A transferência do antigo “campo de aviação” para uma área
ampla e distante do centro da cidade de Macapá, aconteceu em 1958, por decisão
do então Governador Pauxy Gentil Nunes.
Na visão do amigo Nilson Montoril, a mudança foi bastante
criticada pelos derrotistas, pois os mesmos não visionavam um futuro promissor
para o pungente capital de um dos novos territórios da Amazônia, o Amapá.
Segundo o historiador, “a medida visava eliminar o aeroporto da
Panair do Brasil, que, a partir de maio de 1945, com o fim da Segunda Guerra
Mundial, passou para o controle dos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul S. A. No
momento da mudança, operavam a Cruzeiro do Sul e o Lóide Aéreo Nacional usando
aviões Douglas DC 3. Os Douglas C 47 do Correio Aéreo Nacional faziam linha
desde 1937, entre o Rio de Janeiro e Caiena, com escalas em Belém, Macapá e
Base Aérea de Amapá. Ao lado do campo de pouso foi construída uma pequena casa
de madeira para uso das empresas de aviação e passageiros. Aos poucos o cenário
foi mudando, a despeito de inúmeras dificuldades para obter verbas federais. O
panorama começou a mudar quando o aeroporto foi guindado à categoria de
Internacional.”
Nilson explica ainda que “o aeroporto da Panair do Brasil foi
implantado em área de cerrado distante do centro histórico de Macapá. À
proporção que a cidade foi se expandindo no sentido do campo de aviação,
algumas vias públicas surgiram, como a Coronel José Serafim e General Rondon,
esta facultando o acesso para o bairro do Laguinho. Além delas vieram as
Avenidas FAB, Procópio Rola (trecho entre a José Serafim e a General Rondon) e
Raimundo Álvares da Costa. Na correção da pista de pouso, a área do campo de
aviação ficou compreendida entre as Ruas General Rondon e a atual Professor
José Barroso Tostes (sentido longitudinal) e Avenidas FAB e Raimundo Álvares da
Costa(largura). A configuração do campo ocasionou o bloqueio de novas vias. A
Eliezer Levy foi aberta a partir do Laguinho. Era interrompida ao alcançar a
cerca de arame farpado do campo de aviação e seguia no rumo do Trem depois da
Av. FAB. O mesmo ocorreu com as demais ruas que circundavam o campo de aviação.
O Governador Pauxy Nunes decidiu extinguir o ponto de estrangulamento das ruas
e avenidas. Inicialmente, a nova pista de pouso iria ser feita ao lado direito
da estrada para a Fazendinha, no espaço entre o Marco Zero e a Fazendinha de
Fora. Como ficaria paralela ao Rio Amazonas, com forte incidência de vento, o
plano foi alterado.
A área onde se encontra o Aeroporto Internacional Alberto
Alcolumbre só podia ser alcançada através de trilha que hoje corresponde a Rua
Hildemar Pimentel Maia (o idealizador do Aeroclube de Macapá). O nome do
aeroporto deveria ser Pauxy Nunes.”
(Divulgação Infraero) |
Fonte: Facebook
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