Nossa Foto Memória de hoje relembra uma edificação da Macapá de
outrora, que ficava localizada no Largo de São Sebastião, centro histórico de
Macapá, conhecido como Largo da Matriz, atual Praça Veiga Cabral.
Pesquisando registros fotográficos antigos, pode-se ter uma
ideia do local onde estaria erguida aquela destacada moradia, na direção da
última mangueira ao final da vila à direita da foto acima, datada de 1908, extraída
do álbum do Estado do Pará.
Outra foto de 1916, extraída do livro "Padre Júlio, Sua
Vida e Sua Missão", mostra a casa que abrigou as freiras da Congregação
das Filhas do Sagrado Coração Imaculado de Maria, em Macapá.
Segundo o historiador Nilson Montoril, a sede da congregação era o prédio a que nos referimos, na esquina da Rua São José com a atual Avenida Presidente Vargas. Depois que as freiras deixaram a cidade o imóvel abrigou o "Armazém do Povo" de Manoel Eudóxio Pereira, o Pitaíca, o Escritório de Contabilidade de João Wilson Carvalho e parte da Divisão de Segurança e Guarda, na fase Território do Amapá. As duas mangueiras frondosas que ficavam em frente, foram retiradas em 1970.
Segundo o historiador Nilson Montoril, a sede da congregação era o prédio a que nos referimos, na esquina da Rua São José com a atual Avenida Presidente Vargas. Depois que as freiras deixaram a cidade o imóvel abrigou o "Armazém do Povo" de Manoel Eudóxio Pereira, o Pitaíca, o Escritório de Contabilidade de João Wilson Carvalho e parte da Divisão de Segurança e Guarda, na fase Território do Amapá. As duas mangueiras frondosas que ficavam em frente, foram retiradas em 1970.
O historiador Edgar Rodrigues comenta que ao lado do
escritório do Sr. Wilson Carvalho, funcionava a ourivesaria do pai dele,
Raimundo Cardoso Rodrigues (Badico). E que o resto da casa era a residência da
família.
Segundo Edgar, depois que as religiosas da Congregação das
Filhas do Coração Imaculado de Maria se transferiram para Caucaia, no Ceará, o
casarão foi vendido para o sr. Abraão Peres, que o alugou para o sr. Wilson
Carvalho e para o pai dele. Isso nos anos 60.
Segundo Nilson Montoril, nesse prédio também funcionou, para o lado da Rua São José, o
famoso “Café Continental” um bar de propriedade do senhor Natã, em sociedade
com o comerciante Mair Naftali Bemerguy. Na verdade o nome correto dele era
Nuta Wolf Pecher. A pronúncia do nome nuta, que é Natã, originou a forma como a
maioria dos que o conheceram o chamasse de Natan.
Mair Bemerguy e o Nuta eram membros da comunidade judaica de
Macapá e primos.
O jornalista Ernani Marinho lista ainda alguns
estabelecimentos comerciais que existiram no casarão, tais como as portas do
Serapyo e do Lateral, logo depois o Banavita, da senhora Tereza, chamado
Royalbriar, (lanchonete do sr. Moura Serra, cuja especialidade que dava nome à
casa, era bananada com nescau, além dos procuradíssimos sangue de vampiro e
garapa com donzela) e do restaurante da D. Izaura, mãe do Zé Elson, lateral do
Juventus, que ficava colado ao Continental.
Nilson crê que o Serapyo tenha iniciado suas atividades como
ourives, em Macapá, trabalhando com o seu Badico, pai do Edgar Rodrigues.
Depois ele começou a treinar basquete no Juventus Esporte Clube.
Quando o Serapyo deixou a casarão foi para uma casa do Wilson
Carvalho, na São José entre Raimundo Álvares da Costa e Ernestino Borges,
montando uma oficina que cuidava de joias e bicicletas.
Segundo Nilson Montoril, essa paisagem só começou a mudar a partir de
1970, quando o governador Ivanhoé Gonçalves Martins iniciou o plano de
remodelação do centro de Macapá. Uma comissão especial foi constituída para
avaliar os velhos casarões construídos em Taipa de mão e de pilão. O parecer da
comissão deu conta de que os imóveis não suportariam quaisquer tipos de
reforma, além de impedirem o alargamento das ruas.
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