(Foto: Reprodução / arquivo particular do Boró)
Seu
nome de batismo é João Pignataro. No mundo do futebol, é o conhecidíssimo Boró.
Com esse apelido tornou-se conhecido no mundo do futebol amapaense e no norte do país. Ele é primo legítimo de outro Boró, um dos maiores pontas esquerdas do futebol do Pará, que vestiu a camisa azul-marinho do clube do Remo. Portanto, Boró é marca de família.
Com esse apelido tornou-se conhecido no mundo do futebol amapaense e no norte do país. Ele é primo legítimo de outro Boró, um dos maiores pontas esquerdas do futebol do Pará, que vestiu a camisa azul-marinho do clube do Remo. Portanto, Boró é marca de família.
João
Pignataro, nasceu em Belém do Pará, no dia 16 de Abril de 1928. Este ano
completará 85 anos de vida. Seu pai era João Pignataro e a mãe Joana Chaves
Pignataro, ambos genuínos italianos. Boró cresceu no entorno do bairro Batista
Campos, em Belém, comendo macarrão produzido em casa mesmo e aprendendo
palavras em italiano. Nas proximidades de sua residência existia o Liberto,
clube de futebol suburbano onde deu seus primeiros chutes na bola.
Em 1948, chegou então ao Território
Federal do Amapá, levado por Cabeça, excelente jogador do Amapá Clube, morador
de Batista Campos que fora ao bairro, de férias. Foi convencido na conversa e
pediu um emprego para ir ao Amapá. E naquela época já trabalhava em farmácias
em Belém.
Pedido feito, mudou-se para Macapá a
bordo de um barco a motor juntamente com Caju, goleiro libertino. Começava
assim a trajetória de Boró no futebol amapaense. Chegando em Macapá, foi
empregado imediatamente pelo Governo do Território na área da saúde, passando a
trabalhar na farmácia do Hospital Geral. Seu chefe imediato era o Farmacêutico
Rubim Aronovith. No Hospital produzia Iodo, Mercúrio Cromo e a famosa Fórmula
26, eficiente contra micoses.
No Amapá Clube encontrou 91,
Aristeu, Raimundinho, José Maria Chaves, Assis, Major, Cabral, Azamor, Luiz
Melo, Wilson Sena, Marituba, Genésio, Adãozinho e, claro, Cabeça, além de
outros jogadores menos conhecidos.
Detalhes: os jogos do campeonato
amapaense eram disputados no campo da Praça da Matriz de São José. Existiam
Amapá Clube, Esporte Clube Macapá e São José.
Em
1950, dois acontecimentos agitaram o mundo do futebol amapaense: inauguração do
Estádio Glycério de Sousa Marques e a realização do campeonato brasileiro de
seleções estaduais. O Governador da época, Janary Nunes, trabalhou para
inaugurar o estádio no jogo entre o selecionado amapaense e a seleção paraense.
Pelos
amapaenses Lavareda (Goleiro), Raimundinho, Dedeco, Major Cabral, 75, Suzete,
Luiz Melo, José Maria Chaves, Adãozinho e Boró, mais Aristeu (Goleiro), Alves,
Wilson Sena.
Do
lado paraense, Cassetão, Muniz, Dodó Goleiro), Sabá, Bereco, Biroba. O jogo
ficou 1 X 0 para os paraenses. Partida de volta em Belém no Estádio Evandro
Almeida. Pará 2 X 1 Amapá.
Ainda em 1950, Boró foi
campeão pelo Amapá Clube, único time que defendeu durante toda a sua jornada
pelos gramados. Além do Amapá Clube, vestiu somente a camisa da seleção
amapaense em jogos interestaduais.
As principais características do jogador
Boró eram; a velocidade, o bom domínio de bola e o chute forte da perna
esquerda. Ele lembra do jogo contra o Sampaio Corrêa do Maranhão, quando a
certa altura tabelou com Adãozinho e recebeu a bola enfiada na meia-esquerda.
Chutou forte no ângulo superior do goleiro maranhense, marcando o terceiro gol
da vitória do time zebrado da Presidente Vargas.
Boró jogou contra o Clube do Remo
e Paissandu de Belém do Pará. Da partida contra o Alvi-Azul, lembra um lance no
segundo tempo, em que o goleiro adversário Dodó, disputou a bola no alto com o
atacante Dezesseis, sobrando para ele Boró, na meia-esquerda. Veio o chute
forte de canhota, mais o goleiro do Papão conseguiu desviar a bola para a linha
de fundo, salvando um gol certo.
Outro jogo marcante na carreira
de Boró foi contra o Clube de Regatas Flamengo do Rio de Janeiro. Placar 9 X 2
para os cariocas. Os gols amapaenses foram marcados por José Maria Chaves e
Boró.
Devido a uma lesão no joelho
esquerdo, o atleta Boró parou de jogar cedo. Seus maiores momentos foram
atuando contra o selecionado paraense e contra o Flamengo. Em sua opinião, o
melhor jogador daquela época foi Adãozinho, meia-armador que chutava bem com as
duas pernas.
Mas, apesar de ter parado cedo de
jogar, continuou ativo atuando como Técnico do Clube do qual vestia a camisa, o
Amapá Clube, onde hoje é Sócio- Proprietário.
João Pignataro, casou-se em 15 de
maio de 1957, com a jovem Maria de Souza, com quem teve, mais tarde, duas filhas: Marly e
Margareth.
Até hoje, aos 84 anos, Boró vive e respira
futebol!
Fonte: Blog João Pignataro
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