segunda-feira, 22 de abril de 2019

MEMÓRIA DE MACAPÁ - BREVE HISTÓRICO SOBRE A CRIAÇÃO E EXISTÊNCIA DA CONFRARIA TUCUJU

Por João Silva
A Confraria Tucuju foi criada no Pastelito, na Avenida General Gurjão, em 08 de junho de 1996 ao lado da residência do senhor Emanuel Serra e Silva (Duca Serra), a menos de 500 metros em linha reta da Fortaleza, próximo da Igreja de São José, ao lado do Teatro das Bacabeiras, na vizinhança do majestoso Rio Amazonas e do Museu Joaquim Caetano da Silva, no Centro Histórico de Macapá.
Pra quem não sabe, é bom  que se diga, que o Pastelito era uma pastelaria de propriedade do administrador e web designer Ronaldo Picanço que estava instalada onde hoje funciona o Restaurante, Galeria e Casa de Show DONNA ANTÔNİA, empreendimento do médico Ubiratan Silva, antigo proprietário da Star Club.
Pois é! Um grupo de pessoas ilustres decidiu então, criar a Confraria Tucuju, entidade democrática, sem fins lucrativos e atrelamento político-partidário, com objetivo de defender, promover e valorizar o patrimônio histórico e cultural do povo amapaense.
COMO FOI?
A ideia vinha amadurecendo, mas alguns fatos precipitaram a criação da Confraria, dois deles agressões inaceitáveis, como o fechamento arbitrário da Fortaleza de São José de Macapá à visitação pública e a decisão judicial que tentou silenciar as caixas do Marabaixo na casa do Mestre Pavão durante a Festa do Divino Espírito Santo, no Bairro Jesus de Nazaré.
Advogada Sônia Solange Maciel (foto) durante solenidade de posse
que aconteceu no restaurante da Boite Star Club, no Laguinho, 
aparecendo ao fundo o radialista J.Ney, que foi mestre de cerimônia
numa noite de festa para história da Confraria Tucuju.
Em um primeiro momento participaram do esforço cidadão que redundou na criação da Confraria, este escriba, os jornalistas Elson Martins, Hélio Pennafort; os historiadores e pesquisadores Estácio Vidal Picanço, Nilson Montoril e esposa, o radialista J.Ney e esposa, Norberto Tavares e esposa, Meton Jucá e esposa, Mário Jucá e esposa, o médico Paulo Sérgio, o professor Antônio Munhoz Lopes, a radialista Cristina Homobono e Aurino Borges de Oliveira.
Superado mais de um decênio da sua criação e luta, até em 2009 tinham passado pela presidência da entidade, sem direito a reeleição, a advogada Solange Maciel, Ronaldo Picanço e Silva (administrador), Evandro Milhomen (sociólogo), Mário Jucá (interinamente), Ângela Nunes (professora), Fernando Canto (Sociólogo), e Maria dos Anjos Miguel (serventuária da Justiça do Amapá).
CONTINUÍSMO
O fim da transição democrática no comando da Confraria Tucuju vem desde março de 2009, portanto há 10 anos, tempo em que preside a Confraria Tucuju a advogada Telma Duarte, eleita e reeleita várias vezes. Telma é filha de um pioneiro do Amapá, Henrique Duarte, e se constitui na terceira mulher e segunda advogada a ocupar o cargo.
Alterou o Estatuto que passou a permitir a reeleição. Incrementou alguns projetos, alguns convênios importantes; homenageou pioneiros do Amapá, fez parcerias com o GEA e a PMM com objetivo de fortalecer os eventos do aniversário da cidade, da festa do Padroeiro e fez reviver, no Largo dos Inocentes, o carnaval das Batalhas de Confete.
Sede da Confraria Tucuju -  (Foto Márcia do Carmo /Arquivo Pessoal)
De algum tempo excluída das parcerias com o Governo do Estado e a Prefeitura de Macapá, na segunda-feira da semana passada, melancolicamente a Confraria Tucuju teve que deixar endereço do Largo dos Inocentes para se livrar de uma divida (mais de 4 anos de aluguel em atraso) de cem mil reais perdoada pela Diocese de Macapá.
Nas fotos, momentos que marcaram os bons tempos da Confraria Tucuju: 
Foto montagem / mosaico - blog Porta-Retrato
Em cima, Coaracy Barbosa e Chaguinha no Pastelito durante os festejos do 4 de fevereiro de 97; Sacaca e Pedro Boliva (à esquerda); Helio Pennafort e Evandro Milhomen, embaixo.
Foto: Acervo do João Silva
Nessa imagem fundadores e simpatizantes da Confraria Tucuju que participaram da passeata que saiu às ruas para exigir a reabertura da Fortaleza. 
Foto: Acervo do João Silva
Registro feito em frente à lanchonete Pastelito, ao lado do Teatro das Bacabeiras. Sentados, da esquerda para a direita: o jornalista Hélio Pennafort, Ligia Angiane - 1ª secretária, dona Maria Jucá e advogada Sônia Solange Maciel – primeira presidente da Confraria Tucuju; em pé: o engenheiro Léo Platon, Meton Jucá, violonista Sebastião Mont’Alverne e José Jucá; à esquerda, por trás do eclético e animado grupo, aparece o Pathanga; de costas para a câmara, na frente do grupo de amigos, vê-se o professor Enildo Amaral, o popular “Cuia Preta”.
Texto do jornalista João Silva, originalmente publicado em sua página no Facebook.

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