Cristina.
Professora Marina (foto), que é Pedagoga, também desfruta de sua merecida aposentadoria ao lado de João, após longos anos de serviços prestados à Educação do Amapá.
Atualmente, João Lázaro reside com sua família e os netos na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo. É de lá que ele edita e publica diariamente os seus dois blogues:
Fina Sintonia – http://fina-sintonia2.blogspot.com – espaço no qual ele publica “Notícias, Informações, Dicas, Curiosidades, Raridades, Ciência e Tecnologia, Bizarrices, Imagens, Música, Literatura, Arte, Atualidade e outros assuntos interessantes”.
Porta-Retrato – Macapá/Amapá de outrora - http://porta-retrato-ap.blogspot.com – Nesse blogue, ele explica: “São postadas aqui fotos históricas que retratam a história e a memória do ex-Território Federal do Amapá e de seu povo".
Ao completar 63 anos, aposentado mas exercendo uma atividade que tem tudo a ver com a sua verdadeira vocação de comunicador, João Lázaro se utiliza da moderna tecnologia para dar continuidade àquele antigo anseio de menino espiando pela janela os artistas da RDM, em suas performances artísticas pelos velhos microfones, transmitindo para o Território do Amapá informações, notícias, mensagens, músicas e lazer. Agora, diante do navegador universal da internet, das multimídias poderosas e interativas, ele continua, mesmo do sudeste do país, a fazer parte da nossa Macapá - desta feita de modo virtual, com suas palavras (textos) e fotos, mas em tempo real. O Porta-Retrato é um passeio no tempo e no espaço, uma visita aos museus da memória e da recordação, pelas ruas, casas e paisagens da Macapá antiga, que vai se distanciando e deixando muitas saudades. Hoje, é com alegria e emoção que resgatamos velhas e às vezes já deterioradas fotos dos pioneiros, das primeiras famílias, dos funcionários e dirigentes – e João Lázaro procura contar a história de cada fotografia, trazendo à memória de muitos as lembranças de um tempo que não para, que mergulha no universo de infinitas imagens. E antes que se percam, sejam olvidadas e destruídas, as antigas fotografias se revitalizam, cumprem aquele papel de registro momentâneo, porém histórico e sentimental.
Parabéns, João Lázaro da Conceição e Silva, que Deus sempre te ilumine, abençoe e te conceda inspiração e determinação para continuar com esse trabalho, que podemos considerar jornalístico, memorialístico e, sobretudo, sentimental para todos que amam verdadeiramente o Amapá, servem ao Amapá – e não apenas esperam ser servidos pelo povo.
(*) Escritor e professor; presidente da APES - Associação Amapaense de Escritores.
Fotos: Reproduções de Arquivo
Parabens!!!!!!!!!!!!!!!!! Merece!!!!!
ResponderExcluirAmigo João, 63 anos bem vividos e sempre lembrando das primeiras investidas para estudarmos e ingressarmos no mercado de trabalho, primeiro para ajudarmos nossas familias e depois para construirmos nossa passagem por essa vida. João, longa vida com muita saúde. São os votos do Lindoval e familia.
ResponderExcluirJOÃO
ResponderExcluirEstudamos na Alexandre Vaz Tavares na mesma época que a Professora Carmelita era a diretora e temos apenas 1 ano de diferença de idade.
Sarah Zagury
Parabéns, João.
ResponderExcluirO tempo passa, mas vou lembrar sempre:
Do bordão retirado da música da Wanderléa quee anunciava o início de um de seus programas: "Atenção, atenção, eu agora vou apresentar ... o Janjão".
Dos comentários sobre os lançamentos dos discos dos Beatles.
Um abraço.
Aloisio Cantuária
Oi Sarah...bons tempos... não eram?
ResponderExcluirQuando eu não ia no Caixa de Cebola, pegava uma carona com o Murilo Paes, no carro do pai dele, Sr. Mário Paes, que na época era gerente do Banco do Brasil.
