O Mestre Joaquim Picanço do Espírito Santo, nosso eterno Marinheiro, permanecerá imortalizado na memória do Museu Afro Amazônico Josefa Pereira Lau.
A roupa que ele usou nas grandes festas de Macapá, como o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Procissão de São José, o Sete de Setembro e o Treze de Setembro, permanecerá exposta ao público. Nazaré Lino Soledade, sobrinha do Mestre Marinheiro, filho do Rei Dom Sebastião, fez a doação. Aos 18 anos, Mestre Joaquim foi levado às profundezas do mar para conhecer a cidade encantada do Rei SABÁ. Ele foi orientado a usar sempre a roupa branca e, com uma exigência, usar a roupa até não poder servir mais.
“Marinheiro, só” - figura conhecida na cidade por só andar de branco, vestido de marinheiro – era tido como místico, uma espécie de "pai de santo".
"O
macapaense Joaquim Picanço do Espírito Santo (Seu Joaquinzinho), mais conhecido
como “Marinheiro" usava farda 24 horas por dia. Andava pela cidade com
roupa de marinheiro sempre a rigor, com gorro ou casquete. Caminhava sozinho
com suas botas negras de cano longo em busca de ervas e meizinhas (remédio
caseiro) para tratar as pessoas que o procuravam na Seara Espírita São Miguel –
Santo de Deus e Virgem Maria - que ele atendia na Av. Salgado Filho, 600, no
bairro Santa Rita. Ele dizia fazer parte da "Linha das Ciências Ocultas de
Israel".
Ele morreu
aos 96 anos, em 1º de dezembro de 2023, vítima de um câncer no pescoço. Seu
corpo repousa em paz no Cemitério de São José, no bairro Santa Rita.
Fonte: Pe.
Paulo Roberto Mathias, fundador do museu
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