Eramos recomendados especiais para a Diretora Carmelita.
Usávamos o uniforme caqui e bota que eram distribuidos, gratuitamente, pelo governo Janary Nunes.
E cantavamos, todos os dias, o Hino Nacional, devidamente perfilados na frente do estabelecimento que tinha a entrada pela Av. Pedro Baião, que agora fica na parte detrás.
grande abraço
Oi Aluisio...
ResponderExcluirrealmente fiz uma montagem do trecho do disco da Wanderléa com a voz da Dona Marieta de um dos LPS dos humoristas Vitório e Marieta.
Naquela época tudo feito artesanalmente.
Realmente fazia muito sucesso mesmo!
Obrigado pelo carinho.]
grande abraço.
Obrigado também aos amigos Fernando Remedios e Lindoval Souza.
ResponderExcluirgrato pelos carinhos.
abraços
Aí, João, (longe mas sempre tão perto). Mamãe lembra de vc quando ia lá por casa (Av Mendonça Furtado, ao lado da Radional). Lembro de vc da rádio e do escotismo. [ei, aonde está aquele escoteiro que andava na cadeira de rodas?]. lembo muito da profra. Virgolino (mamãe, às vezes, a chama, carinhosamente, de "Virgó". Parabém pelo curriculo invejavel. Abraços deste fã. Diniz Botelho (dinizbotelho.blogspot.com)
ResponderExcluirOi Diniz, obrigado por seu carinho e sua amizade. O meu abraço à nossa querida professora Dinete com votos de muita saúde e felicidades. A Virgó faleceu em 1999. Nossa passagem pelo rádio e pelo escotismo nos rendem boas lembranças e a agradável sensação do dever cumprido. grande abraço.
ResponderExcluirOi João Lázaro,todos os comentários aqui postados são bem merecidos, pois você é um dos radialistas que realmente faz falta aqui na nossa querida Macapá.Mamãe(profª Mª Helena Amoras) acredite se quiser, virou uma internauta do facebook e o Porta Retrato é um dos que ela não deixa de visitar sempre.Um grande abraço pra Marina, um Feliz 2012, que venha cheio de alegria,sabedoria,paz e muita, muita Saúde! Halda Maria Amoras
ResponderExcluirObrigado a você Halda e à nossa querida professora Mª Helena Amoras.
ResponderExcluirBom saber que ela acompanha a tecnologia, para se informar e se atualizar com a evolução do mundo. Boa iniciativa!
Retribuimos o abraço da Marina e os votos de felicidades e muita paz em 2012.
Nobre amigo e jornalista João Lazaro, somente seu coração tem energias para aguentar toda a História do nosso querido Estado do Amapá e em especial da nossa Macapá; você é nosso representante. só temos que te agradecer por esta sabedoria e pela energia que está em teu coração; tua simplicidade é nosso alicerce, pois, com ela consegues manter a história do Amapá dentro da história da humanidade. Um grande abração para você e para tua querida familia. Heraldo Amoras_Monte Dourado-Pará-PA
ResponderExcluirAmigo Joãozinho,
ResponderExcluirFui vizinho da prof. Esther e da prof. Virgó, além de aluno de ambas. Falei a pouco com um amigo comum, o Getúlio Mota, funci aposentado do Banco do Brasil, que me incentivou a procurar este teu blog e agora estou eu aqui, te mandando de Natal(RN) os votos de muita saúde e paz no coração. Parabéns por manteres viva a chama do passado tão vibrante da nossa querida cidade de Macapá. Encontrei um personagem que há tempos havia deletado da memória,mas que era expoente da sociedade estudantil daquele tempo, de nome inusitado, que me deixava curioso: NESTLERINO.
Bom dia uma grande referência no rádio o saudoso "Janjão" e a audiência do seu programa os amigos dos anos 70 do tri campeonato após a vitória um verdadeiro carnaval e relatar que é uma boa base pra dignidade e caráter do cidadao
ResponderExcluir